Regularidade
maçônica é o estado em que um homem pode ser reconhecido como maçome portador,
portanto, de todos os direitos concernentes à Maçonaria.
Tal
preceito também se estende à Lojas, Grandes Lojas e Grandes Orientes aos quais
este homem estará ligado.
A
Grande Loja Unida da Inglaterra tem preceitos para determinar se um
organismo pode ou não ser considerado como maçônico, entre os quais podemos
citar oito que vieram a público em 1929, quais sejam:
O
Mui Venerável Grão-Mestre, tendo expresso o desejo de que o Conselho Geral
redigisse uma declaração sobre os Princípios Fundamentais segundo os quais esta
Grande Loja poderia ser convidada a reconhecer toda Grande Loja que pedisse
para ser reconhecida pela Jurisdição Inglesa, o Conselho respondeu a esse
desejo logo que lhe foi possível. O resultado seguinte foi aprovado pelo
Grão-Mestre e deve formar a base do questionário que será, no futuro, dirigido
a toda jurisdição que peça o reconhecimento inglês. O Conselho deseja que não
somente essas organizações, mas os Maçons que dependem da Jurisdição do
Grão-Mestre, sejam plenamente informados da natureza desses Princípios
Fundamentais da Maçonaria, que a Grande Loja da Inglaterra sempre sustentou ao
longo da história.
Princípios
Fundamentais para o Reconhecimento de Grandes Lojas
1º
– A Regularidade de origem: uma Grande Loja deverá ser regularmente fundada por
uma Grande Loja devidamente reconhecida, ou por pelo menos três Lojas
regularmente constituídas;
2º
– A crença do Grande Arquiteto Do Universo (G.A.D.U.) e em sua vontade revelada
são condições essenciais para a admissão de novos membros;
3º
– Todos os iniciados devem prestar sua Obrigação sobre o Livro da Lei Sagrada,
ou com os olhos fixos sobre este Livro aberto, pelo qual é expressa a revelação
do Alto, pela qual a consciência do indivíduo que se inicia está
irrevogavelmente ligada;
4º
– A Grande Loja e as Lojas, particularmente, serão compostas apenas por homens;
também não poderão manter relações com Lojas mistas ou femininas;
5º
– A Grande Loja exercerá o seu poder soberano sobre as Lojas de sua jurisdição,
possuindo autoridade incontestável sobre os três graus simbólicos, sem qualquer
subordinação a um Supremo Conselho ou a uma Potência que reivindique um
controle ou vigilância sobre esses graus, nem repartirá sua autoridade com
estes órgãos;
6º
– As Três Grandes Luzes (Livro da Lei, Esquadro e Compasso) serão sempre
expostas nos trabalhos da Grande Loja e das Lojas de sua jurisdição; a
principal Luz é o Livro da Lei Sagrada;
7º
– As discussões de ordem religiosa e política são interditadas nas Lojas;
8º
– Os princípios dos Antigos Landmarks, costumes e usos da Maçonaria, serão
estritamente observados.
Além
deste critério existe o seguinte:
a)
Regularidade de Origem: um Grande Oriente ou Grande Loja necessita, para ser
regular, do reconhecimento e da transmissão da Tradição por outro Grande
Oriente ou Grande Loja previamente regular junto às outras Potências, tendo
assim uma Regularidade de Origem;
b)
Respeito às antigas regras: a principal regra a ser seguida é a Constituição de
Anderson, de 1723, formulada por Anderson, Payne e Desagulliers, para a
recém-fundada Grande Loja de Londres. Pode-se, no entanto, levantar cinco
pontos fundamentais para Regras que devam ser respeitadas:
i)
Absoluto respeito aos antigos deveres, que estão reunidos em forma de
Landmarks;
ii)
Só é possível aceitar homens livres, respeitáveis e de bons costumes que se
comprometam a por em prática um ideal de Liberdade, Igualdade e Fraternidade;
iii)
Ter sempre como objetivo o aperfeiçoamento do Homem, e como conseqüência, de
toda a Humanidade;
iv)
A Maçonaria exige de todos os seus membros a prática escrupulosa dos Rituais,
como modo acesso ao Conhecimento, através de práticas iniciáticas que lhe são
próprias;
v)
A Maçonaria impõe a todos os seus membros o mais absoluto respeito às Opiniões
e crenças de cada um, proibindo categoricamente toda discussão, proselitismo ou
controvérsia política ou religiosa em suas Lojas.
c)
Reconhecimento: além das condições anteriores, para que uma Obediência seja
regular, ela deve ser reconhecida por outras, geralmente após um tempo de
observação. No entanto o reconhecimento não é incondicional, pois caso o Grande
Oriente ou Grande Loja desvie-se destes preceitos, ele deixa de ser regular,
perdendo o reconhecimento.
Algumas Potências Maçônicas foram interditadas
pela Grande Loja Unida da Inglaterra (G.L.U.I.) por ferirem alguns destes
preceitos, tal qual o Grande Oriente da França por ser político-partidário e
retirar as menções ao Grande Arquiteto do Universo de seu ritual, além de
aceitar a iniciação de ateus.
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