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1 de maio de 2007

As aparências enganam

...Ele vinha dirigindo numa estrada deserta, seca e quase não havia vegetação ali. Animais só os da região que estavam acostumados à suportavam o calor e o clima árido.

Aquela estrada era um caminho quase obrigatório para os caminhoneiros que pertenciam àquele lugar. Haviam pequenos vilarejos espalhados pela região... e o caminho entre elas era longo e cansativo... Híram era um homem simples de mais ou menos vinte e sete anos. Tinha a pele dourada pelo sol, era um tipo latino, tinha um corpo fortificado pelo trabalho pesado de anos, desde sua adolescência, olhos negros, cabelos negros, lisos e compridos... na altura dos ombros, sempre preso com um elástico ... rosto bem feito... muito atraente aos olhos de qualquer mulher... Naquela noite estava atordoado com as noticias que ouvira no radio sobre caminhões que naquele ultimo mês tinham sido encontrados abandonados na estrada... seus donos tinham desaparecidos misteriosamente...sem deixar qualquer rastro... ninguém sabia como, nem porque, nem quem ou o que poderia estar fazendo isso...os caminhões sempre eram encontrados inteiros, com os pertences pessoais de seus donos que em geral eram homens entre 20 e 40 anos e sem família, aparentemente sem nada de especial ou diferente; Aquele dia não tinha sido muito bom para Híram, não havia dormido bem quando tivera chance e já estava atrasado com a entrega da carga que era sua responsabilidade ... ele estava com a impressão de que alguma coisa iria acontecer naquela noite... quente, estrelada e com uma lua enorme, linda e clara iluminando o céu... não sabia porque mais sentia isso muito forte dentro de si... O radio àquela hora, lá pras 0:00 hs, já não dava mais notícias, e apenas tocava um blues envolvente que fazia ele viajar e se desligar da estrada... Como não havia dormido bem estava sonolento e cansado, quase adormecendo no volante ao som de guitarras e pianos... De repente um susto, um vulto na estrada fez com que Híram perdesse o controle do caminhão que derrapou e saiu da estrada, fazendo levantar a poeira... passado o susto inicial, Híram conseguiu retomar o controle e parou o caminhão, assustado... Com a cabeça apoiada no volante, ele tentava entender o que tinha acontecido... não haviam animais grandes naquela região... se lembrou das noticias dos desaparecimentos e pensou em sair dali o mais rápido possível, estava com sozinho e com medo, tinha sempre com ele um revolver no porta-luvas, mas não sabia muito bem como maneja-lo...nunca havia usado-o antes... No momento em que ia ligar novamente o motor ouviu algumas batidas no vidro... Olhou pela janela e viu algo que jamais pensou existir... como alguém poderia ser tão perfeita... Ela era linda, tinha um rosto de uma brancura inigualável... lábios naturalmente rosados, cabelos longos, lisos e negros, grandes olhos azuis que a luz da lua brilhavam como as estrelas enfeitavam o céu daquela noite... e tinham um brilho raro... era o exemplo mais perfeito da pureza... ele havia encontrado um anjo... Híram nunca, em toda sua vida tinha visto nada igual, nenhuma mulher que passara em sua vida tinha lhe impressionado tanto quanto aquela garota que não devia ter + que 20 anos e que encontra a poucos minutos... Híram baixou o vidro e pensou em dar uma bronca nessa garota por andar numa estrada como aquela, dizer que era perigoso, que quase causou um acidente, etc, mais quando a olhou nos seus olhos e viu as lagrimas que teimavam em não cair, se esqueceu de tudo... ele então perguntou o que havia acontecido, e o que poderia fazer para ajuda-la... já não tinha mais medo... um ser como aquele, com rosto e olhos de anjo não poderia fazer mal a ninguém... A garota se apresentou, seu nome era Kaia e tinha18 anos, disse que estava mal porque havia pego uma carona mais cedo em que o motorista a tinha assediado e como ela se recusou a fazer o q ele queria, ele a deixou ali na estrada... no meio do nada; e ainda ficou com seus pertences... Ouvindo isso Híram ficou com pena e ofereceu-se pra leva-la para a cidade pra onde ela disse que estava indo e a ela aceitou... eles tinha uma longa noite e também um longo caminho pra percorrer ate a cidade de destino, então Híram resolveu parar num hotel a poucos quilômetros dali pra poderem descansar por algumas horas; Era um hotel modesto e Híram não tinha muito dinheiro, então eles tiveram que dividir o mesmo quarto; Enquanto Híram acertava as contas na recepção, Kaia pegou as chaves e foi para o quarto, se preparou pra tomar banho e deixou a porta do banheiro entreaberta... Quando Híram entrou, ouviu o som do chuveiro e perguntou se estava tudo bem com ela, como a resposta foi positiva, ele resolveu se ajeitar e procurou não pensar que a deusa que ele havia encontrado estava tomando banho praticamente ao seu lado... sem poder agüentar mais, se levantou silenciosamente, procurando não ranger a cama onde estava deitado, caminhou até a porta do banheiro e só o que pode observar foi a silhueta da moça através do plástico do box, o que ele estava vendo só confirmava o que não saia de sua cabeça... aquela mulher era perfeita.... Ficou tão extasiado que não se deu conta de quando Kaia desligou o chuveiro... e só percebeu quando ela puxou a cortina do box para sair do banho e o viu ali... ela também se sentia atraída por ele e por isso não se incomodou tanto, não tinha vergonha do seu corpo e gostou de ser observada por ele, que meio sem jeito e atrapalhado se desculpou e saiu rápido, disse que ia arranjar algo com o dono do hotel pra eles comerem, ele saiu e ela ficou no quarto... pensando com um sorriso malicioso nos lábios... ela estava mesmo faminta... e ele não poderia imaginar qual seria o prato principal daquela noite... Quando Híram voltou não tocaram mais no assunto, eles comeram, Híram tomou seu banho e os dois foram dormir. Algum tempo depois Híram já estava totalmente entregue aos sonhos... e quando Kaia se aproximou e deitou ao seu lado na cama ele pensou que fosse um sonho ou um delírio apenas, nem abriu seus olhos... ela o beijou, despiu seu corpo do lençol que o cobria e o observou demoradamente...sua pele era macia, seus músculos bem delineados previa que aquela seria uma caça diferente das outras... aquele homem era especial... Naquela noite Híram sentiu tanto prazer como jamais havia sentido em sua vida... chegou a pensar que iria morrer nos braços de seu anjo... e de certo modo não estava errado... Faltava poucas horas pra amanhecer quando Kaia se levantou da cama, deixando Híram lá desfalecido, foi ate a janela do quarto e admirou a lua, sua luz... sentia-se muito bem naquela noite, olhando pra lua sussurrava palavras como numa prece, ou oração... Híram despertou e chamou seu nome, sentindo a falta do corpo quente ao seu lado... Kaia se virou e caminhou em direção a cama dele... Híram não conseguia ver seu rosto pois ela estava contra a luz da lua que adentrava o quarto... ela deitou ao seu lado e lhe deu um longo e doce beijo...com os sentidos meio dormentes, ele murmurou o que Kaia mais desejava ouvir: _ Kaia... eu passaria minha vida toda com você... passaria a eternidade com você meu anjo...meu amor... Ela o beijava de um jeito que ele não conseguia resistir, e nem fazer nada alem de se entregar...mais por um segundo, ele pode olhar pra ela e ver algo que não esperava... já não tinha mais a aparecia de um anjo... Seus caninos estavam assustadoramente crescidos... fora do normal. Seus olhos não tinham mais o brilho nem a cor das estrelas...estavam sem vida... ela não não era mais a mesma pessoa; Híram sentiu tanto medo quanto havia sentido prazer a algumas horas a trás... Kaia, com a voz suave, sedutora e com um ar cínico respondeu: _Seu desejo é uma ordem... deslizou seus lábios ate o pescoço de Híram... Ele não teve tempo de fazer nada... nem gritar, nem lutar...nada... Sentia os dentes perfurando sua pele como se fossem pequenas laminas muito bem afiadas... E por mais absurdo que possa parecer Híram não sentia só dor... era uma sensação indescritível, um misto de dor e prazer... que tinha origem em seu pescoço e se espalhava por todo corpo... Depois disso, Kaia e Híram adormeceram profundamente. Kaia acordou quando os raios do sol já penetravam no quarto... correu pra fechar a janela e voltou pra cama... Híram nem se dera conta disso pois não sabia direito o que havia acontecido... eles ficariam ali, naquele quarto ate o anoitecer... quando juntos poderiam sair, e curtir a noite viajando e se alimentando nas cidades das redondezas... Seguiram juntos; Dali pra frente o numero de desaparecimentos literalmente dobrou, agora já não importava a eles idade, sexo, vícios, se era caminhoneiro ou não ou se a vitima tinha família... apenas queriam saciar sua fome e sede... Eles tinham tudo o que precisavam, um ao outro, o noite, a lua, as estrelas e uma eternidade pela frente...

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