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3 de julho de 2009

Valores Atrifocais

As grandes religiões atuais são baseadas em figuras e princípios masculinos. Deus, sacerdotes, teólogos e a maioria dos santos, profetas e iluminados são homens ou são figurados como homens. Grandes religiões como a Cristã, Islâmica e Judaica confrontam-nos com uma longa sucessão de figuras paternas e de valores patriarcais. Esta ênfase do masculino estende-se a todos os domínios da sociedade ocidental: a inteligência analítica, o raciocínio linear, a frieza e o controle de sentimentos, a força física, a capacidade de domínio são valores mais considerados do que a intuição, a beleza, a compreensão e a capacidade de exprimir e partilhar sentimentos. Durante séculos ou mesmo milênios, sobretudo na civilização judaico-cristã, os valores femininos foram relegados para um segundo plano, chegando mesmo a serem identificados com o mal, com o demônio. Esta situação deixou as pessoas, principalmente nos países protestantes, cujas Igrejas não incluem o culto de Maria ou dos santos, sem uma referência feminina, sem algo que defendesse, apoiasse e permitisse a expressão dum conjunto de sentimentos que dificilmente se encaixa numa religião patriarcal.
O Paganismo propõe-se recuperar a complementaridade entre homem e mulher, entre macho e fêmea, simbolizados na dupla Deus e Deusa, que não são superiores um ao outro, mas que se complementam. Dentro do Paganismo a Wicca dá à Deusa um papel preponderante, quer nas suas práticas quer nos seus mitos, criando assim o seu principal símbolo e mostrando a sua importância fundamental quer para as mulheres quer para os homens:
"A importância do símbolo da Deusa para as mulheres não pode ser subestimada. A imagem da Deusa inspira-nos, mulheres, para que nos olhemos como divinas /.../Através da Deusa, /.../podemos passar para além das vidas estreitas e constrangidas e tornar-nos completas. A Deusa também é importante para os homens. A opressão dos homens no patriarcado governado por Deus - Pai é talvez menos óbvia mas não menos trágica que a das mulheres. Os homens são encorajados a identificarem-se com um modelo que nenhum ser humano pode emular com sucesso: a serem mini-governantes de estreitos universos."Nos países protestantes onde dificilmente há lugar para a expressão dos valores femininos e onde não existe qualquer figura feminina com caráter sagrado, esta perspectiva matrifocal da Wicca, contribui para a sua divulgação tanto junto dos homens como das mulheres. Segundo a "Wiccan Rede" holandesa "Muita gente é atraída pelo papel da mulher na Arte. Claro que as mulheres saúdam a oportunidade de se envolverem ativamente num movimento espiritual - e os homens vêem a Arte como uma oportunidade excelente para exprimirem a sua feminilidade" (Starhawk, "The Spiral Dance", cap.1 ).
Este envolvimento tem aspectos curiosos, pelo menos nos EUA, onde foi dado um grande impulso ao Paganismo quando, nos anos 70, grupos de feministas radicais começaram a participar ativamente no movimento. As feministas, cuja atividade era essencialmente política e que até aí mantinham uma atitude de desconfiança em relação aos valores religiosos, começaram a aliar as ações com objetivos de transformação político-social com vista a uma maior igualdade entre os sexos a aspectos mítico -simbólicos. Para isso, nada melhor que uma religião centrada numa Deusa e em que os valores e símbolos femininos são os mais importantes. Esta junção entre política, feminismo e Paganismo é exposta em "Dreaming the Dark", de Starhawk.
Existem igualmente diversos grupos e tradições de homossexuais, quer masculinos quer femininos, que encontraram na Wicca um lugar onde podem exprimir livremente as suas sensibilidades, com total aceitação pelos membros da restante comunidade. Esta participação é considerada importante pelo seu grande contributo em termos de uma abertura a novas idéias e a sensibilidades sociais minoritárias. Embora a grande maioria dos Wiccans seja heterossexuais que exprimem o ênfase especial dado à polaridade entre a Deusa e o Deus, há entre os membros desta religião uma grande necessidade de encontrar novas respostas e novas perspectivas para o papel dos sexos nas nossas sociedades - relativamente a este último aspecto e num clima de aceitação e respeito pela diferença enquadram-se aqueles que têm uma atitude diferente da que foi estabelecida pela sociedade em geral.




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