Lemúria
A Lemúria estendia-se de
Madagascar a Ceilão e Sumatra. Incluía algumas partes do que é hoje a África.
Porém o gigantesco continente, que ia do Oceano Índico à Austrália, desapareceu
por completo sob as águas do Pacífico, deixando ver, aqui e ali, somente alguns
topos de seus montes mais elevados.
Amplia a Austrália dos
períodos terciários à Nova Guiné e às ilhas Salomão, talvez a Fidji, e de seus
tipos marsupiais inferem uma conexão com o continente do Norte durante a era
secundária.
Uma das lendas mais antigas
da Índia, conservada nos templos por tradição oral e escrita, reza que há
várias centenas de mil anos, havia no Oceano Pacífico um imenso continente, que
foi destruído por convulsões geológicas e cujos fragmentos podem ver-se em
Madagascar, Ceilão, Sumatra, Java, Bornéu e ilhas principais da Polinésia. As
altas mesetas do Industão, não estariam representadas senão pelas grandes ilhas
contíguas ao continente central... Segundo os Brahmanes, essa região havia
alcançado um alto grau de civilização e a península do Industão, acrescida pelo
deslocamento das águas na ocasião do grande cataclisma, não fez mais que
continuar a cadeia das primitivas tradições originadas no mesmo continente.
Essas tradições dão o nome de Rutas aos povos que habitavam o imenso continente
equinocial; e de sua linguagem é que derivou o sânscrito...
Durante os primeiros dias da
Lemúria, erguia-se como um pico gigantesco surgido do fundo do mar, e a área
compreendia entre o Altas e Madagascar estava coberta pelas águas até o
primeiro período da Atlântida, após o desaparecimento da Lemúria, quando a
África emergiu do Oceano e o Altas foi submerso pela metade.
Os pormenores quanto à
submersão do Continente habitado pela segunda raça raiz (ver Saint germain -
Fraternidade Branca) são algo escassos. Menciona-se a história do Terceiro
Continente, ou Lemúria, mas no tocante aos outros há simples alusões. Diz-se
que a Lemúria pereceu 700.000 anos antes do começo da chamada era Terciária
(período Eoceno).
O cataclisma que destruiu o
enorme continente, do qual é a Austrália o principal remanescente, foi
ocasionado por uma série de convulsões subterrâneas e pela violenta ruptura de
solo no fundo dos oceanos.
Talvez seja esta a razão por
que a ilha de Páscoa, com suas maravilhosas estátuas gigantescas testemunho
eloquente da existência de um continente que submergiu, com sua humanidade
civilizada, quase não é mencionada nas enciclopédias modernas. Evita-se
cuidadosamente fazer-lhe referência, a não ser em algumas narrativas.
Entre a evolução fisiológica
final e a construção da primeira cidade lemuriana transcorreram muitas centenas
de mil anos. Sem embargo, já estavam os Lemurianos, em sua sexta sub-raça,
construindo com pedras e lava suas primeiras cidades rochosas. Uma dessas
grandes cidades de estrutura primitiva foi toda construída de lava, a umas
trinta milhas (...) do sítio e que agora a ilha de Páscoa estende sua estreita
faixa de solo estéril; cidade que uma série de erupções vulcânicas destruiu por
completo. Os restos mais antigos das construções ciclópicas foram obras das
últimas sub raças lemurianas.
Naqueles dias, frações
consideráveis do futuro continente da Atlântida ainda faziam parte integrante
do leito do Oceano. A Lemúria, nome que convencionamos dar ao Continente da
Terceira Raça, era então uma terra gigantesca. Ocupava toda a área compreendida
desde a base dos Himalaia, que a separavam do mar interior, cujas ondas rolavam
sobre o que hoje é o Tibet, a Mongólia e o grande deserto de Shamo (Gobi), até
Chittagong, prolongando - se a Oeste na direção de Hardward, e a Este até Assam
(Annam). Daí se estendia para o Sul, através da Índia Meridional, Ceilão e
Sumatra; e abarcando, no rumo do Sul, Madagascar à direita, Austrália e
Tasmânia à esquerda, avançava até alguns graus do círculo Antártico. A partir
da Austrália, que era então uma região interior do continente principal
estendia - se ao longo do Oceano Pacífico, além de Rapa Nuí (Ilha de Páscoa).
Esta informação parece estar corroborada pela Ciência, ainda que parcialmente.
Quando fala sobre a direção (e movimento) dos continentes e demonstra que as
massas infra - árticas acompanham geralmente o meridiano, está a ciência
referindo-se a vários continentes antigos, embora indiretamente e como conseqüênciadevia
existir uma proximidade muito grande entre a Índia e a Austrália, e em época
tão remota que era seguramente pré-terciária, a Lemúria pereceu, e o que restou
dela, resurgiu mais forte do que nunca, conhecida como Atlântida.
A
Lemúria e os Teosóficos
Ao longo do século XIX, os
seguidores das teorias de Madame Blavatsky, em sua Doutrina Secreta passaram a
acreditar numa versão diferente da História do Mundo que encontrava respaldo na
teoria geológica do Catastrofismo anteriormente referida. Esses indivíduos
defendiam que a raça humana havia passado por quatro estágios pré-evolutivos,
se encontrando no quinto estágio. Embora algumas raças do quarto estágio (e,
portanto, menos evoluídas) ainda coabitassem com as do quinto estágio. Para esses
teosóficos, a quarta raça seria muito semelhante à quinta e teria habitado
principalmente em Atlântida. A terceira raça, contudo, seria bem diferente e,
tendo habitado a Lemúria, teria esqueleto cartilaginoso, três olhos (sendo um
na nuca, hoje atrofiado, tendo dado origem à glândula pituitária (atualmente
conhecida como hipófise), mãe dos poderes paranormais de tal raça que, contudo,
seria muito belicista e muito desenvolvimento intelectual). A segunda raça
teria sido semi-etérea e a primeira raça não seria tangível, sendo feita de
éter, no sentido metafísico da palavra. Outras teorias atribuem essa atrofia do
"terceiro olho" à pineal ou epífise, outra glândula do sistema
nervoso central que, de fato, tem correlação com a estrutura histológica e
embrionária dos olhos, ficando situada entre os lobos occipitais do cérebro.
Vale lembrar que a pineal importa para os mecanismos metabólicos circadianos. A
pineal por muitas culturas é considerada um importante centro de energia e de
paranormalidade e que tanto atlantes como lemurianos a teriam particularmente
mais desenvolvidas, muito além das atribuições que a atual medicina reconhece.
O principal seguidor de
Blavatsky e maior propagador dessas histórias sobre a Lemúria foi William
Scott-Elliot, em seu livro Lendas de Atlântida e Lemúria.
Espiritualismo
No livro espiritualista
Legião, de Róbson Pinheiro, pelo espírito Ângelo Inácio, são citados duas vezes
os continentes perdidos Lemúria e Atlântida.
Na primeira citação, o
personagem Pai João relata: A Atlântida e a Lemúria, continentes cuja história
ainda não é oficialmente reconhecida pelos intelectuais da Terra, mas estudada
através dos registros mantidos no mundo espiritual, constituem o berço dos
magos. Esse território perdido recebeu exilados de outros orbes, espíritos
detentores de grande bagagem científica e notável domínio mental sobre as
forças da natureza, os quais, em seu apogeu, portavam-se de acordo com
determinado sistema ético e moral. Ambos os fatores lhe asseguravam a
possibilidade de fazer incursões no mundo oculto com invejável liberdade,
manejando com destreza inúmeras leis da natureza e fenômenos condicionados a
elas.
Na segunda citação, o
personagem Pai João descreve: A necessidade de espíritos dedicados
exclusivamente à manutenção da ordem, da disciplina e do equilíbrio começou já
no momento em que a Terra recebia os primeiros contingentes de espíritos vindos
de outros mundos, evento contemporâneo às civilizações da Lemúria e da
Atlântida.
Atlântida
Houve uma época que o Delta
do Egito e a África do Norte faziam parte da Europa. Antes que a formação do
Estreito de Gilbratar e o levantamento ulterior do Continente alterassem por
completo o mapa da Europa. A última mudança notável ocorreu há uns 12.000 anos,
e foi seguida pela submersão da pequena ilha atlante à qual Platão deu o nome
de Atlântida.
A destruição da famosa Ilha de Ruta e da
ilha menor de Daitya - que se deu há cerca de 850.000 anos, no fim do período
Plioceno, não deve confundir - se com a submersão do continente principal da
Atlântida, durante o período Mioceno. Os geólogos façam o que fizerem, não
podem reduzir a 850.000 anos somente o tempo que se passou desde o período
Mioceno; na realidade, há vários milhões de anos que desapareceu a massa
principal da Atlântida.
E a causa do desaparecimento da Atlântida,
foram as perturbações sucessivas do eixo de rotação. Começou este cataclismo
nos primeiros tempos da era Terciária, e, continuando durante muitas idades,
determinou a extinção, pouco a pouco, dos últimos vestígios da Atlântida, com a
exceção provavelmente de Ceilão, e de uma pequena parte do que agora é a
África.
O debate sobre a existência da Atlântida é
bem antigo. Desde os tempos do filósofo Grego Platão, a Atlântida com sua esplêndida
civilização, chega aos dias atuais como um enigma que originou a publicação de
aproximadamente 26.000 livros. Teses de caráter geológico, arqueológico e
outras tem servido para aguçar o espírito humano na busca da existência do
enigmático continente. Iremos tratar aqui destas teses, que poderão dar um
caráter científico às nossas buscas.
De todas as lendas sobre povos e
civilizações perdidas, a história de Atlântida parece ser aquela que mais
interesse tem despertado. A primeira referência escrita deste mito encontra-se
nos relatos de Platão. Nos diálogos Timeu e Crítias é narrada a fascinante
história da civilização localizada "para além das colunas de
Hércules". É descrita a existência desta ilha continental, bem como os
detalhes históricos de seu povo, com sua organização social, política e
religiosa, além de sua geografia e também da sua fatídica destruição "no
espaço de uma noite e um dia ". Eis parte do diálogo : "...Ouvi,
disse Crítias, essa história pelo meu avô, que a ouvira de Sólon, o filósofo.
No delta do Nilo eleva-se a cidade de Sais, outrora capital do faraó Amásis e
que foi fundada pela deusa Neit, que os gregos chamam Atena. Os habitantes de
Sais são amigos dos atenienses, com os quais julgam ter uma origem comum. Eis
por que Sólon foi acolhido com grandes homenagens pela população de Sais. Os
sacerdotes mais sábios da deusa Neit apressaram-se a iniciá-lo nas antigas
tradições da história da humanidade.
Na tradição oral de muitos povos antigos,
nos relatos de textos bíblicos, em documentos toltecas e nos anais da doutrina
secreta, existem coincidências que nos fazem crer que outrora existiu um
continente no meio do Oceano Atlântico, que um dia foi tragado pelas águas
revoltas.
Geograficamente, Platão descreve a Atlântida
desta forma: "toda a região era muito alta e caía a pique sobre o mar, mas
que o terreno à volta da cidade era plano e cercado de montanhas que desciam
até a praia, de superfície regular, era mais comprida do que larga, com três
mil estádios na sua maior extensão, e dois mil no centro, para quem subisse do
lado do mar. Toda essa faixa da ilha olhava para o sul, ao abrigo do vento
norte. As montanhas das imediações eram famosas pelo número, altura e beleza,
muito acima das do nosso tempo...".
Segundo todos relatos, os atlantes
desenvolveram-se de tal forma, que o grau de riqueza alcançado por sua
civilização não encontra paralelo conhecido, sendo pouco provável que outros
povos viessem a obter tamanha prosperidade e bonança.
A Atlântida possuía 10 reis. Estes soberanos
por sua vez possuíam dentro de seus domínios "um poder discricionário
sobre os homens e a maior parte das leis, sendo-lhes facultado castigar quem
quisessem, ou mesmo condená-los à morte".
O país dos atlantes era dividido em 60.000
lotes e cada um deles tinha um chefe militar.
O aspecto que mais fascina no relato
platônico é sem dúvida o que se refere às riquezas da ilha-continente, tanto no
que tange às construções, como aos imensos recursos naturais da legendária
ilha.
Segundo Platão, a Atlântida possuía a
capacidade de prover seus habitantes com todas as condições de sustento,
apesar de receber de fora muito do necessário, provavelmente, através do
comércio. Havia na ilha grande abundância de madeira que com certeza foram utilizadas
nas imensas obras lá construídas, bem como imensas pastagens, tanto para
animais domésticos, como para selvagens, incluindo aí a raça dos elefantes, que
teriam se multiplicado pela ilha. Por sua vez, toda sorte de frutos, legumes,
flores e raízes existiam ali, sendo que o fabrico de essências e perfumes era
corriqueiro. A extração de minérios, em particular o ouro, ocorria fartamente
em Atlântida.
Diz Platão que de início os atlantes
"construíram pontes nos cinturões de mar que envolvia a antiga metrópole,
a fim de conseguir passagem para fora e para o palácio real", bem como
abriram um canal de três plectros de largura e cem pés de profundidade, ligando
o mar ao primeiro cinturão de água, canal este que servia de entrada para
embarcações vindas de outras partes. No segundo cinturão, os barcos podiam
ancorar com maior segurança, e fazia deste uma espécie de porto.
As águas jorravam no centro da ilha, desde
que Poseidon assim quis, também tiveram tratamento dos mais apurados: em suas
imediações foram plantadas "árvores benéficas para as águas”, bem como
foram construídas "cisternas para banhos quentes no inverno". Havia,
contudo, locais próprios para os banhos dos reis, bem como modalidades
específicas para as mulheres. Segundo o relato, "parte da água corrente
eles canalizaram para o bosque de Poseidon a outra parte era canalizada para os
cinturões externos por meio de aquedutos que passavam sobre as pontes”.
Nos cinturões externos de terra, foram
construídos ginásios para práticas esportivas e hipódromos, bem como moradia
para soldados, hangares para barcos e armazéns para todas as modalidades
conhecidas de artigos náuticos. O canal principal que servia de entrada para
embarcações era muito movimentado, tanto de dia como de noite, o que demonstra ter
sido Atlântida um grande centro comercial de seu tempo.
O palácio real era segundo os relatos
"uma verdadeira obra prima de encantar a vista, por suas dimensões e
beleza”.
O templo dedicado a Poseidon era cercado por
um muro de ouro, que segundo o relato, ele "tinha um estádio de
comprimento e três plectros de largura para fora, todo o templo era forrado de
prata, com exceção dos acrotérios, que eram de ouro. No interior, a abóboda era
de marfim, com ornamentos de ouro, prata e oricalco”.
Havia também no templo estátuas dedicadas a
diversas divindades, bem como outras que homenageavam os reis e suas esposas,
além de um altar cuja beleza e magnificência não encontravam paralelo
conhecido. Essa é resumidamente a Atlântida de Platão, com seus detalhes e
maravilhas.
Na conversa que tiveram com Sólon
acrescentaram os sacerdotes que calamidades maiores foram às vezes causadas
pelo fogo do céu (...) Depois os sacerdotes fizeram saber a Sólon que conheciam
a história de Sais a partir de 8000 anos antes daquela data (...) Há
manuscritos, disseram, que contém relato de uma guerra que se lavrou entre os
Atenienses e uma nação poderosa que existia na grande ilha situada no Oceano
Atlântico (...) e mais além, no extremo do oceano um grande continente. A ilha
chamava-se Posseidonis, ou Atlantis (...) quando se deu a invasão da Europa
pelos atlantes, foi Atenas, como cabeça de uma liga de cidades gregas, que pelo
seu valor salvou a Grécia do jugo daquele povo. Posteriormente a estes
acontecimentos houve uma grande catástrofe: um violento terremoto sacudiu a
terra, que foi depois devastada por torrentes de chuva. As tropas gregas
sucumbiram e a Atlântida foi tragada pelo oceano (...) sempre houve e há de
haver no futuro numerosas e variadas destruições de homens; as mais extensas,
por meio da água ou pelo fogo, e as menores por mil causas diferentes (...) Nas
destruições pelo fogo, prosseguem os sacerdotes, perecem os moradores das
montanhas e dos lugares elevados e secos, de preferência aos que habitam as
margens dos rios ou do mar (...), por outro lado, quando os Deuses inundaram a
terra para purificá-la, salvaram-se os moradores das montanhas, vaqueiros e
ovelheiros, enquanto os habitantes de vossas cidades eram arrastados para o mar
pelas águas dos rios. (...) entre vós outros, mal começais a vos prover da
escrita e do resto de que as cidades necessitam, depois do intervalo habitual
dos anos, desabam sobre vós, do céu, torrentes d'água, maneira de alguma
pestilência, só permitindo sobreviver o povo rude e iletrado. A esse modo, como
se fosseis criancinhas, recomeçais outra vez do ponto de partida, sem que
ninguém saiba o que se passou na antiguidade, tanto aqui como entre vós
mesmos.
A primeira coisa que chama a atenção do
pesquisador é a semelhança das referências antigas nesse particular. Na Bíblia
o profeta Isaias fala do desaparecimento da Atlântida com palavras bastante
diretas: "... Ai da terra dos navios que está além da Etiópia; do povo que
manda embaixadores por mar em navios de madeira sobre as águas. Ide,
mensageiros velozes, a uma gente arrancada e destroçada; a uma gente que está
esperando do outro lado, e a quem as águas roubaram suas terras...” (Is XVIII,
1-2). Também Ezequiel trata do mesmo assunto nos capítulos XXVI e XXXII: “...
Disse o senhor: E fazendo lamentações sobre ti, dir-te-ão: como pereceste tu
que existias no mar, ó cidade ínclita, que tens sido poderosa no mar e teus
habitantes a quem temiam? Agora passarão nas naus, no dia da tua espantosa
ruína, e ficarão mergulhadas as ilhas no mar, e ninguém saberá dos teus portos;
e quanto tiver feito vir sobre ti um abismo e te houver coberto com um dilúvio
de água, eu te terei reduzido a nada, e tu não existirás, e ainda que busquem
não mais te acharão para sempre...”.
As citações do Velho
Testamento podem ser comparadas às que traz escritas um velho códice tolteca,
cuja tradução, feita por Plangeon, diz o seguinte: “: No ano 6 de Kan, em 11
muluc do ano de Zac, terríveis tremores de terra se produziram e continuaram
sem interrupção até o dia 13 de Chen. A região de Argilla, o país de Mu, foi
sacrificado. Sacudido duas vezes, ele desapareceu subitamente durante a noite.
O solo, continuamente influenciado por forças vulcânicas, subia e descia em
vários lugares, até que cedeu. As regiões foram então separadas umas das
outras, e depois dispersas. Não tendo podido resistir às suas terríveis
convulsões elas afundaram, arrastando para a morte seus 64 milhões de
habitantes. Isto se passou 8060 anos antes da composição deste escrito”.
Há 100 milhões de anos atrás, a geografia do
planeta era bem diferente da atual. As massas continentais encontravam-se
unidas, formando um grande continente, cercado pelo mar. Este grande continente
conhecido como Pangéia, desfez-se gradualmente ao longo das eras geológicas,
até atingir a conformação atual. Este fato é reconhecido pela ciência.
Este processo de separação, se se deu por
violentos movimentos tectônicos, às vezes acompanhados de cataclismas
violentos, que se prolongaram por milhões de anos. Neste período de
deslocamento constante das placas tectônicas, se deram formações de
cordilheiras, bem como o desaparecimento de vastas áreas, que submergiram nos
oceanos. O local onde os dois grandes blocos continentais se desmembraram
(Américas a Oeste - Europa, Ásia e Austrália a Leste) encontra-se demarcada por
uma espécie de cordilheira submarina chamada Dorsal Meso-Atlântica.
A Dorsal Meso-Atlântica apresenta inúmeras
ramificações, que praticamente chegam a ligar os dois blocos continentais. Ao
longo destas colinas submarinas, encontra-se uma enormidade de ilhas vulcânicas
que vão de pólo a pólo. Ao norte em plena região ártica temos, as ilhas
Pássaros, Jan Mayen e Islândia, mais o sul pouco acima do trópico de câncer
encontramos o arquipélago de Açores, Ilha da Madeira e Cabo verde, mais ao sul
temos Santa Helena e outras menores; próximo da Antártida destacamos as ilhas
de Érebo, Martinica. Desta forma, Atlântida pode ter se constituído numa destas
formações marcadas por intenso vulcanismo.
A tese da separação dos continentes encontra
um forte respaldo na perfeita combinação da costa brasileira com a costa
ocidental da África, que se encaixa como num quebra cabeças, no entanto, no
extremo norte, as peças deste quebra cabeças não se encaixam com clareza, isto
pode ser percebido nos litorais da Escandinávia, Islândia, Groelândia e norte
do Canadá. Entre a costa Norte Americana de um lado e a Europa e norte da
África de outro, existir um grande vazio, como se faltasse uma peça do quebra -
cabeças. Teria então este vazio relação com o Continente da Atlântida,
desaparecido no meio do Oceano?
Denomina-se eras glaciais os períodos em que
grandes regiões do planeta estiveram sob um processo contínuo de glaciações,
fenômeno este resultante de causas múltiplas e complexas: movimentos orbitais
da terra, continentalidade dos pólos, elevação de terras, circulações
oceânicas, mudanças na composição da atmosfera e outras.
Ocorreram na história do planeta diversas
fases deste fenômeno, desde o período pré-cambriano até bem recentemente. No
entanto, dado às dificuldades a pesquisa científica só conseguiu definir de
forma minuciosa a última grande glaciação, que ocorreu durante o pleistoceno.
Uma glaciação inicia-se quando após um
rigoroso inverno, a neve acumulada não se derrete totalmente com a chegada do
verão, sobrevivendo até o outro inverno na forma de gelo. Este fato resfria a
região e num acúmulo sucessivo de milhares de anos forma-se uma calota de gelo,
cada vez mais resistente criando impactos de resfriamento cada vez maiores.
Há cerca de 80.000 anos atrás, iniciou-se o
último grande avanço das geleiras nas regiões norte do planeta, tanto na Europa
como na América do Norte, sendo que o fim desta última glaciação deve ter
ocorrido entre 20.000 a 10.000 anos atrás.O fim da Glaciação implica na subida
do nível dos Oceanos. Esta última é a data fatídica da Submersão da Atlântida.
Houve um tempo na face terrestre, que os
homens avançaram muito em conhecimento, aprofundando-se em todas as ciências.
Chegaram a realizar viagens espaciais e faziam intercâmbio com todos os
planetas do sistema solar. Sua Sabedoria era muito avançada e já se entendiam
pela Mente.
Os Atlantes evoluíram a tal ponto que tinham
amplos conhecimentos das forças da natureza. Eram homens muito avançados, e com
grande sabedoria oculta, praticando a magia em todas as suas formas.
Uniram-se em uma grande nação e fizeram dela
um imenso império de Força e Sabedoria. Dizem os anais secretos que nenhum povo
foi tão sábio quanto eles; construíram os maiores templos de uma esplêndida
magnitude e usavam tudo o que era belo e valioso em suas construções indo
buscar os materiais mais sofisticados onde quer que estivessem.
Elevavam-se no espaço em busca de uma
grandiosidade maior para si e para a sua nação. Cresceram e multiplicaram-se,
aumentando a cada dia o seu poder. Construíram naves espaciais que permaneciam
no espaço em intercâmbios com outras civilizações e muitas vezes impunham
terror às cidades que não lhes agradavam, destruindo-as com suas forças.
Chegaram a neutralizar a própria morte,
conseguiram dominar a matéria. A ciência conseguiu alcançar uma culminância
quase inacreditável. No entanto, tanto conhecimento técnico e científico
acumulado começou a servir a propósitos condenáveis. Dizem que começaram a
criar verdadeiros monstros manipulando genética e cirurgicamente homens e
animais, os centauros e minotauros seriam alguns exemplos destas aberrações.
A Sociedade atlântica se subdividia em duas
castas ou classes sociais: A dos homens-luz ou da face resplandescente (de face
amarela)-mais espiritualizados, e a dos idealistas ou de face tenebrosa (de
face vermelha). O processo de degradação moral originou a divisão da nação
atlante. Contam os escritos tibetanos que os Idealistas ou homens de face
tenebrosa (praticantes da magia negra) assumiram o controle político, obrigando
os homens-luz a se refugiar nas montanhas interiores do continente.
Contam ainda os escritos arcaicos: “e o
grande rei de Face resplandescente, o chefe de todos os de face amarela,
entristeceu-se ao ver os pecados daqueles de face tenebrosa. Enviou os seus
veículos aéreos (Vimânas) a todos os chefes irmãos os chefes das outras nações
e tribos, com homens piedosos em seu interior, dizendo: preparai-vos. De pé,
homens de boa lei! Atravessai o país enquanto ainda está seco. Os senhores da
tempestade se aproximam. Seus carros se aproximam da terra. Os senhores da face
tenebrosa (os feiticeiros) não viverão mais que uma noite e dois dias nesta
terra paciente. Está ela condenada; e serão submergidos com ela. Os senhores
inferiores dos fogos (os Gnomos e os elementais do fogo) estão preparando suas
AgnYastras mágicas (armas de fogo construídas por meio de magia). Mas os
senhores de Olhar tenebroso (olho mau) são mais fortes do que eles (os
elementais), que são escravos dos poderosos. Estão aqueles versados em Astra
(vidîa, o conhecimento mágico superior)”.
"Que os senhores da face
resplandescente (adeptos da magia branca) procedam de modo que os Vimâvas
(veículos aéreos) dos senhores da face tenebrosa caiam em suas mãos (ou em seu
poder) a fim de que nenhum dos feiticeiros possa, avisados por eles (animais
falantes), escapar das águas”.
* NOTA -os animais falantes eram
maravilhosos, feitos artificialmente e de estrutura mecânica, animados por um
Din (elemental). Falavam e davam aviso a seus amos (os feiticeiros) de todo
perigo iminente. Segundo os relatos, somente o sangue de um homem puro podia
destruí-lo.
“Que os de face amarela enviem sonos (hipnóticos)
aos de face tenebrosa. Que eles ainda lhes evitem (aos feiticeiros), a dor e o
sofrimento. Que todos os homens fiéis aos Deuses Solares (os de face amarela),
paralisem todos os homens dependentes dos Deuses Lunares (os feiticeiros), para
que não sofram nem escapem a seu destino. E que todos os de face amarela dêem
sua água da vida (o sangue) aos animais falantes dos magos de face tenebrosa,
para que não acordem os seus amos. É soada a hora, a noite negra está próxima.
E o grande rei deixou pender sua face resplandescente e chorou...”.
"Quando os reis se reuniram, já havia
começado o movimento das águas, e as nações já tinham passado sobre as terras
enxutas. Estavam muito além do nível das águas. Seus reis as alcançaram nas
suas Vimânas e as conduziram ao país do fogo e do metal (Nordeste)”.
"Choveram estrelas (meteoros) sobre os
de Face tenebrosa; mas eles dormiam. Os animais falantes (os vigilantes
mágicos) não se mexeram. Os Senhores inferiores (os elementais) aguardavam
ordens, mas estas não chegaram porque os seus amos dormiam. As águas se
elevaram e cobriram os vales de um extremo a outro da terra. As terras altas
ficaram e os países para onde migraram os homens de face amarela e olhar reto
(a gente sincera e franca). Quando os senhores da face tenebrosa despertaram e
procuraram suas Vimânas para fugir das ondas que subiam, viram que tinham
desaparecido”.
"Alguns magos de face tenebrosa, mais
poderosos, que haviam despertado antes dos outros, perseguiram aqueles que os
tinham despojado. Os perseguidores - cujas cabeças e peitos sobressaiam acima
das águas (magos gigantescos), lhes deram caça durante três períodos lunares, e
finalmente, alcançados pelas águas, foram mortos até o último homem”.
Vídeo:
Breve História da Lemúria
E-mail: apocalipsedosanjos@hotmail.com
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