A Umbanda possui sete cultos
diferentes, chamados "Linhas", que se distinguem:
1. pelas energias
cósmicas que são identificados como orixás ou "santos" que os
presidem ou lideram os cultos;
2. pelos tipos de
Espíritos atuantes em suas sessões, chamadas Giras, representados em em
seus santuários, os Congás.
Os cultos, que se auto-proclamam "de Direita" ou seja, que trabalham com magia branca, "do bem" e todos os umbandistas insistem que somente atuam para o bem], recorrem ao auxílio, à manifestação de Espíritos de santos católicos, Pretos-Velhos e Preta-Velhas e aqui questiona-se qual o problema com pretos e pretas jovens... que em geral foram escravos no Brasil, Caboclos, Indígenas, Cafuzos, Curibocas e trabalhadores da colônia e do império como boiadeiros, mineiros, navegantes de rios e mares e sábios do oriente e da Europa.
Os cultos, que se auto-proclamam "de Direita" ou seja, que trabalham com magia branca, "do bem" e todos os umbandistas insistem que somente atuam para o bem], recorrem ao auxílio, à manifestação de Espíritos de santos católicos, Pretos-Velhos e Preta-Velhas e aqui questiona-se qual o problema com pretos e pretas jovens... que em geral foram escravos no Brasil, Caboclos, Indígenas, Cafuzos, Curibocas e trabalhadores da colônia e do império como boiadeiros, mineiros, navegantes de rios e mares e sábios do oriente e da Europa.
Os cultos "de
Esquerda", renegados pela Umbanda "oficial" e, em geral,
relegados ao domínio da Quimbanda, não têm pudores em praticar a magia negra
através dos Exús, Pombas-Giras e Malandros. A magia negra, na Umbanda, tal como
em culturas de todos os povos do mundo, não tem freios éticos que impeçam os
rituais destinados a arruinar a vida amorosa, as finanças, a saúde ou mesmo
provocar a morte dos desafetos daqueles que procuram seus
"sacerdotes". Tal como os criminosos que jamais confessam seus crimes
espontaneamente, os umbandistas "do mal" negam veementemente qualquer
envolvimento em práticas dessa natureza embora todos admitam a existência de
"ovelhas desgarradas", que não são poucas, corrompidas pela vaidade,
luxúria e/ou ganância que se prestam ao triste papel de usar os cultos para
prejudicar àqueles que são "pedras no sapato" de seus clientes.
Voltando às
sete Linhas de cultos de Umbanda "do bem", são elas e suas
respectivas Falanges, especificamente:
I. LINHA DE
OXALÁ [Liderada por Jesus Cristo] ─ Falanges: 1. Santo Antônio | 2.
São Cosme e Damião ["espíritos-crianças", não necessariamente
infantes mas, antes, Espíritos com mentalidade infantil] | 3. Santa Rita | 4. Santa
Catarina | 5. Santo Expedito | 6. São Francisco de Assis. Esta Linha dedica-se
a desmanchar trabalhos de magia.
II. LINHA DE
IEMANJÁ [Liderada por Oxun] ─ Falanges: 1. Ondinas de Nanã | 2.
caboclas do Mar | 3. Indaiá dos Rios | 4. Iara dos Marinheiros | 5. Tarimã das
Caluga-Caluguinhas da Estrela Guia.
III. LINHA DO
ORIENTE ─ Falanges: Hindus, árabes, chineses e outros orientais além
de europeus. Dedicados à medicina.
IV. LINHA DE
OXOSSI ─ Falanges: 1. Urubatão | 2. Araribóia | 3. Caboclo das Sete
Encruzilhadas [aquele do fundador Zélio Fernandino] | 4. Águia Branca.
Indígenas, caboclos, são curandeiros que protegem contra magia e ministram
passes, prescrevem ervas medicinais em preparados para banhos, defumações ou
uso tópico. Estes preparados são chamados amacys.
V. LINHA DE
XANGÔ ─ Falanges: 1. Iansã | 2. caboclo do Sol | 3. Caboclo da
Lua | 4. Caboclo Pedra Branca | 5. Caboclo do Vento | Caboclo Treme Terra. Pela
característica do orixá que dá nome à linha, supõe-se que atue em casos de
problemas judiciais, demandas, litígios.
VI. LINHA DE
OGUM ─ Falanges: 1. Ogum Beira-Mar | 2. Ogum-Iara | 3.
Ogum-Megê | 4. Ogum Rompe-Mato. Estas falanges tratam das brigas, das situações
de disputa pessoal, discórdias.
VII. LINHA
AFRICANA ─ Falanges: 1. Povo da Costa | 2. Pai Francisco |
3. Povo do Congo | 4. Povo
de Angola | 5. Povo de Luanda | 6. Povo de Cabinda | 7. Povo da Guiné. Esta
falange dedica-se à prática do bem em geral e, ao que tudo indica, dentro da
confusa divisão das Linhas e Falanges, esta linha africana possivelmente inclui
a chamada Falange ou seria [sub-falange?] dos Pretos-Velhos e a das Almas
[que o estudo comparado indica ser sinônima da Falange Povo de Angola].
Panteão das Falanges e Seus
Atributos
Como se pode ver na denominação das Falanges, a Umbanda tem em comum com Candomblé a crença em Orixás. Porém, rejeitando a africanidade, os umbandistas não consideram Orixás como deuses, mas como "vibrações originais" emanadas da Consciência Suprema, Deus, naqueles tempos remotos da criação do Universo e do Planeta Terra. Na verdade, um conceito muito parecido com o dos Odus que, no Candomblé são as as energias de onde provêm os Orixás, estes sim, deuses. Sobre a palavra Orixá, muitos autores da Umbanda, como Eduardo Parra, negam sua raiz africana e vão buscar a etimologia no Egito e na Índia:
"O termo Orixá e o nome
dos respectivos Orixás deriva-se da Índia, do Egito e de povos mais antigos. Na
África esses termos foram conservados em Nagô... O vocábulo antigo Arashá
significa O Senhor da Luz, equivale aos Orishis dos Brâmanes e aos Orixás
africanos, que em Yorubá significa: O Senhor da Cabeça, ou seja, do princípio
espiritual ou Luz. enquanto que Exu também tem o nome de Obara, o senhor do
corpo ou Treva." E aqui subentende-se corpo=matéria=treva.
Na Umbanda, os Orixás
[Senhores de Cabeça], que são sete, como as Falanges, são o topo de uma
Hierarquia que se desdobra e outros sete "orixás-menores" [Espíritos
Superiores] que são chefes de Legiões; Legiões que se dividem em Falanges e
sub-falanges, que também possuem chefes e entidades chefes de Grupamentos. Em
um plano mais inferior atuam entidades denominadas "capangueiros",
palavra que faz pensar algum tipo de polícia astral ou tropa de choque
espiritual...
Aos Orixás maiores, as tais
"vibrações originais" são atribuídos nomes africanos compostos pela
junção de nomes de anjos conhecidos da teologia judaica:
1.
Gabarael Oxalá Odudwa
2. Samael Ogum Obá
3. Ismael Oxossi Ossaim
4. Mikael Xangô Oyá [Yansan Mesan Orun]
5. Yramael Yorimá Nanãn Burucum
6. Yoriel Yori Oxum
7. Rafael Yemanjá Oxumaré
2. Samael Ogum Obá
3. Ismael Oxossi Ossaim
4. Mikael Xangô Oyá [Yansan Mesan Orun]
5. Yramael Yorimá Nanãn Burucum
6. Yoriel Yori Oxum
7. Rafael Yemanjá Oxumaré
Entre os chefes de Falanges
começam a aparecer os caboclos, tidos como orixás menores e representantes do
maiores; caboclos que se multiplicam em uma lista quase infinita. Os
representantes dos orixás maiores são:
1.
Urubatão da Guia - representante de Oxalá
2. Guaraci - intermediário para Ogum
3. Guarani - intermediário para Oxossi
4. Aymoré - intermediário para Xangô
5. Tupi - intermediário para Yorimá
6. Ubiratan - intermediário para Yori
7. Ubirajara - intermediário para Yemanjá
2. Guaraci - intermediário para Ogum
3. Guarani - intermediário para Oxossi
4. Aymoré - intermediário para Xangô
5. Tupi - intermediário para Yorimá
6. Ubiratan - intermediário para Yori
7. Ubirajara - intermediário para Yemanjá
E o "elenco" de
caboclos continua entre os guias: Caboclo Águia Branca; caboclo Poty; Caboclo
Itinguçu; Caboclo Girassol; Caboclo Nuvem Branca; Caboclo Guarantan etc..
Outros, são caboclos protetores: Guaraná, Malembá, Água Branca, Águas Claras,
Jacutinga, Lírio Branco, Folha Branca, Ibitan e outros mais.
Além disso, para cada Orixá
Superior e cada Orixá menor existem inúmeras correlações que são utilizadas nas
práticas rituais das Giras [sessões]: minerais, figuras geométricas,
signos zodiacais, dias da semana, horas vibratórias, perfumes, flores, ervas
que são usadas em banhos, remédios e defumações, cores e arcanjos tutores. Se
este artigo contivesse o nome de todos os caboclos, seria uma lista telefônica
de metrópole; e se fossem indicadas todas as relações de atributos, seria um
livro... um "tijolo". Para quem realmente desejar conhecer em
detalhes essa Hierarquia, suas relações e atributos, o melhor é procurar o
livro Ponto de Convergência: Fundamentos e Práticas de Umbanda, de Eduardo
Parra.
E-mail: apocalipsedosanjos@hotmail.com
Twitter: @Noitedoanjo
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