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16 de dezembro de 2011

Corpus Hermeticum - Dos Entraves acarretados à alma pelo que sucede ao corpo


1 Para os músicos que prometem a harmonia de um canto que oferece todas as variedades de música, se, durante o concerto, a desarmonia dos instrumentos entrava-lhes o ardor, eis sua empreitada tornada ridícula. Pois assim que seus instrumentos mostram-se fracos para o que querem fazer, os músicos são necessariamente apupados pelos espectadores.
Indubitavelmente produziram a sua obra com inquebrantável boa vontade, mas acusa-se a fraqueza dos instrumentos. Aquele que efetivamente é músico por natureza, e que não somente produz a harmonia dos cantos, mas ainda envia o ritmo da melodia apropriada até cada instrumento em particular, e é infatigável, é Deus, pois que não é de Deus fatigar-se.
2 Se um artista deseja dar um grande concerto musical, quando os trombeteiros expressaram o seu talento, os flautistas exprimiram as finezas da melodia, a lira e os arcos acompanharam o canto, não se acusa a inspiração do músico, atribui-se-lhe a estima que merece a sua obra; mas lamenta-se o instrumento cujo desafinamento perturbou a melodia e impediu aos ouvintes o degustar de sua pureza.
3 No que nos concerne é preciso que nenhum dos espectadores venha acusar de maneira ímpia, pela fraqueza de nosso corpo, nossa raça, mas deve saber que Deus é um Sopro infatigável, sempre nas mesmas relações relativamente à ciência que lhe é própria, saboreando felicidades contínuas, sempre em condições de usar seus benefícios que permanecem os mesmos.
4 Se, em particular, a matéria da qual Fidias, o escultor, se utilizou não lhe tivesse obedecido para conduzir a obra de arte à sua perfeita complexidade e se o cantor cumpriu a sua parte com o melhor de suas forças, não é a ele que devemos considerar, mas é a corda que falhou, ou por falta ou por excesso de tensão, dando uma nota mais grave ou mais aguda, fazendo desaparecer o ritmo do belo canto.
5 Ora, não se pode culpar o músico pelo acidente sucedido ao instrumento, mas, quanto mais os espectadores conhecerem o instrumento, mais glorificaram o músico, ainda que, freqüentemente, a corda tendo desferido o tom certo... e os ouvintes são então apenas mais apaixonados pelo músico e apesar de tudo, não lhe guardam rancor. Dest'arte, Mui Honoráveis Príncipes, afinai por vossa vez, para o Divino Músico, vossa lira interior.
6 Ora, vejo que ele chega mais freqüentemente que um artista, mesmo sem o auxílio da lira, se deseja executar um dia qualquer nobre tema, tendo tomado a si mesmo de alguma forma como instrumento e promovendo por meios secretos o movimento da corda, de forma a tornar seu expediente objeto de glória pela estupefação dos espectadores. Diz-se de um citarista que tornara-se propício ao deus que preside à música, que um dia em ele tocava cítara num concurso, a ruptura de uma corda impedia-o de continuar a contenda, o favor do Ser supremo substituiu a corda e deu-lhe a graça do sucesso: para substituir a corda, pela providência da Divindade, uma cigarra veio a colocar-se sobre a cítara a fim de completar o acorde, ocupando o lugar da corda, e assim o citarista, consolado de sua pena pelo remédio à falta de corda, alcançou a honra da vitória.
7 E foi isto que senti ocorrer comigo, Mui Honoráveis Príncipes. Recentemente, parecia-me que padecia de fraqueza, e sentia-me doente, e todavia, socorro proveniente do céu completou meu canto ao rei. Tenho a impressão de cantar pela potência do Ser supremo. Desde então, a conclusão de meu serviço será a glória dos reis e são os seus troféus que inflamam o zelo de meu discurso. Adiante: este é o voto do músico. Apressemo-nos: tal é o desejo do músico e é por isto que plange sua lira. E seu canto será tanto mais melodioso, sua execução tanto mais agradável quanto o sujeito a ser tratado requeira um canto melhor.
8 Para os reis sobretudo o músico plangeu sua lira, tomou o tom dos panegíricos e deu-lhes por fito o elogio dos reis, mas anima-se agora a cantar o mais alto Rei do universo, o Deus bom, e tendo assim preludiado seu canto pelo céu, desce para saudar em segundo lugar àqueles que detêm o cetro à imagem do Deus supremo, pois isto é uma coisa que agrada aos próprios reis, que o canto advenha do céu para descer em seguida degrau por degrau e que seja do lugar mesmo de onde a vitória lhe foi dada que derivem, em justa sucessão, nossas esperanças.
9 Que da mesma forma que o músico se volta para o Rei supremo do universo, Deus, que é imortal, que, eterno, possui seu império por toda eternidade, primeiro glorioso vencedor de quem derivam todas as vitórias posteriores daqueles que receberam de si, em sucessão, a Vitória.
10 É para elogiá-los que volta meu discurso e se coloca entre os reis, árbitros da segurança e da paz universais, que Deus supremo, há já longo tempo, conduziu ao poder absoluto, a quem a vitória foi dada proveniente da direita de Deus, para quem os prêmios da luta foram preparados antes mesmo que fossem ganhos pela sua superioridade nas guerras, de que os troféus são a parte da disputa; aqueles que foram destinados a ser reis e prevalecer em tudo, aqueles que expandem o terror entre os Bárbaros antes mesmo de cclocar em marcha sua armada.
Acerca do louvor ao Ser supremo - Elogio do rei.
11 Todavia meu discurso anseia acabar seu curso como começou, a concluir pelo louvor ao Ser supremo, depois aos reis divinos, soberanos árbitros, que nos dão a paz de que gozamos. Pois da mesma forma como começamos pelo Ser supremo e a Potência do alto, também nossa conclusão, refletindo o começo, será voltada para o Ser supremo. E da mesma forma que o sol, que alimenta os germes das plantas, é o primeiro a recolher desde que se levanta as primícias, usando para essa colheita os seus raios como mãos imensas - pois são mãos para eles esses raios que colhem em primeiro lugar os mais suaves perfumes das plantas? - da mesma forma devemos, nós originários do Ser supremo, que recebemos o eflúvio de sua sabedoria, que lhe consumimos toda a substância por essas plantas supra-celestes que são nossas almas, dirigir nossos louvores a Ele, que por seu lado, encherá de rócio nosso caminho.
12 A esse Deus perfeitamente isento de mistura e que é o pai de nossas almas, é conveniente que miríades e miríades de bocas e de vozes louvem, mesmo que não seja possível louvá-lo segundo seus méritos, pois nossos discursos não possuem força para igualá-los. Pois estes recém-nascidos não podem louvar seu pai condignamente, mas por fazê-lo como o podem recebem toda a indulgência. E isto é uma glória para Deus, que seja maior que seus próprios filhos, e que o prelúdio, o início, o meio e o final de nossos louvores sejam o confessar a infinita potência e a ilimitação de nosso Pai.
13 Que seja assim também para um Rei. Pois se nos pertence por natureza o louvar a Deus, pois somos como partes saídas dele, é necessário pedir também sua indulgência, mesmo que a maior parte das vezes esta indulgência nos seja concedida pelo pai antes que a peçamos. Pois, como um pai não pode descuidar-se de seus filhos recém-nascidos devido à sua impotência, mas contrariamente rejubilar-se de ser reconhecido por eles, também o conhecimento do Todo, conhecimento que dá a todos a vida e este louvor a Deus que Deus mesmo nos fez presente, ainda que sendo indignos de Deus, ele nos estima pois somos suas crianças. 14 Deus, que é sempre bom e brilhante, que encontra só em si mesmo o limite de sua eterna excelência, que é imortal e envolve em si mesmo o domínio sem fim que lhe pertence, nesta aspersão inesgotável de energia celeste no mundo cá de baixo, nos oferece sua mensagem por um louvor salvador. . . Lá não existe discórdia entre uns a outros. Não há também inconstância, mas todos têm um único pensamento, uma única previsão, pois possuem apenas um espírito, o Pai, uma mesma faculdade de sensação que, opera neles e o filtro que os une, é um mesmo amor que produz neles a única harmonia do conjunto.
15 Portanto, louvemos a Deus. Mas também desçamos em seguida, para aqueles que, de Deus, receberam o cetro. É necessário depois de ter começado pelos reis, aplicando-nos a louvá-lo, colocarmo-nos em forma para os panegíricos, cantar a piedade relativa ao Ser supremo, em seguida, ofertando a Deus a primeira parte de nossos louvores, ensaiar nossas forças, depois exercê-las por Ele, a fim de exercermos de uma única vez, a piedade para Deus e os louvores para os reis.
16 Pois é justo que paguemos esta dádiva, a eles que nos deram a abundância de uma tão grande paz. A virtude do rei, que digo eu, somente o nome do rei confere a Paz. Pois o rei (basileus) recebe este nome porque se apóia em um leve pé (basiléia) sobre o poder supremo e porque é o mestre da palavra que faz a paz e porque nasceu para ostentá-la sobre a realeza dos bárbaros, de sorte que somente o nome do rei é símbolo de paz.
É por esta razão que somente o nome do rei é de natureza a fazer recuar o inimigo, imediatamente. Além do que, as próprias imagens do rei são portos de paz para os homens frente às mais fortes tempestades: e somente pela aparição da imagem real foi produzida a vitória e afastado todo o temor e ferimento dos que se encontravam próximos a ela.



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Caibalion - Introdução


Temos grande prazer em apresentar aos estudantes e investigadores da Doutrina Secreta esta pequena obra baseada nos Preceitos herméticos do mundo antigo. Existem poucos escritos sobre este assunto apesar das inúmeras referências feitas pelos ocultistas aos Preceitos que expomos, de modo que por isso esperamos que os investigadores dos Arcanos da Verdade saberão dar bom acolhimento ao livro que agora aparece.
O fim desta obra não é a enunciação de uma filosofia ou doutrina especial, mas sim fornecer aos estudantes uma exposição da Verdade que servirá para reconciliar os fragmentos do conhecimento oculto que adquiriram, mas que são aparentemente opostos uns aos outros e que só servem para desanimar é desgostar o principiante neste estudo. O nosso intento não é construir um novo Templo de Conhecimento, mas sim colocar nas mãos do estudante uma Chave-Mestra com que possa abrir todas as portas internas que conduzem ao Templo do Mistério cujos portais já entrou.
Nenhum fragmento dos conhecimentos ocultos possuídos pelo mundo foi tão zelosamente guardado como os fragmentos dos Preceitos herméticos que chegaram até nós através dos séculos passados desde o tempo do seu grande estabelecedor, Hermes Trismegisto, o mensageiro dos deuses, que viveu no antigo Egito quando a atual raça humana estava em sua infância. Contemporâneo de Abraão e se for verdadeira a lenda, instrutor deste venerável sábio, Hermes foi e é o Grande Sol Central do Ocultismo, cujos raios têm iluminado todos os ensinamentos que foram publicados desde o seu tempo. Todos os preceitos fundamentais e básicos introduzidos nos ensinos esotéricos de cada raça foram formulados por Hermes. Mesmo os mais antigos preceitos da índia tiveram indubitavelmente a sua fonte nos Preceitos herméticos originais.
Da terra do Ganges muitos mestres avançados se dirigiram para o país do Egito para se prostrarem aos pés do Mestre. Dele obtiveram a Chave-Mestra que explicava e reconciliava os seus diferentes pontos de vista, e assim a Doutrina Secreta ficou firmemente estabelecida. De outros países também vieram muitos sábios, que consideravam Hermes como o Mestre dos Mestres; e a sua influência foi tão grande que, apesar dos numerosos desvios de caminho de centenas de instrutores desses diferentes países, ainda se pode facilmente encontrar uma certa semelhança e correspondência nas muitas e divergentes teorias admitidas e combatidas pelos ocultistas de diferentes países atuais. Os estudantes de Religiões comparadas compreenderão facilmente a influência dos Preceitos herméticos em qualquer religião merecedora deste nome, quer seja uma religião apenas conhecida atualmente, quer seja uma religião morta, ou uma religião cheia de vida no nosso próprio tempo. Existe sempre uma correspondência entre elas, apesar das aparências contraditórias, e os Preceitos herméticos são como que o seu grande Conciliador.
A obra de Hermes parece ter sido feita com o fim de plantar a grande Verdade-Semente que se desenvolveu e germinou em tantas formas estranhas, mais depressa do que se teria estabelecido uma escola de filosofia que dominasse o pensamento do mundo. Todavia as verdades originais ensinadas por ele foram conservadas intatas na sua pureza original, por um pequeno número de homens, que, recusando grande parte de estudantes e discípulos pouco desenvolvidos, seguiram o costume hermético e reservaram as suas verdades para os poucos que estavam preparados para compreendê-las e dirigi-las. Dos lábios aos Ouvidos a verdade tem sido transmitida entre esses poucos. Sempre existiram, em cada geração e em vários países da terra, alguns Iniciados que conservaram viva a sagrada chama dos Preceitos herméticos, e sempre empregaram as suas lâmpadas para reacender as lâmpadas menores do mundo profano, quando a luz da verdade começava a escurecer e a apagar-se por causa da sua negligência, e os seus pavios ficavam embaraçados com substâncias estranhas. Existiu sempre um punhado de homens para cuidar do altar da Verdade, em que mantiveram sempre acesa a Lâmpada Perpétua da Sabedoria. Estes homens dedicaram a sua vida a esse trabalho de amor que o poeta muito bem descreveu nestas linhas:
Oh! não deixeis apagar a chama! Mantida De século em século Nesta escura caverna, Neste templo sagrado! Sustentada por puros ministros do amor! Não deixeis apagar esta divina chama!
Estes homens nunca procuraram a aprovação popular, nem grande número de prosélitos. São indiferentes a estas coisas, porque sabem quão poucos de cada geração estão preparados para a verdade, ou podem reconhecê-la se ela lhes for apresentada. Reservam a carne para os homens feitos, enquanto outros dão o leite às crianças. Reservam suas pérolas de sabedoria para os poucos que conhecem o seu valor e sabem traze-las nas suas coroas, em vez de as lançar ao porco vulgar, que enterrá-las-ia na lama e as Misturaria com o seu desagradável alimento mental. Mas esses poucos não esqueceram nem desprezaram os preceitos originais de Hermes, que tratam da transmissão das palavras da verdade aos que estão preparados para recebê-la, a respeito dos quais diz o Caibalion: "Em qualquer lugar que se achem os vestígios do Mestre, os ouvidos daqueles que estiverem preparados para receber o seu Ensinamento se abrirão, completamente. " E ainda: "Quando os ouvidos do discípulo estão preparados para ouvir, então vêm os lábios para enchê-los com sabedoria. " Mas a sua atitude habitual sempre esteve estritamente de acordo com outro aforismo hermético também do Caibalion: "Os lábios da Sabedoria estão fechados, exceto aos ouvidos do Entendimento."
Os que não podem compreender são os que criticaram esta atitude dos Hermetistas e clamaram que eles não manifestavam o verdadeiro espírito dos seus ensinamentos nas astuciosas reservas e reticências que faziam. Porém um rápido olhar retrospectivo nas páginas da história mostrará a sabedoria dos Mestres, que conheciam que era uma loucura pretender ensinar ao mundo o que ele não desejava saber, nem estava preparado para isso. Os Hermetistas nunca quiseram ser mártires; antes pelo contrário, ficaram silenciosamente retirados com um sorriso de piedade nos seus fechados lábios enquanto os bárbaros se enfureciam contra eles nos seus costumeiros divertimentos de levar à morte e à tortura os honestos mas desencaminhados entusiastas, que julgavam ser possível obrigar uma raça de bárbaros a admitir a verdade, que só pode ser compreendida pelo eleito já bastante avançado no Caminho.
E o espírito de perseguição ainda não desapareceu da terra.
Há certos preceitos herméticos que, se fossem divulgados, atrairiam contra os divulgadores uma gritaria de desprezo e de ódio por parte da multidão, que tornaria a gritar: "Crucificai-os! Crucificai-os! Nesta obra nós nos esforçamos por vos oferecer uma idéia dos preceitos fundamentais do Caibalion, procurando dar os Princípios acionantes e vos deixando o trabalho de os estudar, em vez de tratarmos detalhadamente dos seus ensinamentos. Se fordes verdadeiros estudantes podereis compreender e aplicar estes Princípios; se o não fordes deveis vos desenvolver, porque de outra maneira os Preceitos herméticos serão para vós somente palavras, palavras, palavras!!!




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Caibalion - A FILOSOFIA HERMÉTICA


Os lábios da sabedoria estão fechados, exceto aos ouvidos do Entendimento.
~ O Caibalion
  
Do velho Egito saíram os preceitos fundamentais esotéricos e ocultos que tão fortemente têm influenciado as filosofias de todas as raças, nações e povos, por vários milhares de anos. O Egito, a terra das Pirâmides e da Esfinge, foi a pátria da Sabedoria secreta e dos Ensinamentos místicos. Todas as nações receberam dele a Doutrina secreta. A índia, a Pérsia, a, Caldéia, a Média, a China, o Japão, a Assíria, a antiga Grécia e Roma e outros países antigos aproveitaram lautamente dos fatos do conhecimento, que os hierofantes e Mestres da Terra de Isis tão francamente ministravam aos que estavam preparados para participar da grande abundância de preceitos místicos e ocultos, que as mentes superiores deste antigo país tinham continuamente condensado.
No antigo Egito viveram os grandes Adeptos e Mestres que nunca mais foram avantajados, e raras vezes foram igualados, nos séculos que se passaram desde o tempo do grande Hermes. No Egito estava estabelecida a maior das Lojas dos Místicos. Pelas portas dos seus Templos entraram os Neófitos que mais tarde, como Híerofantes, Adeptos e Mestres, se espalharam por todas as partes da terra, levando consigo o precioso conhecimento que possuíam, ansiosos e desejosos de ensiná-lo àqueles que estivessem preparados para recebê-lo. Todos os estudantes do Oculto conhecem a dívida que têm para com os veneráveis Mestres deste antigo país.
Mas entre estes Grandes Mestres do antigo Egito, existiu um que eles proclamavam como o Mestre dos Mestres. Este homem, se é que foi verdadeiramente um homem, viveu no Egito na mais remota antigüidade. Ele foi conhecido sob o nome de Hermes Trismegisto. Foi o pai da Ciência Oculta, o fundador da Astrologia, o descobridor da Alquimia. Os detalhes da sua vida se perderam devido ao imenso espaço de tempo, que é de milhares de anos, e apesar de muitos países antigos disputarem entre si a honra de ter sido a sua pátria. A data da sua existência no Egito, na sua última encarnação neste planeta, não é conhecida agora mas foi fixada nos primeiros tempos das mais remotas dinastias do Egito, muito antes do tempo de Moisés. As melhores autoridades consideram-no como contemporâneo de Abraão, e algumas tradições judaicas dizem claramente que Abraão adquiriu uma parte do seu conhecimento místico do próprio Hermes.
Depois de ter passado muitos anos da sua partida deste plano de existência (a tradição afirma que viveu trezentos anos) os egípcios deificaram Hermes e fizeram dele um dos seus deuses sob o nome de Thoth. Anos depois os povos da Antiga Grécia também o deificaram com o nome de "Hermes, o Deus da Sabedoria". Os egípcios reverenciaram por muitos séculos a sua memória, denominando-o o mensageiro dos Deuses, e ajuntando-lhe como distintivo o seu antigo título "Trismegisto", que significa o três vezes grande, o grande entre os grandes.
Em todos os países antigos, o nome de Hermes Trismegisto foi reverenciado, sendo esse nome considerado como sinônimo de "Fonte de Sabedoria".
Ainda em nossos dias empregamos o termo hermético no sentido de secreto, fechado de tal maneira que nada escapa, etc., pela razão que os discípulos de Hermes sempre observaram o princípio do segredo nos seus preceitos. Eles ignoravam aquele não lançar as pérolas aos porcos, mas conservavam o preceito de dar leite às crianças, e carne aos homens feitos, máximas que são familiares a todos os leitores das Escrituras Cristãs, mas que já eram usadas pelos egípcios, muitos séculos antes da era cristã. Os Preceitos herméticos estão espalhados em tocos os países e em todas as religiões, mas não pertencem a nenhuma seita religiosa particular. Isto acontece por causa das advertências feitas pelos antigos instrutores com o fim de evitar que a Doutrina Secreta fosse cristalizada em um credo. A sabedoria desta precaução é clara para todos os estudantes de história. O antigo ocultismo da índia e da Pérsia degenerou-se e perdeu-se completamente, porque os seus instrutores tornaram-se padres, e misturaram a teologia com a filosofia, vindo a ser, por conseqüência, o ocultismo da índia e da Pérsia, gradualmente perdido no meio das massas de religiões, superstições, cultos, credos e deuses. O mesmo aconteceu com a antiga Grécia e Roma e também com os Preceitos herméticos dos Gnósticos e Cristãos primitivos, que se perderam no tempo de Constantino, e que sufocaram a filosofia com o manto da teologia, fazendo assim a Igreja perder aquilo que era a sua verdadeira essência e espírito, e andar às cegas durante vários séculos, antes de tomar o seu verdadeiro caminho; porque todos os bons observadores deste vigésimo século dizem que a Igreja está lutando para voltar aos seus antigos ensinamentos místicos.
Apesar de tudo isso sempre existiram algumas almas fiéis que mantiveram viva a Chama, alimentando-a cuidadosamente e não deixando a sua luz se extinguir. E graças a estes firmes corações e intrépidas mentes, temos ainda conosco a verdade. Mas a maior parte desta não se acha nos livros. Tem sido transmitida de Mestre a Discípulo, de Iniciado a Hierofante, dos lábios aos ouvidos. Ainda que esteja escrita em toda parte, foi propositalmente velada com termos de alquimia e astrologia, de modo que só os que possuem a chave podem-na ler bem. Isto era necessário para evitar as perseguições dos teólogos da Idade Média que combatiam a Doutrina Secreta a ferro, fogo, pelourinho, forca e cruz.
Ainda atualmente só encontramos alguns valiosos livros de Filosofia hermética, apesar das numerosas referências feitas a ela nos vários livros escritos sobre diversas fases do Ocultismo. Contudo, a Filosofia hermética é a única Chave-Mestra que pode abrir todas as portas dos Ensinamentos Ocultos!
Nos primeiros tempos existiu uma compilação de certas Doutrinas básicas do Hermetismo, transmitida de mestre a discípulo, a qual era conhecida sob o nome de "Caibalion", cuja significação exata se perdeu durante vários séculos. Este ensinamento é, contudo, conhecido por vários homens a quem foi transmitido dos lábios aos ouvidos, desde muitos séculos.
Estes preceitos nunca foram escritos ou impressos até chegarem ao nosso conhecimento. Eram simplesmente uma coleção de máximas, preceitos e axiomas, não inteligíveis aos profanos, mas que eram prontamente entendidos pelos estudantes; e além disso, eram depois explicados e ampliados pelos Iniciados hermetistas aos seus Neófitos. Estes preceitos constituíam realmente os princípios básicos da Arte da Alquimia Hermética que, contrariamente ao que geralmente se crê, baseia-se no domínio das Forças Mentais, em vez de no domínio dos Elementos materiais; na Transmutação das Vibrações mentais em outras, em vez de na mudança de uma espécie de metal em outra. As lendas da Pedra Filosofal, que transformava qualquer metal em ouro, eram alegorias da Filosofia hermética perfeitamente entendidas por todos os estudantes do verdadeiro Hermetismo.
Neste livro, cuja primeira lição é esta, convidamos os estudantes a examinar os Preceitos herméticos tal como são expostos no Caibalion e explicados por nós, humildes estudantes desses Preceitos' que, apesar de termos o título de Iniciados, somos simples estudantes aos pés de Hermes, o Mestre. Nós lhes oferecemos muitos axiomas, máximas e preceitos do
Caibalion, acompanhados de explicações e comentários, que cremos servir para tornar os seus preceitos mais compreensíveis ao estudante moderno, principalmente porque o texto original é velado de propósito com termos obscuros.
As máximas, os axiomas e preceitos originais do Caibalion são impressos em tipo diferente do tipo geral da nossa obra. Esperamos que os estudantes a quem oferecemos esta obra, como possam tirar muito proveito do estudo das suas páginas como tiraram outros que passaram antes pelo Caminho do Adepto, nos séculos decorridos desde o tempo de Hermes Trismegisto, o Mestre dos Mestres, o Três Vezes Grande.
Diz o Caibalion:
Em qualquer lugar que estejam os vestígios do Mestre, os ouvidos daquele que estiver preparado para receber o seu Ensinamento se abrirão completamente.
Quando os ouvidos do discípulo estão preparados para ouvir, então vêm os lábios para os encher com Sabedoria.
De modo que, de acordo com o indicado, só dará atenção a este livro aquele que tiver uma preparação especial para receber os Preceitos que ele transmite. E, reciprocamente, quando o estudante estiver preparado para receber a verdade, também este livro lhe aparecerá. Esta é a Lei. O Princípio hermético de Causa e Efeito, no seu aspecto de Lei de Atração, levará os ouvidos para junto dos lábios e o livro para junto do discípulo. Assim são os átomos! 


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Caibalion - OS SETE PRINCÍPIOS HERMÉTICOS


Os Princípios da Verdade são Sete; aquele que os conhece perfeitamente, possui a Chave Mágica com a qual todas as Portas do Templo podem ser abertas completamente.

~ O Caibalion 

Os Sete Princípios em que se baseia toda a Filosofia hermética são os seguintes:

1 - O Princípio de Mentalismo


2 - O Princípio de Correspondência
3 - O Princípio de Vibração
4 - O Princípio de Polaridade
5 - O Princípio de Ritmo
6 - O Princípio de Causa e Efeito
7 - O Princípio de Gênero
Estes Sete Princípios podem ser explicados e explanados, como vamos fazer nesta lição. Uma pequena explanação de cada um deles pode ser feita agora, e é o que vamos fazer.
1 - O Principio de Mentalismo
  
O TODO é MENTE; o Universo é Mental.

~ O Caibalion

Este Princípio contém a verdade que Tudo é Mente. Explica que O TODO (que, é a Realidade substancial que se oculta em todas as manifestações e aparências que conhecemos sob o nome de Universo Material, Fenômenos da Vida, Matéria, Energia, numa palavra, sob tudo o que tem aparência aos nossos sentidos materiais) é ESPÍRITO, é INCOGNOSCÍVEL e INDEFINÍVEL em si mesmo, mas pode ser considerado como uma MENTE VIVENTE INFINITA e UNIVERSAL. Ensina também que todo o mundo fenomenal ou universo é simplesmente uma Criação Mental do TODO, sujeita às Leis das Coisas criadas, e que o universo, como um todo, em suas partes ou unidades, tem sua existência na mente do TODO, em cuja Mente vivemos, movemos e temos a nossa existência. Este Princípio, estabelecendo a Natureza Mental do Universo, explica todos os fenômenos mentais e psíquicos que ocupam grande parte da atenção pública, e que, sem tal explicação, seriam ininteligíveis e desafiariam o exame científico.
A compreensão deste Princípio hermético do Mentalismo habilita o indivíduo a abarcar prontamente as leis do Universo Mental e a aplicar o mesmo Princípio para a sua felicidade e adiantamento. O estudante hermetista ainda não sabe aplicar inteligentemente a grande Lei Mental, apesar de empregá-la de maneira casual.
Com a Chave-Mestra em seu poder, o estudante poderá abrir as diversas portas do templo psíquico e mental do conhecimento e entrar por elas livre e inteligentemente. Este Princípio explica a verdadeira natureza da Força, da Energia e da Matéria, como e por que todas elas são subordinadas ao Domínio da Mente. Um velho Mestre hermético escreveu, há muito tempo: "Aquele que compreende a verdade da Natureza Mental do Universo está bem avançado no Caminho do Domínio." E estas palavras são tão verdadeiras hoje, como no tempo em que foram escritas. Sem esta Chave-Mestra, o Domínio é impossível, e o estudante baterá em vão nas diversas portas do Templo.

2 - O Principio de Correspondência
  
O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima.

~ O Caibalion
Este Princípio contém a verdade que existe uma correspondência entre as leis e os fenômenos dos diversos planos da Existência e da Vida. O velho axioma hermético diz estas palavras: "O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima.' A compreensão deste Princípio dá ao homem os meios de explicar muitos paradoxos obscuros e segredos da Natureza. Existem planos fora dos nossos conhecimentos, mas quando lhes aplicamos o Princípio de Correspondência chegamos a compreender muita coisa que de outro modo nos seria impossível compreender. Este Princípio é de aplicação e manifestação universal nos diversos planos do universo material, mental e espiritual: é uma Lei Universal.
Os antigos Hermetistas consideravam este Princípio como um dos mais importantes instrumentos mentais, por meio dos quais o homem pode ver além dos obstáculos que encobrem à vista o Desconhecido. O seu uso constante rasgava aos poucos o véu de Isis e um vislumbre da face da deusa podia ser percebido. Justamente do mesmo modo que o conhecimento dos Princípios da Geometria habilita o homem, enquanto estiver no seu observatório, a medir sóis longínquos, assim também o conhecimento do Princípio de Correspondência habilita o Homem a raciocinar inteligentemente, do Conhecido ao Desconhecido. Estudando a mônada, ele chega a compreender o arcanjo.

3 - O Princípio de Vibração
  
Nada está parado; tudo se move; tudo vibra.

~ O Caibalion
Este Princípio encerra a verdade que tudo está em movimento: tudo vibra; nada está parado; fato que a Ciência moderna observa, e que cada nova descoberta científica tende a confirmar. E contudo este Princípio hermético foi enunciado há milhares de anos pelos Mestres do antigo Egito.
Este Princípio explica que as diferenças entre as diversas manifestações de Matéria, Energia, Mente e Espírito, resultam das ordens variáveis de Vibração. Desde O TODO, que é Puro Espírito, até a forma mais grosseira da Matéria, tudo está em vibração; quanto mais elevada for a vibração, tanto mais elevada será a posição na escala. A vibração do Espírito é de uma intensidade e rapidez tão infinitas que praticamente ele está parado, como uma roda que se move muito rapidamente parece estar parada.
Na extremidade inferior da escala estão as grosseiras formas da matéria, cujas vibrações são tão vagarosas que parecem estar paradas. Entre estes pólos existem milhões e milhões de graus diferentes de vibração. Desde o corpúsculo e o elétron, desde o átomo e a molécula, até os mundos e universos, tudo está em movimento vibratório. Isto é verdade nos planos da energia e da força (que também variam em graus de vibração); nos planos mentais (cujos estados dependem das vibrações), e também nos planos espirituais.
O conhecimento deste Princípio, com as fórmulas apropriadas, permite ao estudante hermetista conhecer as suas vibrações mentais, assim como também a dos outros. Só os Mestres podem aplicar este Princípio para a conquista dos Fenômenos Naturais, por diversos meios. "Aquele que compreende o Princípio de vibração alcançou o cetro do poder", diz um escritor antigo.

4 - O Principio de Polaridade

Tudo é Duplo; tudo tem pólos; tudo tem o seu oposto; o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são meias-verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados.

~ O Caibalion

Este Princípio encerra a verdade: tudo é Duplo; tudo tem dois pólos; tudo tem o seu oposto, que formava um velho axioma hermético. Ele explica os velhos paradoxos, que deixaram muitos homens perplexos, e que foram estabelecidos assim: A Tese e a Antítese são idênticas em natureza, mas diferentes em grau; os opostos são a mesma coisa, diferindo somente em grau; os pares de opostos podem ser reconciliados; os extremos se tocam; tudo existe e não existe ao mesmo tempo; todas as verdades são meias-verdades; toda verdade é meio-falsa; há dois lados em tudo, etc., etc.
Ele explica que em tudo há dois pólos ou aspectos opostos, e que os opostos são simplesmente os dois extremos da mesma coisa, consistindo a diferença em variação de graus. Por exemplo: o Calor e o Frio, ainda que sejam; opostos, são a mesma coisa, e a diferença que há entre eles consiste simplesmente na variação de graus dessa mesma coisa.
Olhai para o vosso termômetro e vede se podereis descobrir onde termina o calor e começa o frio! Não há coisa de calor absoluto ou de frio absoluto; os dois termos calor e frio indicam somente a variação de grau da mesma coisa, e que essa mesma coisa que se manifesta como calor e frio nada mais é que uma forma, variedade e ordem de Vibração.
Assim o calor e o frio são unicamente os dois pólos daquilo que chamamos Calor; e os fenômenos que daí decorrem são manifestações do Princípio de Polaridade. O mesmo Princípio se manifesta no caso da Luz e da Obscuridade, que são a mesma coisa, consistindo a diferença simplesmente nas variações de graus entre os dois pólos do fenômeno Onde cessa a obscuridade e começa a luz? Qual é a diferença entre o grande e o pequeno? Entre o forte e o fraco? Entre o branco e o preto? Entre o perspicaz e o néscio? Entre o alto e o baixo? Entre o positivo e o negativo.
O Princípio de Polaridade explica estes paradoxos e nenhum outro Princípio pode excedê-lo. O mesmo Princípio opera no Plano mental. Permitiu-nos tomar um exemplo extremo: o do Amor e o ódio, dois estados mentais em aparência totalmente diferentes. E, apesar disso, existem graus de ódio e graus de Amor, e um ponto médio em que usamos dos termos Igual ou Desigual, que se encobrem mutuamente de modo tão gradual que às vezes temos dificuldades em conhecer o que nos é igual, desigual ou nem um nem outro. E todos são simplesmente graus da mesma coisa, como compreendereis se meditardes um momento. E mais do que isto (coisa que os Hermetistas consideram de máxima importância), é possível mudar as vibrações de ódio em vibrações de Amor, na própria mente de cada um de nós e nas mentes dos outros.
Muitos de vós, que ledes estas linhas, tiveram experiências pessoais da transformação do Amor em ódio ou do inverso, quer isso se desse com eles mesmos, quer com outros. Podeis pois tornar possível a sua realização, exercitando o uso da vossa Vontade por meio das fórmulas herméticas. Deus e o Diabo, são, pois, os pólos da mesma coisa, e o Hermetista entende a arte de transmutar o Diabo em Deus, por meio da aplicação do Princípio de Polaridade. Em resumo, a Arte de Polaridade fica sendo uma fase da Alquimia Mental, conhecida e praticada pelos antigos e modernos Mestres hermetistas. O conhecimento do Princípio habilitará o discípulo a mudar a sua própria Polaridade, assim como a dos outros, se ele consagrar o tempo e o estudo necessário para obter o domínio da arte.

5 - O Principio de Ritmo

Tudo tem fluxo e refluxo; tudo ,em suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação.

~ O Caibalion

Este Princípio contém a verdade que em tudo se manifesta um movimento para diante e para trás, um fluxo e refluxo, um movimento de atração e repulsão, um movimento semelhante ao do pêndulo, uma maré enchente e uma maré vazante, uma maré alta e uma maré baixa, entre os dois pólos, que existem, conforme o Princípio de Polaridade de que tratamos há pouco. Existe sempre uma ação e uma reação, uma marcha e uma retirada, uma subida e uma descida. Isto acontece nas coisas do Universo, nos sóis, nos mundos, nos homens, nos animais, na mente, na energia e na matéria.
Esta lei é manifesta na criação e destruição dos mundos, na elevação e na queda das nações, na vida de todas as coisas, e finalmente nos estados mentais do Homem (e é com estes últimos que os Hermetistas reconhecem a compreensão do Princípio mais importante). Os Hermetistas compreenderam este Princípio, reconhecendo a sua aplicação universal, e descobriram também certos meios de dominar os seus efeitos no próprio ente com o emprego de fórmulas e métodos apropriados. Eles aplicam a Lei mental de Neutralização. Eles não podem anular o Princípio ou impedir as suas operações, mas aprenderam como se escapa dos seus efeitos na própria pessoa, até um certo grau que depende do Domínio deste Princípio. Aprenderam como empregá-lo, em vez de serem empregados por ele.
Neste e noutros métodos consiste a Arte dos Hermetistas. O Mestre dos Hermetistas polarizasse até o ponto em que desejar, e então neutraliza a Oscilação Rítmica pendular que tenderia a arrastá-lo ao outro pólo.
Todos os indivíduos que atingiram qualquer grau de Domínio próprio executam isto até um certo grau, mais ou menos inconscientemente, mas o Mestre o faz conscientemente e com o uso da sua Vontade, atingindo um grau de Equilíbrio e Firmeza mental quase impossível de ser acreditado pelas massas populares que vão para diante e para trás como um pêndulo. Este Princípio e o da Polaridade foram estudados secretamente pelos Hermetistas, e os métodos de impedi-los, neutralizá-los e empregá-los formam uma parte importante da Alquimia Mental do Hermetismo.


6 - O Principio de Causa e Efeito
  
Toda a Causa tem seu Efeito, todo Efeito tem sua Causa; tudo acontece de acordo com a Lei; o Acaso é simplesmente um nome dado a uma Lei não reconhecida; há muitos planos de causalidade, porém nada escapa à Lei.
~ O Caibalion
Este princípio contém a verdade que há uma Causa para todo o Efeito e um Efeito para toda a Causa. Explica que: Tudo acontece de acordo com a Lei, nada acontece sem razão, não há coisa que seja casual; que, no entanto, existem vários planos de Causa e Efeito, os planos superiores dominando os planos inferiores, nada podendo escapar completamente da Lei.
Os Hermetistas conhecem a arte e os métodos de elevar-se do plano ordinário de Causa e Efeito, a um certo grau, e por meio da elevação mental a um plano superior tomam-se Causadores em vez de Efeitos.
As massas do povo são levadas para a frente; os desejos e as vontades dos outros são mais fortes que as vontades delas; a hereditariedade, a sugestão e outras causas exteriores movem-nas como se fossem peões no tabuleiro de xadrez da Vida. Mas os Mestres, elevando-se ao plano superior, dominam o seu gênio, caráter, suas qualidades, poderes, tão bem como os que o cercam e tornam-se Motores em vez de peões. Eles ajudam a jogar a criação, quer física, quer mental ou espiritual, é possível sem partida da vida, em vez de serem jogados e movidos por outras vontades e influências. Empregam o Princípio em lugar de serem seus instrumentos. Os Mestres obedecem à Causalidade do plano superior, mas ajudam a governar o nosso plano.
Neste preceito está condensado um tesouro do Conhecimento hermético: aprenda-o quem quiser.

7 - O Principio de Gênero
O Gênero está em tudo; tudo tem o seu princípio masculino e o seu princípio feminino; o gênero se manifesta em todos os planos.
~ O Caibalion


Este princípio encerra a verdade que o gênero é manifestado em tudo; que o princípio masculino e o princípio feminino sempre estão em ação. Isto é certo não só no Plano físico, mas também nos Planos mental e espiritual. No Plano físico este Princípio se manifesta como sexo, nos planos superiores toma formas superiores, mas é sempre o mesmo Princípio.
Nenhuma criação, quer física, quer mental ou espiritual, é possível sem este Princípio, A compreensão das suas leis poderá esclarecer muitos assuntos que deixaram perplexas as mentes dos homens.
O Princípio de Gênero opera sempre na direção da geração, regeneração e criação'. Todas as coisas e todas as pessoas contêm em si os dois Elementos deste grande Princípio.
Todas as coisas machos têm também o Elemento feminino; todas as coisas fêmeas têm o Elemento masculino. Se compreenderdes a filosofia da Criação, Geração e Regeneração mentais, podereis estudar e compreender este Princípio hermético. Ele contém a solução de muitos mistérios da Vida. Nós vos advertimos que este Princípio não tem relação alguma com as teorias e práticas luxuriosas, perniciosas e degradantes, que têm títulos empolgantes e fantásticos, e que nada mais são do que a prostituição do grande princípio natural de Gênero. Tais teorias, baseadas nas antigas formas infamantes do Falicismo, tendem a arruinar a mente, o corpo e a alma; e a Filosofia hermética sempre publicou notas severas contra estes preceitos que tendem à luxúria, depravação e perversão dos princípios da Natureza.
Se desejais tais ensinamentos podeis procurá-los noutra parte: o Hermetismo nada contém nestas linhas que sirva para vós. Para aquele que é puro, todas as coisas são puras; para os vis, todas as coisas são vis e baixas. 


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Caibalion - A TRANSMUTAÇÃO MENTAL


A Mente (tão bem como os metais e os elementos) pode ser transmutada de estado em estado, de grau em grau, de condição em condição, de pólo em pólo, de vibração em vibração. A verdadeira transmutação hermética é uma Arte Mental. ~ O Caibalion


Como dissemos, os Hermetistas eram os antigos alquimistas, astrólogos e psicólogos, tendo sido Hermes o fundador destas escolas de pensamento. Da astrologia nasceu a moderna astronomia; da alquimia nasceu a moderna química; da psicologia mística nasceu a moderna psicologia das escolas. Mas não se pode supor que os antigos ignoravam aquilo que as escolas modernas pretendem ser sua propriedade exclusiva e especial. As memórias gravadas nas pedras do Antigo Egito mostram claramente que os antigos tinham um grande conhecimento de astronomia, a verdadeira construção das Pirâmides representando a relação entre o seu desenho e o estudo da ciência astronômica. Não ignoravam a Química, porque os fragmentos dos antigos escritos mostram que eles conheciam as propriedades químicas das coisas; com efeito, as antigas teorias relativas à física vão sendo vagarosamente verificadas pelas últimas descobertas da ciência moderna, principalmente as que se referem à constituição da matéria.
Não se deve crer que eles ignoravam as chamadas descobertas modernas em psicologia; pelo contrário, os egípcios eram especialmente versados na ciência da Psicologia, ,particularmente nos ramos que as modernas escolas ignoram; que, não obstante, têm sido encobertos sob o nome de ciência psíquica, que a confusão dos psicólogos da atualidade, fazendo-lhes com repugnância admitir que afinal pode haver alguma coisa nela.
A verdade é que, sob a química material, a astronomia e a psicologia (que é a psicologia na sua fase de ação do pensamento), os antigos possuíam um conhecimento da astronomia transcendente, chamada astrologia; da química transcendente, chamada alquimia; da psicologia transcendente chamada psicologia mística. Possuíam o Conhecimento Interno como o Conhecimento Externo, sendo o último o único possuído pelos cientistas modernos. Entre os muitos ramos secretos de conhecimento possuídos pelos Hermetistas estava o conhecido sob o nome de Transmutação Mental, que forma a exposição material desta lição.
Transmutação é um termo usualmente empregado para designar a antiga arte da transmutação dos metais; particularmente dos metais impuros em ouro. A palavra transmutar significa mudar de uma natureza, forma ou substância, em outra; transformar (Webster). E da mesma forma, Transmutação Mental significa a arte de transformar e de mudar os estados, as formas e as condições mentais em outras. Assim podeis ver que a Transmutação Mental é a Arte da Química Mental ou se quiserdes, uma forma da Psicologia Mística prática.
Porém estas significações estão muito longe de serem o que exteriormente parecem.
A Transmutação, Alquimia, ou Química, no Plano Mental é certamente muito importante nos seus efeitos, e se a arte cessou agora, assim mesmo não pode deixar de ser um dos mais importantes ramos de estudos conhecidos pelos homens. Mas isto é simplesmente o princípio. Vejamos a razão!
O primeiro dos Sete Princípios Herméticos é o princípio de Mentalismo, o seu axioma é "O TODO é Mente; o Universo é Mental", que significa que a Realidade Objetiva do Universo é Mente; e o mesmo Universo é Mental, isto é, existente na Mente do TODO. Estudaremos este princípio nas seguintes lições, mas deixai-nos examinar o efeito do princípio se for considerado como verdade.
Se o Universo é Mental na sua natureza, a Transmutação Mental pode ser considerada como a arte de MUDAR AS CONDIÇÕES DO UNIVERSO, nas divisões de Matéria, Força e Mente. Assim compreendereis que a Transmutação Mental é realmente a Magia de que os antigos escritores muito trataram nas suas obras místicas, e de que dão muito poucas instruções práticas. Se Tudo é Mental, então a arte que ensina a transmutar as condições mentais pode tornar o Mestre diretor das condições materiais tão bem como das condições chamadas ordinariamente mentais.
De fato, nenhum alquimista, que não esteja adiantado na Alquimia mental, pode obter o grau necessário de poder para dominar as grosseiras condições físicas e os elementos da Natureza, a produção ou cessação das tempestades e dos terremotos assim como de outros grandes fenômenos físicos. Que tais homens tenham existido e existam ainda hoje, é matéria da maior certeza para todos os ocultistas adiantados de todas as escolas. Que existem Mestres e que eles têm estes poderes, os melhores instrutores asseguram-no aos seus discípulos, tendo experiências que os . justificam nestas opiniões e declarações. Estes Mestres não exibem em público os seus poderes, mas procuram o afastamento do tumulto dos homens, com o fim de abrir melhor o seu caminho na Senda do Conhecimento. Mencionamos aqui a sua existência simplesmente com o fim de chamar a vossa atenção para o fato de que o seu Poder é inteiramente Mental, e de que eles operam conforme as linhas da mais elevada Transmutação mental, e em conformidade com o Princípio hermético de Mentalismo: O Universo é Mental.
Porém os discípulos e os Hermetistas de grau inferior aos Mestres - os Iniciados e Instrutores - podem facilmente operar pelo Plano Mental ao praticar a Transmutação Mental. Com efeito, tudo o que chamamos fenômenos psíquicos, influência mental, ciência mental, fenômenos de novo pensamento, etc., se realiza conforme a mesma linha geral, porque nisto está mais um princípio oculto, do que a matéria cujo nome é dado, ao fenômeno.
O discípulo que é praticante da Transmutação Mental opera no Plano Mental, transmutando as condições mentais, os estados, etc. em outros, de acordo com diversas fórmulas mais ou menos eficazes. Os diversos tratamentos, as afirmações e negações, etc., das escolas da ciência mental são antes fórmulas freqüentemente muito imperfeitas e não científicas, da Arte hermética. A maioria dos praticantes modernos são muito ignorantes em comparação com os antigos mestres, pois eles carecem do conhecimento fundamental sobre que é baseada a operação.
Não somente os próprios estados mentais podem ser mudados ou transmutados pelos métodos herméticos; mas também os estados mentais dos outros podem ser, e mesmo são constantemente transmutados na mesma direção, quase sempre inconscientemente, mas às vezes conscientemente, por uma pessoa que conheça as leis e os princípios, nos casos em que a pessoa influenciada não esteja informada dos princípios da proteção própria. E, ainda mais, como sabem diversos discípulos e praticantes da moderna ciência mental, toda condição material que depende das mentes dos outros pode ser mudada ou transmutada de acordo com o desejo, a vontade e os tratamentos reais da pessoa que deseja mudar as condições da vida. Na atualidade o Público está informado geralmente destas coisas, que não julgamos necessário mencioná-las por extenso; porque o nosso propósito a este respeito é simplesmente mostrar a Arte e o Princípio hermético de Polaridade.
Neste livro procuramos estabelecer os princípios básicos da Transmutação Mental, para que todos os que lêem possam compreender os Princípios secundários, e possuir então a Chave-Mestra que abrirá as diversas portas do Princípio hermético de Polaridade.
Vamos fazer agora uma consideração sobre o primeiro dos Sete Princípios herméticos: o princípio de Mentalismo, que afirma a verdade que "O TODO é Mente; o Universo é Mental", conforme as palavras do Caibalion. Pedimos uma atenção íntima e um estudo cuidadoso deste grande Princípio, da parte dos nossos discípulos, porque ele é realmente o Princípio Básico de toda a Filosofia hermética e da Arte hermética de Transmutação Mental. 



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Caibalion - O TODO


Sob as aparências do Universo, do Tempo e do Espaço e da Mobilidade, está sempre encoberta a Realidade Substancial: a Verdade fundamental.

~ O Caibalion

A Substância é aquilo que se oculta debaixo de todas as manifestações exteriores, a essência, a realidade essencial, a coisa em si mesma, etc. Substancial é aquilo que existe atualmente, que é elemento essencial, que é real, etc. A Realidade é o estado real, verdadeiro, permanente, duradouro, atual de um ente.
Debaixo e dentro de todas as aparências ou manifestações exteriores, sempre houve uma Realidade substancial. Esta é a Lei.
O homem, considerando o Universo, de que é simplesmente uma partícula, observa que tudo se transforma em matéria, em forças e em estados mentais. Ele conhece que nada É real, mas que, pelo contrário, tudo é MÓVEL e CONDICIONAL. Nada está parado; tudo nasce, cresce e morre; no momento em que uma coisa chega a seu auge, logo começa a declinar; a lei do ritmo está em constante ação; não há realidade, qualidade duradoura, fixidez ou substancialidade em qualquer coisa que ,seja; nada é permanente, tudo se transforma. O homem que observa as leis do Universo vê que todas as coisas evoluem de outras coisas, e resolvem-se em outras; vê uma constante ação e reação, um fluxo e refluxo, uma criação e destruição, o nascimento, crescimento e a morte. Nada é permanente, tudo se transforma. Se esse homem for um pensador ativo, ele realizará todas essas coisas mudáveis, que serão, contudo, aparências ou manifestações exteriores da mesma Força Oculta, da mesma realidade substancial.
Todos os pensadores de todos os países e todas as épocas compreenderam a necessidade de ser admitida a existência desta Realidade substancial. Todas as filosofias dignas deste nome acham-se baseadas nesta opinião. Os homens deram a esta Realidade substancial muitas denominações: muitos designaram-na sob o termo Divindade (sob diversos títulos); outros chamaram-na a Eterna e Infinita Energia; outros ainda deram-lhe simplesmente o nome de Matéria: mas todos reconheceram a sua existência. Isto é evidente por si mesmo, não é necessário argumentos.
Nestas lições seguiremos o exemplo de muitos grandes pensadores antigos e modernos - os Mestres Hermetistas - e designaremos esta Força Oculta, esta Realidade substancial sob o nome de O TODO, termo que consideramos como o mais compreensível dos diversos termos empregados pelo Homem para designar AQUELE que excede todos os nomes e todos os termos.
Aceitamos e ensinamos as idéias dos grandes pensadores herméticos de todos os tempos, assim como as destas almas iluminadas, que galgaram elevados Planos de existência, e que afirmam a natureza íntima do TODO ser INCOGNOSCÍVEL. Isto é assim que ninguém pode compreender pelo próprio TODO por a natureza e a existência íntima dele.
Os Hermetistas pensam e ensinam que o TODO, em Si mesmo, é e será sempre INCOGNOSCÍVEL. Eles consideram todas as teorias, conjeturas e especulações dos teólogos e metafísicos a respeito da natureza íntima do TODO, como esforços infantis das mentes finitas para compreender o segredo do Infinito. Tais esforços sempre desviaram e desviarão da verdadeira natureza do seu fim. Uma pessoa que Prossegue em tais investigações vai, de circuito em circuito no labirinto do pensamento, prejudicar o seu são raciocínio, a sua ação e a sua conduta, até ficar totalmente inutilizada para o trabalho da vida. É como o esquilo, que furiosamente corre dentro da redondeza da sua gaiola, caminhando sempre sem nunca chegar em parte alguma, e parando só quando se assusta: é enfim um prisioneiro.
Porém são ainda mais presunçosos os que atribuem ao TODO a personalidade, as qualidades e propriedades característicos e atributos deles mesmos, e querem que o TODO tenha emoções, sensações e outros característicos humanos que estão abaixo das pequenas qualidades do gênero humano, tais como a inveja, o desejo de lisonjas e louvores, desejo de oferendas e adorações, e todos os outros atributos que sobrevivem desde a infância da raça. Tais idéias não são dignas de pessoas maduras e vão sendo rapidamente abandonadas.
(Vem a propósito dizer aqui que fazemos distinção entre a Religião e a Teologia, entre a Filosofia e a Metafísica.)
A Religião para nós é a realização institucional da existência do TODO, e sua relação para com ele; ao passo que a Teologia representa o esforço do homem em atribuir-lhe personalidade, qualidades e característicos, as teorias a respeito dos seus negócios, planos, desejos e vontades, e as apropriações de tudo isso para o ofício de mediadores entre O TODO e O povo.
A Filosofia é, para nós, a investigação de acordo com o conhecimento das coisas conhecíeis e concebíveis; ao passo que a Metafísica é o intento de levar a investigação às regiões incognoscíveis e inconcebíveis e além dos seus limites, com a mesma tendência que a Teologia. Por conseguinte, a Religião e a Filosofia são para nós coisas que têm o seu princípio na Realidade, ao passo que a Teologia e a Metafísica parecem delgados caniços, enraizados na areia movediça da ignorância, e nada mais constituem que o mais incerto apoio para a mente ou a alma do Homem. Não insistiremos com os estudantes que aceitam estas definições; só mencionamo-las para mostrar a posição em que nos colocamos neste assunto. Seja como for falaremos muito pouco sobre a Teologia e a Metafísica.
Mas, conquanto a natureza essencial do TODO seja Incognoscível, existem certas verdades conexas com a sua existência que a mente humana foi obrigada a aceitar. E o exame destas verdades forma um assunto próprio para investigações, mormente quando elas concordam com o testemunho do Iluminado nos planos superiores. Nós vos convidamos a fazer estas investigações.
AQUELE que é a Verdade Fundamental, a Realidade Substancial, está fora de uma verdadeira denominação, mas o sábio chama-o O TODO.
~ O Caibalion
Na sua Essência, O TODO é INCOGNOSCÍVEL.
~ O Caibalion
Mas os testemunhos da Razão devem ser hospitaleiramente recebidas e tratados com respeito.
~ O Caibalion
A razão humana, cujos testemunhos devemos aceitar ao raciocinar sobre alguma coisa, nos diz o seguinte a respeito do TODO, mas sem pretender levantar o véu do Incognoscível:
1 - O TODO é Tudo o que É REAL. Nada pode existir fora do TODO, porque do contrário o TODO não seria mais o TODO.
  
2 - O TODO É INFINITO, porque não há quem defina, restrinja e limite O TODO. É Infinito no Tempo, OU ETERNO; existiu sempre, sem cessar; porque nada há que o pudesse criar, e se ele não tivesse existido, não podia existir agora; existirá perpetuamente, porque não há quem o destrua, e ele não pode deixar de existir, porque aquilo que é alguma coisa não pode ficar sendo nada. É infinito no espaço; está em toda parte porque não há lugar fora do TODO; é contínuo no Espaço Sem cessação, separação ou interrupção, porque nada há que separe, divida ou interrompa a sua continuidade, e nada há para encher lacunas. É Infinito ou Absoluto em Poder; porque não há nada para limitá-lo, restringi-lo ou acondicioná-lo; não está sujeito a nenhum outro Poder, porque não há outro Poder.
3 - O TODO É IMUTÁVEL, ou não está sujeito a ser mudado na sua natureza real, nada há que possa operar mudanças nele, nada há em que possa ser mudado nem nada que tenha sido mudado. Não pode ser aumentado nem diminuído, nem ficar maior ou menor, seja qual for o motivo. Ele sempre foi e sempre será tal como é agora: O TODO; nada houve, nada há e nada haverá em que ele possa ser mudado.
TODO sendo Infinito, Absoluto, Eterno e Imutável, segue-se que tudo o que é finito, passageiro, condicional e Mutável não é o Todo. E como não há nada Real fora do TODO, todas as coisas finitas não são Reais. Não deveis ficar admirados e espantados das nossas palavras; não queremos levar-vos à Ciência Cristã fundada sobre a parte inferior da Filosofia hermética. Há uma Reconciliação para o aparente estado contraditório atual do assunto. Tende paciência, que nós trataremos deste assunto em seu tempo.
Vemos ao redor de nós que aquilo que se chama Matéria constitui O Princípio de todas as formas. É O TODO Simplesmente Matéria? Absolutamente não! A Matéria não pode manifestar a Vida ou a Mente, e como a Vida e a Mente são manifestadas no Universo, Porque nada é superior à sua própria origem, nada se manifesta como efeito que não esteja na causa, nada evolui como conseqüente, que não tenha involuído como antecedente. Quando a ciência moderna nos diz que não há realmente outra coisa senão Matéria, devemos saber que aquilo que ela chama Matéria é simplesmente uma energia eu força interrompida, isto é, uma energia ou força com poucos graus de vibração. Disse um recente escritor, "a Matéria obscureceu-se no Mistério". Mesmo a ciência materialista já abandonou a teoria da Matéria e agora se apoia sobre a base da Energia.
Então o TODO é simplesmente Energia ou Força? Não é Energia ou Força como os materialistas empregam estes termos, porque a energia e força deles são coisas cegas e mecânicas, privadas de Vida ou de Mente. A Vida ou a Mente não pode evoluir da Energia ou Força cega, pela razão dada acima, que: Nada é superior à sua própria origem, nada evolui que não tenha involuído, nada se manifesta como efeito que não tenha a sua causa. E assim O TODO não pode ser simplesmente Energia ou Força, porque, se assim fosse, não teriam existência a Vida e a Mente, e nós sabemos muito bem que elas existem, porque somos nós os que temos Vida, e que empregamos a Mente para considerar esta questão, assim como os que pretendem que a Energia ou Força é Tudo.
Que é, pois, que sabemos existir no Universo, que é superior à Matéria ou Energia? A VIDA E A MENTE! A Vida e a Mente em todos os seus diversos graus de desenvolvimento! "Então, perguntais, quereis dizer que O TODO É VIDA E MENTE? Sim e Não! é a nossa resposta. Se entendeis a Vida e a Mente como nós pobres mortais conhecemo-las, diremos, Não! O TODO não é isto! "Mas, que natureza de Vida e de Mente quereis significar?", direis vós.
A resposta é: "A MENTE VIVENTE, muito acima do que os mortais conhecem por essas palavras, como a Vida e a Mente são superiores às forças mecânicas ou à matéria; A INFINITA MENTE é Muito superior em comparação à Vida e à Mente finita." Queremos exprimir o que as almas iluminadas significam ao pronunciarem reverentemente a palavra ESPÍRITO!
O TODO é a Infinita Mente Vivente; o Iluminado chama-a ESPÍRITO! 


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Caibalion - O UNIVERSO MENTAL


O Universo é Mental: ele está dentro da mente d'O TODO.
~ O Caibalion
O TODO é ESPÍRITO! Mas que é Espírito? Esta pergunta não pode ser respondida, porque a sua definição seria praticamente a do TODO, que não pode ser explicado nem definido. Espírito é um simples nome que os homens dão às suas mais elevadas concepções da Infinita Mente Vivente; esta palavra significa a Essência Real; significa a Mente Vivente, tão superior à Vida e à Mente tais como as Conhecemos, quanto estas últimas são superiores à Energia mecânica e à Matéria. O Espírito é superior ao nosso entendimento, e só empregamos este termo para podermos falar do TODO. No juízo dos pensadores e inteligentes estamos justificados falando do Espírito como Infinita Mente Vivente, e reconhecendo que não Podemos compreendê-la, quer raciocinando sobre ela, quer estudando a matéria na sua totalidade.
Façamos agora uma consideração sobre a natureza do Universo, quer no seu todo, quer nas suas partes. Que é o Universo? Dissemos que nada há fora do TODO. Então o Universo é O TODO? Não; não o é; porque o Universo parece ser formado de MUITOS, e está constantemente mudando, ou, por outras palavras, ele não pode ser comparado com as idéias que estabelecemos a respeito do TODO. Então, se o Universo não é o TODO, ele é o Nada; tal é a conclusão inevitável da mente à primeira idéia. Mas esta não satisfaz a questão, porque sentimos a existência do Universo. Ora, se o Universo não é O TODO, nem o Nada, que será então? Examinemos a questão.
Se verdadeiramente o Universo existe, ou parece existir, ele procederá diretamente do TODO, poderá ser uma criação do TODO. Mas como poderá alguma coisa sair do nada, de que O TODO a teria criado?
Vários filósofos responderam a esta pergunta, dizendo que TODO criou o Universo de si MESMO, isto é, da existência e substância do TODO. Mas isto não pode ser, porque o TODO não pode ser dividido ou diminuído, como já vimos, e se isto fosse verdade, cada partícula do Universo não poderia deixar de conhecer o seu ente n’O TODO; o TODO não perderia o conhecimento próprio, nem SE TORNARIA atualmente um átomo, uma força cega ou uma coisa de vida humilde. Com efeito, alguns homens, julgando que o TODO é exatamente TUDO, e reconhecendo também que eles, os homens, existem, aventuraram-se a concluir que eles eram idênticos ao TODO, e atroaram os ares com os seus clamores de "EU SOU DEUS!" para divertimento da multidão e sorriso dos sábios. O clamor do corpúsculo que dissesse: "Eu sou Homem!", seria mais modesto em comparação.
Mas, que é, pois, o Universo, se não for o TODO separando a si mesmo em fragmentos? Que outra coisa poderá ser? De que coisa poderá ser feito? Esta é a grande questão. Examinemo-la bem. Reconhecemos que o Princípio de Correspondência (vide a primeira lição) vem em nosso auxílio aqui. O velho axioma hermético "o que está em cima é como o que está embaixo", pode ser empregado com êxito neste ponto. Permiti-nos fazer uma rápida hipótese sobre os planos elevados, examinando-os em nós mesmos. O Princípio de Correspondência aplica-se a este como a outros problemas.
Vejamos, pois! No seu próprio plano de existência, como cria o Homem? Primeiramente, ele pode criar, fazendo alguma coisa de materiais exteriores. Mas assim não pode ser, porque não há materiais exteriores ao TODO, com os quais ele possa criar. Em segundo lugar, o Homem procria ou reproduz a sua espécie pelo processo da geração que é a própria multiplicação por meio da transformação de uma parte da sua substância na da sua prole. Mas, assim também não pode ser, porque o Todo não pode transferir ou subtrair uma parte de si mesmo, assim como reproduzir ou multiplicar a si mesmo: no primeiro caso haveria uma revogação da lei, e no segundo, uma multiplicação ou adição do TODO, idéias totalmente absurdas. Não há nenhum outro meio pelo qual O HOMEM cria? Sim, há; ele CRIA MENTALMENTE! E deste modo, não emprega materiais exteriores, não reproduz a si mesmo, e, apesar disso, o seu Espírito penetra a Criação Mental.
Conforme o Princípio de Correspondência, temos razão de considerar que O TODO CRIA MENTALMENTE o Universo, de um modo semelhante ao processo pelo qual o Homem cria as Imagens mentais. Este é o testemunho da Razão, que concorda perfeitamente com o testemunho do Iluminado, como ele o manifesta pelos seus ensinos e escritos. Assim são os ensinamentos do Sábio. Tal era a doutrina de Hermes.
O TODO não pode criar de outro modo senão mentalmente, sem empregar qualquer material (nada há para ser empregado), e nem reproduzir a si mesmo (o que é também impossível). Não se pode escapar desta conclusão da Razão, que, como dissemos, concorda com os mais elevados preceitos do Iluminado. justamente como vós podeis criar um Universo de vós mesmos na vossa mentalidade, assim O TODO cria Universo na sua própria Mente. Mas o vosso Universo é criação mental de uma Mente finita, enquanto que o do TODO é criação de uma Mente Infinita. Ambos são análogos em natureza, mas infinitamente diferentes em grau. Vamos examinar cuidadosamente como fazemos nos processos de criação e manifestação. Mas antes de tudo é preciso fixardes as vossas mentes nesta frase: O UNIVERSO, E TUDO O QUE ELE CONTÉM, É UMA CRIAÇÃO MENTAL DO TODO. Com efeito, O TODO É MENTE!
O TODO cria na sua Mente infinita inumeráveis Universos, que existem por éons de Tempo; e contudo, para O TODO, a criação, o desenvolvimento, o declínio e a morte de um milhão de Universos é como que o tempo do pestanejar dum olho.
~ O Caibalion
A Mente Infinita d'O TODO é a matriz dos Universos.
~ O Caibalion
O Princípio de Gênero (vide lição primeira e seguintes) é manifestado em todos os planos de vida, quer materiais, mentais ou espirituais. Mas, como já dissemos, Gênero não significa Sexo; o sexo é simplesmente uma manifestação material do, gênero. Gênero significa relativo à geração ou criação. Em qualquer lugar, em qualquer plano, em que uma coisa é criada ou gerada, o Princípio de Gênero se manifesta. E isto é verdade mesmo na criação dos Universos.
Mas, não se deve concluir disto que ensinamos haver um Deus ou Criador macho e fêmea. Esta idéia é um desvio dos antigos preceitos sobre este assunto.
O verdadeiro ensinamento é que o TODO em si mesmo está fora do Gênero, assim como de qualquer outra Lei, mesmo as do Tempo e do Espaço. Ele é a Lei de que todas as Leis procedem e não está sujeito a elas. Contudo, quando O TODO se manifesta no plano de geração ou criação, os seus atos concordam com a Lei e o Princípio, porque se realizam num plano inferior de existência. E, por conseguinte, ele manifesta no Plano Mental o Princípio de Gênero, nos seus aspectos Masculino e Feminino.
Esta idéia poderá causar admiração a alguns de vós, que aprendem-na pela primeira vez, mas todos vós aceitaste-a passivamente nas vossas concepções diárias. Falais na Paternidade de Deus e na Maternidade da Natureza; de Deus, o Pai divino e da Natureza, a Mãe universal; logo, reconheceis instintivamente o Princípio de Gênero no Universo. Não é verdade?
Mas a doutrina hermética não exprime uma dualidade real: O TODO é um; os dois aspectos são simplesmente aspectos de manifestação. O ensinamento é que o Princípio Masculino manifestado pelo TODO só impede a destruição da concepção atual do Universo. Ele projeta o seu Desejo no Princípio Feminino (que se chama Natureza), ao mesmo tempo que este último começa a obra atual da evolução do Universo, desde os simples centros de atividade até o homem, e subindo cada vez mais de acordo com as bem-estabelecidas Leis da Natureza. Se dais preferência aos velhos modos de expressão, podeis considerar o Princípio Masculino COMO DEUS, o Pai, e o Princípio Feminino COMO a NATUREZA, a Mãe Universal, em cuja matriz todas as coisas foram geradas. Isto não é simplesmente uma ficção poética de linguagem; é uma idéia do processo atual de criação do Universo. Mas é preciso não esquecer que O TODO é um, e que o Universo é gerado, criado e existe na sua Mente Infinita.
Isto vos permitirá fazer uma idéia de vós mesmos, se quiserdes aplicar a Lei de Correspondência à vossa própria mente e a vós mesmos. Sabeis que a parte de Vós que chamais Eu. em certo sentido, sustenta e prova a criação de Imagens mentais na vossa própria mente. A parte da vossa mente em que é realizada a geração mental pode ser chamada o eu inferior, distinto do Eu que sustenta e examina os pensamentos, as idéias e as imagens do eu inferior. Reparai bem que "o que está em cima é como o que está embaixo", e que os fenômenos de um plano podem ser empregados na solução dos enigmas de planos superiores ou inferiores.
Será para admirar que Vós, os filhos, sintais esta instintiva reverência pelo TODO, sentimento que chamamos religião; esta reverência e este respeito para com a MENTE-PAI? Será para admirar que, ao considerar as obras e as maravilhas da Natureza, fiqueis dominado por um grande sentimento que tem sua origem fora do vosso íntimo ser? É a MENTE-MÃE que vos estreita, como a mãe estreita seu filho ao seio.
Não deveis cometer o erro de crer que o pequeno mundo que vedes ao redor de vós, a Terra, que é simplesmente um grão de areia em comparação com o Universo, seja o próprio Universo. Existem milhões de mundos semelhantes e maiores. Há milhões e milhões de Universos iguais em existência dentro da Mente Infinita do TODO. E mesmo no nosso pequeno sistema solar há regiões e planos de vida mais elevados que os nossos e entes, em comparação aos quais nós, míseros mortais, somos como as viçosas formas viventes que habitam no fundo do oceano, comparadas ao Homem. Há entes com poderes e atributos superiores aos que o Homem sonhou ser possuído pelos deuses. Não obstante, estes entes foram como vós e ainda inferiores, e, com o tempo, vós podeis ser como eles ou superiores a eles; porque, como diz o Iluminado, tal é o Destino do Homem.
A Morte não é real, ainda mesmo no sentido relativo; ela é simplesmente o Nascimento a uma nova vida, e continuareis sempre de planos elevados de vida a outros mais elevados por eons e eons de tempo. O Universo é vossa habitação e estudareis os seus mais distantes a@,essos antes do fim do Tempo, Residis na Mente Infinita do TODO, e as vossas potencialidades e oportunidades são infinitas mas somente no tempo e no espaço. E no fim do Grande Ciclo de EONS, O TODO recolherá em si todas as suas criações; porém, vós continuareis alegremente a vossa jornada, porque então querereis preparar-vos para conhecer a Verdade Total da existência em Unidade com O TODO.
E, quando estiverdes na metade do caminho, estareis calmos e serenos; sois seguros e protegidos pelo Poder Infinito da MENTE-MÃE.
Dentro da Mente Pai-Mãe, o filho mortal está na sua morada. ~ O Caibalion
Não há nenhum órfão de Pai ou de Mãe no Universo. ~ O Caibalion 


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