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13 de maio de 2009

ERESHKIGAL COMO ARQUÉTIPO

Ereshkigal é a Deusa que enfurece se for desrespeitada, mas ela não constrói um sistema de ataque, nem seus próprios limites. Vemos sua projeção na figura da mãe que se torna inimiga, se houver recusa no reconhecimento de sua sabedoria. Esta atitude equivale a anular a sua própria origem, pois Ereshkigal é a avó do Sol e das Estrelas. De seu ventre surgem as luzes celestes e os filhos da peste e da morte. É a fonte da consciência trazida pelas luzes orientadas do céu e pelas dores e medos mortais.
Há afeto, energia e legitimidade em Ereshkigal, mas há também seus olhos de morte. Arquetipicamente, esses olhos de morte são implacáveis e profundos, enfocando uma objetividade imediata que considera as pretensões, os ideiais e mesmo a individualidade e o relacionamento como coisas irrelevantes. Eles também encerram e possibilitam o mistério de uma percepção radicalmente diferente e pré-cultural. Como os olhos das caveiras em volta da casa da bruxa e deusa russa da natureza, a Baba Yaga, eles percebem com a objetividade própria da natureza e de nossos sonhos, escavando alma a dentro, para encontrar a verdade nua, e ver a realidade por trás de sua miríade de formas, ilusões e defesas.
Quando não reverenciadas, as forças de Ereshkigal são sentidas como depressão e uma abissal agonia de desamparo e futilidade, desejo inaceitável e energia destrutivo-transformadora, autonomia inaceitável, que desintegram, resolvem e devoram o senso individual de capacidade e valor. Uma mulher sob o domínio de Ereshkigal, acaba cortada de seus afetos primais, perdendo a consciencia em relação a eles. Pode sentir-se presa em uma estase sem fim, incapaz de mover-se, sentindo o desespero pesado e o vazio de quem é violentada pelo seu "animus".
Ereshkigal não aceita ser reverenciada pelos modos convencionais, pois ela exige a morte, a destruição completa das diferenças, a transformação total. Somente um ato de rendição completa e voluntária poderá transformar o lado sombrio desta Deusa Escura.
Só quando formos reduzidas à dor de uma profunda depressão que adormece os sentidos e nos reduz ao caos é que nos encontraremos com a Deusa Ereshkigal. O contato com ela enraíza a mulher e aglutina sua potencialidade para confrontar o masculino e o patriarcado de igual para igual. As descidas mais profundas levam à reorganização e transformação radicais da personalidade consciente.
Todas as mulheres devem ter a ousadia de saltar para a escuridão. No alento frio do domínio espiritual, podemos experimentar nossa própria frieza, à fim de nos livrarmos da compulsão de relacionamentos que nos escravizam. Também para engrentarmos uma vida sobrecarregada e ir contra ela, a morte surge como um valor supremo.
Nós mulheres, temos uma longa história que está se tornando consciente. Não há modelos que se adaptem perfeitamente à nossa situação atual, mas por meio das lendas antigas, saberemos quais as forças deveremos servir. Está ainda para ser vivido ou até escrito a forma pela qual alcançaremos o equilíbrio e desenvolvimento individual, enquanto descemos e subimos, para novamente iniciarmos um novo ciclo.
Somos todos nós um pequeninho fragmento da história, mas contemos a promessa dela inteira. Como viajantes de um tempo que enterrou nossas Deusas, nossa tarefa de individualização é uma nota que se destaca como uma grande canção que vem sido cantada desde os primórdios.




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