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14 de outubro de 2010

A besta do Apocalipse

O principal agente do diabo em sua perseguição da igreja era uma besta selvagem que emergiu do mar (Apocalipse 13:1-10). Ela representava um rei (17:9-11). A evidência do Apocalipse é que a besta não estava no futuro remoto (17:7-11) e teria somente uma curta carreira (13:5). Com a estrutura de tempo na qual devemos procurar aplicações históricas estabelecidas (veja Andando na Verdade, Ano 1, Número 2, 23-25), poderia eu apontar algumas interessantes coincidências entre o Apocalipse e a História do primeiro século d.C. sem parecer muito dogmático?


Golpe de morte na besta

A besta tinha sete cabeças (13:1); uma "como golpeada de morte", mas "essa ferida mortal foi curada" e o mundo ficou maravilhado (13:3). Esta descrição é, com toda possibilidade, uma alusão aos acontecimentos de 69 d.C., o "Ano dos Quatro Imperadores". A má administração dos últimos anos de Nero tinha gerado revolta e o suicídio dele em 68 d.C. foi seguido por guerra civil. Quatro diferentes imperadores reivindicaram o trono em 69 d.C. O império foi sacudido até os seus alicerces. A ordem foi, contudo, restabelecida sob Vespasiano. O golpe de morte foi curado e o mundo se maravilhou.

A lenda de Nero

"A besta", foi dito a João, "era e não é, está para emergir do abismo... era e não é, mas aparecerá" (17:8). As sete cabeças são sete reis: "...dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou". A própria besta é o oitavo rei e "procede dos sete" (10-11). Tenho considerável confiança em que esta descrição se relaciona de algum modo com a assim chamada "lenda de Nero".

Depois do suicídio de Hitler circulou o boato que ele ainda estava vivo, talvez escondido em algum lugar da América do Sul, planejando uma segunda tentativa. Rumores semelhantes seguiram a morte de Nero. Alguns não queriam crer que ele estava morto. Supunha-se que estivesse escondido, para voltar logo e reclamar o trono. Apareceram pretendentes, declarando serem Nero, e reuniram seguidores. Esta "lenda de Nero" é documentada pelos historiadores romanos do primeiro século Tácito e Suetônio.

Em 69 d.C., escreveu Tácito, "quatro imperadores pereceram violentamente. Houve guerras civis, ... e graças às atividades de um charlatão mascarado de Nero, até a Partia esteve na beira de declarar guerra" (Histórias, i. 2; Edição Penguin, brochura, pág. 21 e seguintes).
Por este tempo a Acaia e a Ásia estavam abaladas por um alarme falso. Circulou o boato que Nero estava a caminho para lá. Tinha havido histórias conflitantes sobre sua morte, e numerosas pessoas imaginavam -- e acreditavam -- que ele estivesse vivo... Nesta ocasião o homem envolvido era um escravo do Ponto, ou, de acordo com outros relatos, um liberto da Itália. A circunstância de ser ele era um harpista e cantor por profissão, quando somada com uma semelhança facial, a impostura muito plausível (Tácito, Histórias, ii. 8f., Penguin, brochura, pág. 85 e seguintes).
Depois da morte de Nero, escreveu Suetônio sobre seus amigos: "...até continuaram a circular seus éditos, fingindo que ele ainda estava vivo e logo voltaria para confundir seus inimigos... Vinte anos mais tarde, quando eu era um jovem, um indivíduo misterioso apareceu declarando ser Nero; e tão mágico foi o som de seu nome aos ouvidos dos partas que eles o apoiaram com o melhor de 61sua capacidade, e estiveram muito relutantes em aceder às exigências de Roma de sua extradição (Nero, 57, em Os Doze Césares; Penguin, pág. 240 e seguintes).

João, naturalmente, não creu numa tal fábula. Mas parece que ele fez uso dela, pois continha um elemento de verdade. Um monstro perseguidor como Nero estava no horizonte. Não o próprio Nero, mas um segundo Nero apareceria, outro rei em quem o espírito e o caráter de Nero seria revivido. Ele seria um oitavo rei, mas "dos sete", um segundo Nero, possivelmente Domiciano.

Número da besta

"Apocalipse 13:17 e seguintes e 15:2, se referem a numerologia, que era muito familiar às pessoas dos tempos antigos. De acordo com ela, desde que cada letra grega tenha um valor numérico, um nome poderia ser substituído por um número representando o total dos valores numéricos das letras formando o nome" (Arndt & Gingrich, Lexicon, 106). Um sujeito apaixonado rabiscou numa parede da antiga Pompéia uma sentença grega que se traduz, "Eu amo aquela cujo número é 545" (Adolf Deissman, Luz do Oriente Antigo, 277).

À luz da alusão evidente a Nero discutida acima, talvez possamos considerar a solução para este enigma dado no Lexicon, 669, Grimm-Thayer. O número 666 é chamado "um número místico cujo significado é claro quando está escrito em letras hebraicas ... 'Nero César'".

Data do Apocalipse

O debate sobre a data do Apocalipse continuará. Mas o próprio livro não exige uma data entre os perseguidores, um passado e um futuro, ao invés de uma data durante o reinado de qualquer deles? E não deveria esta evidência interna ter precedência sobre qualquer testemunho externo?



E-mail: apocalipsedosanjos@hotmail.com

3 de outubro de 2010

Babilônia

Babilônia (português brasileiro) ou Babilónia (português europeu) foi a capital da antigaSuméria e Acádia, no sul da Mesopotâmia (hoje no moderno Iraque, localiza-se a aproximadamente 80 km ao sul de Bagdá). O nome (Babil ou Babilu em babilônico) significa "Porta de Deus", mas os judeus afirmam que vem do Hebraico Antigo Babel ( בבל ), que significa "confusão". Essa palavra semítica é uma tradução do sumérioKadmirra.


História


O Império da Babilónia, que teve um papel significativo na história da Mesopotâmia, foi provavelmente fundado em 1950a.C. O povo babilônico era muito avançado para a sua época, demonstrando grandes conhecimentos em arquitetura, agricultura, astronomia edireito. Iniciou sua era de império sob o amorita Hamurabi, por volta de 1730 a.C., e manteve-se assim por pouco mais de mil anos. Hamurabi foi o primeiro rei conhecido a codificar leis, utilizando no caso, a escrita cuneiforme, escrevendo suas leis em tábuas de barro cozido, o que preservou muitos destes textos até ao presente. Daí, descobriu-se que a cultura babilônica influenciou em muitos aspectos a cultura moderna, como a divisão do dia em 24 horas, da hora em 60 minutos e daí por diante.

Detalhe da Porta de Ishtar.

De entre os seus soberanos, o mais famoso foi Hamurabi (1792 a 1750 a.C.). O mais antigo e completo código de leis que a história registra foi de realização sua. Hamurabi também nomeou governadores, unificou a língua, a religião e fundiu todos os mitos populares em um único livro: a Epopéia de Marduk - que era lido em todas as festas de seu reino. Também cercou sua capital, fortificando-a. Ele criou o Código de Hamurabi, cujas leis, em resumo, seguem um mesmo príncipio: Dente por dente, olho por olho. Veja algumas leis:

  • 218-Se um médico fizer uma larga incisão com uma faca de operações e matar o paciente, suas mãos deverão ser cortadas;
  • 219-Se um médico fizer uma larga incisão no escravo de um homem livre, e matá-lo, ele deverá substituir o escravo por outro;
  • 221-Se um médico fizer curar um osso quebrado melável do corpo humano, o paciente deverá pagar ao médico cinco shekels;
  • 229-Se um construtor construir uma casa para outrem, e não fizer a casa bem feita, e se a casa cair e matar seu dono, então o construtor será condenado à morte;
  • 230-Se morrer o filho do dono da casa, o filho do construtor deverá ser condenado à morte;

A expansão do Império se iniciou por volta de 1800 a.C., logo, o rei Hamurabi unificou toda a região que ia da Assíria (no norte), à Caldéia(no sul). A partir dessa unificação, surgiu o Primeiro Império Babilônico.



A Queda


Teve início com o declínio do império de Sargão I. Era a capital dos amoritas (semitas, vindos do deserto da Arábia), que até então, era uma pequena cidade do Eufrates. Graças ao enfraquecimento dos Acadianos e posteriormente dos Sumérios, a Babilônia cresceu e evoluiu, tornando-se então, um império e um cobiçado centro comercial.

O poder cai nas mãos dos cruéis assírios, que formavam um poderoso império que se iniciou em 1200 a.C., até 612 a.C. quandoNabopolasar (da Babilônia), aliado aos Medos (povo que vivia no planalto iraniano), atacou Nínive, capital do Império Assírio, retomando o poder para a Babilônia, e se iniciando assim o Segundo Império Babilônico (ou Caldeu), que se tornou a mais notável cidade do Oriente.

Os arameus, assírios e os caldeus lutaram durante séculos pelo controle da Babilônia. O Rei assírio Assurbanípal venceu a luta em 648 a.C., e foi sucedido por Nabucodonosor II.

Sítio arqueológico da cidade histórica da Babilônia.

Torre de Babel

A Torre de Babel, segundo a narrativa bíblica no Gênesis, foi uma torre construída por um povo com o objetivo que o cume chegasse ao céu, para que não fossem espalhados sobre toda a terra. Deus parou este projeto ao confundir a sua linguagem e espalhar o povo sobre toda a terra. Esta história é usada para explicar a existência de muitas línguas e raças diferentes. A localização da construção teria sido na planície entre os rios Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia (atual Iraque), uma região célebre por sua localização estratégica e pela sua fertilidade.

Segundo o Antigo Testamento a Torre de Babel foi construída na Babilônia pelos descendentes de Noé, com a intenção de eternizar os seus nomes. A decisão era fazê-la tão alta que alcançasse o céu. Isto provocou a ira de Deus que, para castigá-los, confundiu-lhes as línguas e espalhou - os por toda a Terra.

Este mito é, provavelmente, inspirado na torre do templo de Marduk, cujo nome em hebraico significa Babel ou Bavel (porta de Deus). Hoje, entende-se esta história como uma tentativa dos povos antigos de explicarem a diversidade de idiomas. No entanto, ainda restam no sul da antiga Mesopotâmia, ruínas de torres que se ajustam perfeitamente à torre de Babel descrita pela Bíblia.


Narrativa


A história é encontrada em Gênesis 11:1-9:
1 Em toda a Terra, havia somente uma língua, e empregavam-se as mesmas palavras.
2 Emigrando do Oriente, os homens encontraram uma planície na terra de Sinar e nela se fixaram.
3 Disseram uns para os outros: «Vamos fazer tijolos, e cozamo-los ao fogo.» Utilizaram o tijolo em vez da pedra, e o betume serviu-lhes de argamassa.
4 Depois disseram: «Vamos construir uma cidade e uma torre, cujo cimo atinja os céus. Assim, havemos de tornar-os famosos para evitar que nos dispersemos por toda a superfície da terra.»
5 O SENHOR, porém, desceu, a fim de ver a cidade e a torre que os homens estavam a edificar.
6 E o SENHOR disse: «Eles constituem apenas um povo e falam uma única língua. Se principiaram desta maneira, coisa nenhuma os impedirá, de futuro, de realizarem todos os seus projectos.
7 Vamos, pois, descer e confundir de tal modo a linguagem deles que não consigam compreender-se uns aos outros.»
8 E o SENHOR dispersou-os dali por toda a superfície da Terra, e suspenderam a construção da cidade.
9 Por isso, lhe foi dado o nome de Babel, visto ter sido lá que Deus confundiu a linguagem de todos os habitantes da Terra, e foi também dali que os dispersou por toda a Terra.


Modelo proposto pela História


Babel, capital do Império babilônico, era uma cidade-estado extremamente rica e poderosa. Era um centro político, militar, cultural e econômico do mundo antigo. Tal qual cidades como Nova York e Paris, nos dias atuais, ela recebia grande número de imigrantes de diversas nacionalidades, cada qual falando um idioma diferente.

O plano interno da Babilônia — seus bairros e ruas principais — tinha sido estabelecido muito antes do império neobabilônio. Na área residencial do cômoro Merkez, onde se obteve acesso aos níveis mais antigos, o padrão de ruas tinha mudado muito pouco ao longo dos séculos desde a ocupação cassita. Os reis assírios, em especial Esarhadon, tinham contribuído para a beatificação da cidade — sobretudo Esagila, o principal santuário de Marduk —, revestindo algumas ruas com reboco e reparado as defesas. Entretanto, o projeto de converter a Babilônia numa metrópole suficientemente grandiosa para representar as aspirações de um império foi iniciado por seu pai, Nabopolassar. Ele iniciou o trabalho no Palácio Sul, sua residência, construiu um templo para Ninurta, as muralhas do cais do Arahru (como o Eufrates era então chamado) e em 61O a.e.c., iniciou o mais ambicioso de todos os empreendimentos arquitetônicos, a reconstrução de Etemenanki, “Fundação do Céu e da Terra”, como a “Torre de Babel” ou zigurate era chamada.


Contexto Histórico e Linguístico

"A Confusão das Línguas" por Gustave Doré(1865)

A forma grega do nome, Babilônia, é do Acadiano Bāb-ilu, que significa "Portão de Deus". Isto sumaria corretamente o propósito religioso das grandes torres-templo (os zigurates) da antiga Suméria (Sinar bíblica, no sul do Iraque moderno). Estes templos enormes, quadrados e com escadas eram vistos como portões para os deuses virem à terra, escadas literais para o céu. ("Alcançando o céu" é uma inscrição comum nas torres-templo.) Este é o tipo de estrutura referida na narrativa bíblica, apesar de artistas e estudiosos bíblicos a imaginarem de diferentes maneiras. O retrato influente de Pieter Brueghel é baseado no Coliseu de Roma, enquanto que as representações cónicas da torre mais tardias (como na ilustração de Doré) se assemelham muito a torres Muçulmanas tardias observadas por exploradores do século XIX na área. O artista flamengo também faz uma pintura alegórica, talvez a nova construção européia do Imperador para a Cristandade.

Os Zigurates estão entre as maiores estruturas religiosas alguma vez construídas, e o seu uso remonta aos princípios da História. A narrativa Bíblica é uma reacção ao antigo sistema Mesopotâmico de crenças reflectido nestas estruturas impressionantes, crenças que governaram os corações e as mentes de algumas das maiores civilizações dos tempos antigos.

Para os judeus adquiriu o significado de "confusão" em harmonia com Gênesis 11:9. Moisés terá derivado o nome Babel, em hebraico Bavél, da raiz do verbo ba.lál, que significa "confundir". Curiosamente, Bab e El sugere uma combinação do acadiano Bab("porta", "portão") com o hebraico El ("Deus", abreviatura usada para Elóhah e Elohím). Segundo o Gênesis, seria Nimrod ou Ninrode (Ninus), filho de Cus, que teria mandado construir a Torre-templo de Babel. Alguns acreditam que tenha sido Cus quem iniciou a sua construção, antes da confusão das línguas (idiomas). Após isso, seu filho Nimrod, teria continuado a urbanização do local, dando origem à futura cidade de Babilônia.

Segundo a Hipótese documental, a passagem deriva da fonte Javista, um escritor cujo trabalho está cheio de Paranomásias, e como muitas das outras paranomásias no texto Javista, o elemento da história que se refere à confusão das línguas é visto por muitos como uma pseudo-etimologia para o nome Babel, relacionado com uma história mais histórica do colapso de uma torre.

A Linguística histórica luta há muito tempo contra a ideia de uma linguagem única original (Língua adâmica). Tentativas de identificar esta língua com uma língua actual têm sido rejeitadas pela comunidade académica. Foi este o caso do Hebreu, e do Basco (como foi proposto por Manuel de Larramendi). Ainda assim, o bem documentado ramo de linguagens com antepassados comuns (como as modernas línguas europeias vindas do antigo Indo-Europeu) aponta na direcção de uma única língua ancestral. O tema principal da disputa é a data, que muitos estudiosos poriam vários milhares de anos antes da própria data da Bíblia para o fim da Torre de Babel.

Um grande projecto de construção no mundo antigo pode ter usado trabalho forçado de diversas populações conquistadas ou súbditas, e o domínio que cobria a Babilónia teria tido algumas línguas não Semitas, como o Hurrita, o Cassita, o Sumério, e o Elamita, entre outros.

Amar-Sin (2046-2037 a.C.), terceiro monarca da Terceira dinastia de Ur, tentou construir um zigurate em Eridu que nunca foi terminado. Tem sido sugerido que Eridu seria o local onde teria estado a torre de Babel, e que a história teria sido mudada mais tarde para a BabilóniaEnmerkar (i.e. Enmer o Caçador) rei de Uruk, sugerido por alguns como sendo o modelo para Nimrod, foi também um constructor do templo de Eridu.

Há uma história parecida à da Torre de Babel na Mitologia suméria chamada Enmerkar e o Senhor de Aratta, na qual os dois deuses rivais,Enki e Enlil acabam por confundir as línguas de toda a humanidade como efeito colateral da sua discussão.

Em Gênesis 10, diz-se que Babel era parte do reino de Nimrod. Apesar de não ser especificamente mencionado na Bíblia, Ninrode é frequentemente associado com a construção da torre noutras fontes. Uma teoria recentemente proposta por David Rohl associa Nimrod com Enmerkar, e propõe que as ruínas da Torre de Babel são na verdade as ruínas muito mais velhas do zigurate de Eridu, a sul de Ur, em vez de Babilónia. Entre as razões para esta associação estão o grande tamanho das ruínas, a idade mais velha das ruínas, e o facto de um título de Eridu ser NUN.KI ("lugar poderoso"), que mais tarde se tornou um título da Babilónia.

Tradicionalmente, os povos enumerados no capítulo 10 do Gênesis (a Tabela das Nações) são vistos como tendo-se espalhado pela Terra a partir do Sinar apenas após o abandono da Torre, que é uma explicação da diversidade cultural. Alguns, contudo, vêem uma contradição entre a menção em Génesis 10:5 que diz "5Deles nasceram os povos que se dispersaram por países e línguas, por famílias e nações." E a seguinte história de Babel, que começa da seguinte maneira "1Em toda a Terra, havia somente uma língua, e empregavam-se as mesmas palavras." (Genesis 11:1).


O Etemenanki: o zigurate da Babilónia


Em 440 a.C. Heródoto escreveu:

A parede exterior da Babilónia é a principal defesa da cidade. Há, contudo, uma segunda parede interior, de menor espessura que a primeira, mas não muito inferior a ela [parede exterior] em força. O centro de cada divisão da cidade era ocupado por uma fortaleza. Numa ficava o palácio dos reis, rodeado por um muro de grande força e tamanho: na outra estava o sagrado recinto de Júpiter (Zeus) Belus, um cerco quadrado de 201 m de cada lado, com portões de latão sólido; que também lá estavam no meu tempo. No meio do recinto estava uma torre de mampostería sólida, de 201 m em comprimento e largura, sobre a qual estava erguida uma segunda torre, e nessa uma terceira, e assim até oito. A ascensão até ao topo está do lado de fora, por um caminho que rodeia todas as torres. Quando se está a meio do caminho, há um lugar para descansar e assentos, onde as pessoas se podem sentar por algum tempo no seu caminho até ao topo. Na torre do topo há um templo espaçoso, e dentro do templo está um sofá de tamanho invulgar, ricamente adornado, com uma mesa dourada ao seu lado. Não há estátua de espécie alguma nesse sítio, nem é a câmara ocupada de noite por alguém a não ser por uma mulher nativa, que, como os Caldeus, os sacerdotes deste deus, afirmam, é escolhida para si próprio pela divindade, de todas as mulheres da terra.

Pensa-se que esta Torre de Júpiter Belus se refere ao deus acadiano Bel, cujo nome foi helenizado por Heródoto para Zeus Belus. É provável que corresponda ao gigantesco zigurate a Marduk (Etemenanki), um antigo zigurate que foi abandonado, caindo em ruínas devido a abalos sísmicos, e relâmpagos a danificar o barro. Este enorme zigurate, e a sua queda são vistos por muitos académicos como tendo inspirado a história da Torre de Babel. Contudo, também se encaixaria bem na narrativa Bíblica — dando algum suporto arqueológico para a história. Mais provas podem ser recolhidas daquilo que o Rei Nabucodonosor inscreveu nas ruínas do seu zigurate.

Em 570 a.C., Nabucodonosor II da Babilónia, procurando restaurar o zigurate, escreveu sobre o seu estado arruinado:

Um antigo rei construiu o Templo das Sete Luzes da Terra, mas ele não completou a sua cabeça. Desde um tempo remoto, as pessoas tinham-no abandonado, sem a ordem a expressar as suas palavras. Desde aquele tempo terramotos e relâmpagos tinham dispersado o seu barro secado pelo sol; os tijolos da cobertura tinham-se rachado, e a terra do interior tinha sido dispersada em montes. Merodach, o grande senhor, excitou a minha mente para reparar este edifício. Eu não mudei o local, nem retirei eu a pedra da fundação ? como tinha sido feito em tempos anteriores. Por nisso eu fundei-a, eu fi-la; como tinha sido em dias antigos, assim eu exaltei o topo.


Noutras fontes


A destruição

Não é mencionado no relato do Gênesis que Deus destruiu directamente a torre; contudo, os relatos no Livro dos Jubileus, em Cornelius Alexandre (frag. 10), Abydenus (frags. 5 and 6), Flávio Josefo (Antiguidades Judaicas 1.4.3), e os Oráculos Sibilinos (iii. 117-129) atestam a tradição de que Deus derrubou a torre com um grande vento.

Jubileus


O Livro dos Jubileus, que se sabe ter sido usado entre pelo menos 200 a.C. e 90 d.C., contém um dos relatos mais detalhados alguma vez encontrados sobre a Torre.

E eles começaram a construir, e na quarta semana fizeram tijolos com fogo, e os tijolos serviram-lhes para pedra, e o barro com que os cimentaram juntos era asfalto que vem do mar, e das fontes de água na terra de Sinar. E eles construíram-no; a sua largura era de 203 tijolos, e a altura [de um tijolo] era o terço de um; a sua altura era de 5433 cúbitos e 2 palmos, e [a extensão de uma parede era] treze estádios [e da outra trinta estádios]. (Jubileus 10:20-21, tradução de Charles em 1913)

Note que um estádio equivale a 185,4 metros e um cúbito a pouco mais de 0,5 metros.


Midrash


A Literatura Rabínica oferece muitos relatos diferentes sobre outras causas para a Torre de Babel ter sido construída, e sobre as intenções dos seus construtores. Na Mishná era vista como uma rebelião contra Deus. Uns midrash mais tardios registam que os construtores da Torre, chamados "a geração da secessão" nas fontes Judaicas, disseram: "Deus não tem o direito de escolher o mundo superior para Si próprio, e de deixar o mundo inferior para nós; por isso iremos construir uma torre, com um ídolo no topo segurando uma espada, para que pareça como se pretendesse guerrear com Deus" (Gen. R. xxxviii. 7; Tan., ed. Buber, Noah, xxvii. et seq.).

A construção da Torre foi feita para desafiar não só Deus, mas também Abraão, que exortava os construtores a reverenciar. A passagem menciona que os construtores falavam palavras afiadas contra Deus, não citadas na Bíblia, dizendo que uma vez em cada 1656 anos, o céu abanava para que a água chovesse para a terra, por isso eles iram suportar isso com colunas para que não pudesse haver outra inundação (Gen. R. l.c.; Tan. l.c.; similarmente Flávo Josefo, "Ant." i. 4, § 2).

Alguns entre essa geração pecaminosa até queriam pelejar contra Deus no céu (Talmude Sanhedrin 109a.) Eles foram encorajados nesta tarefa impensável pela noção de que setas que eles atiravam para o céu caíam a pingar com sangue, por isso o povo acreditava mesmo que podiam guerrear contra os habitantes dos céus (Sefer ha-Yashar, Noah, ed. Leghorn, 12b). Segundo Josefo e Midrash Pirke R. El. xxiv., foi principalmente Nimrod quem persuadiu os seus contemporâneos a construir a Torre, enquanto que outras fontes rabínicas afirmam, pelo contrário, que Nimrod estava separado dos construtores.


Apocalipse de Baruque


O terceiro livro de Baruque, ou, Apocalipse de Baruque (3 Baruque), conhecido apenas de cópias Gregas e Eslavas, parece aludir à Torre, e pode ser consistente com a tradição Judaica. Nele, Baruque é primeiro levado (numa visão) a ver o local de repouso das almas "daqueles que construíram a torre da discórdia contra Deus, e o Senhor baniu-os." A seguir é-lhe mostrado outro lugar, e lá, ocupando a forma de cães,

Aqueles que deram a sugestão de construir a torre, por aqueles que vós vistes conduzirem multidões de ambos homens e mulheres, a fazerem tijolos; entre quem, uma mulher que fazia tijolos não era autorizada a ser libertada na hora do parto, mas trazida à frente enquanto estava a fazer tijolos, e carregava o seu filho no seu avental, e continuava a fazer tijolos. E o Senhor apareceu-lhes e confundiu a sua fala, quando eles tinham construído a torre à altura de quatrocentos e sessenta e três cúbitos. E eles pegaram numa broca, e procuraram perfurar os céus, dizendo, Veja-mos se o céu é feito de barro, ou de latão, ou de ferro. Quando Deus viu isto Ele não os permitiu, e castigou-os com cegueira e confusão da fala, e tornou-os no que vistes. (Apocalipse grego de Baruque, 3:5-8)

Alcorão e tradições Islâmicas


Embora não mencionada pelo nome, o Alcorão tem uma história com parecenças com a história Bíblica da Torre de Babel, embora localizada no Egipto de Moisés. Em Sura 28:38 e 40:36-37 o Faraó pede a Haman para lhe construir uma torre de barro para que ele possa subir até ao céu e confrontar o Deus de Moisés.

Outra história em Sura 2:96 menciona o nome de Babil, mas dá poucos detalhes adicionais sobre isso. Contudo, o conto aparece mais completo em escritos Islâmicos de Yaqut (i, 448 f.) e de Lisan el-'Arab (xiii. 72), mas sem a torre: os povos foram varridos por ventos até à planície que foi depois chamada "Babil", onde lhes foram designadas as suas línguas separadas por Alá, e foram depois espalhados da mesma forma.

Na [História dos Profetas e Reis pelo historiador Muçulmano Tabari do século XIX, é dada uma versão mais completa: Nimrod faz a torre ser construída em Babil, Alá destrói-a, e a língua da humanidade, previamente o Siríaco, é então confundida em 72 linguagens. Abu al-Fida, outro historiador Muçulmano do século XIII, relata a mesma história, adicionando que o patriarca Éber (um antepassado de Abraão) tinha sido autorizado a manter a língua original, neste caso o Hebraico, porque ele não participava na construção.


Outras tradições


Várias tradições similares à da Torre de Babel são encontradas na América Central. Uma diz que Xelhua, um dos sete gigantes salvos do dilúvio, construiu a Grande Pirâmide de Cholula para desafiar o Céu. Os deuses destruíram-no com fogo e confundiram a linguagem dos construtores. O Dominicano Diego Duran (1537-1588) disse ter ouvido este relato de um sacerdote com 100 anos em Cholula, pouco depois da conquista do México.

Outra lenda, atribuída pelo historiador nativo Don Ferdinand d'Alva Ixtilxochitl (c. 1565-1648) aos antigos Toltecas, diz que depois dos homens se terem multiplicado após um grande dilúvio, eles erigiram um alto zacuali ou torre, para se preservarem no caso de um segundo dilúvio. Contudo, as suas línguas foram confundidas e eles foram para diferentes partes da terra.

Outra lenda ainda, atribuída aos Índios Tohono O'odham ou Papago, afirma que Montezuma escapou a uma grande inundação, depois tornou-se mau e tentou construir uma casa que chegasse ao céu, mas o Grande Espírito destruiu-a com relâmpagos.

Rastos de uma história um pouco parecida também têm sido citados entre os Tarus do Nepal e do Norte da Índia (Relatório do Census de Bengal, 1872, p. 160); e de acordo com David Livingstone, os Africanos que ele conhecera e que viviam junto ao Lago Ngami em 1879 tinham uma tradição assim, mas com as cabeças dos construtores a serem "partidas pela queda do scaffolding" (Missionary Travels, cap. 26)

O mito Estónio " do Cozinhado das Línguas " (Kohl, Reisen in die 'Ostseeprovinzen, ii. 251-255) também tem sido comparado, assim como a lenda Australiana da origem da diversidade das falas (Gerstacker, Reisen, vol. iv. pp. 381 seq.).


Altura e largura


A altura da torre é matéria de especulação, mas visto que a torre pode ser simbolicamente considerada uma precursora do desejo do homem de construir edifícios altos pela História, a sua altura é um aspecto significativo do seu mythos. A Torre histórica encomendada porNabucodonosor a cerca de 560 a.C. na forma de um zigurate de oito níveis é vista pelos historiadores como tendo cerca de 2089 metros de altura e 100 de largura.

A Torre de Babel Bíblica contudo, teria sido construída 2000 anos antes. A narrativa no livro do Génesis não menciona a altura da torre, e por isso não tem sido um grande tema de debate entre fundamentalistas Cristãos. Há, porém, pelo menos duas fontes extra-canonicais que mencionam a altura da torre.

O Livro dos Jubileus menciona a altura da torre como sendo de 5433 cúbitos e 2 palmos (2484 metros de altura). Isto seria aproximadamente quatro vezes mais alto do que as estruturas mais altas do mundo de hoje e em toda a história humana. Tal afirmação seria considerada mítica para a maioria dos estudiosos, visto que construtores em tais tempos antigos seriam considerados incapazes de construir uma estrutura de quase 2,5 quilómetros de altura.

A outra fonte extra-canonical é encontrada no Terceiro Apocalipse de Baruch; menciona que a 'torre da discórdia' alcançava uma altura de 463 cúbitos (212 metros de altura). Isto seria mais alto do que qualquer outra estrutura construída no mundo antigo, como a Pirâmide de Quéops em Gizé, Egito e mais alta do que qualquer estrutura construída na história humana até à construção da Torre Eiffel em 1889. Uma torre de tal altura no mundo antigo teria sido tão incrível ao ponto de merecer a sua reputação e menção na Bíblia e outros textos históricos.

Após isso, os povos foram espalhados pela terra cada um conforme sua língua.(Gênesis Cap-11) Daí se explica fato de existir muitos idiomas, isso tornou necessário por que o propósito do criador era que a humanidade se espalhasse por toda a terra, essa idéia de construir tal torre tinha o objetivo de manter todas as pessoas num só lugar.


Filósofo Teutônico


Jacob Boehme defende, em seu livro "Quarenta Questões Sobre a Alma", que a torre simboliza a confusão das "falsas religiões" que a humanidade teria construído para voltar ao céu. Em seus textos, afirma que cada um pode "falar" com deus diretamente sem intermediários e identificar a Escola de Mistério.


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