O misterioso
chupa-cabra resolveu sair da sombra, depois de um longo período tranquilo,
e recomeçar as suas matanças sangrentas.
Poderá
ter sido o calor do verão a provocar esse efeito na sua mente instável, ou terá
sido a fome impiedosa a impeli-lo a largar a inatividade no seu covil da
floresta.
Desta
vez, o seu reaparecimento foi registrado em dois locais de forma praticamente
simultânea: na região de Perm, na Rússia, e no distrito de Vitebsk, na
Bielorrússia.
Tudo
decorreu de acordo com o cenário típico: os donos deixaram à noite os seus
coelhos perfeitamente saudáveis no celeiro, mas de manhã encontraram-nos mortos
com os pescoços perfurados.
Mas
quem é que, afinal, ataca de noite os animais indefesos chupando o seu sangue?
Os habitantes da região de Perm estão convencidos que isto é obra de uma matilha
de cachorros sem dono, eles não acreditam em chupa-cabras.
Mas,
nesse caso, não se compreende porque não tocam os cachorros nas carcaças dos
coelhos? Como é que eles matam a fome?
Mas
se se trata de cachorros, porque é que os cães de guarda dos donos
não os sentem? Em qualquer caso, neste momento os habitantes locais podem
apenas especular sobre as verdadeiras razões do que acontece nos seus quintais
depois do cair da noite.
Já
os habitantes do distrito de Vitebsk foram muito mais expeditos e conseguiram
apanhar o furtivo chupa-cabra. Pelas suas características, o mítico monstro era
muito parecido com um exemplar jovem de cão-guaxinim.
Ele
não possuía umas dimensões muito impressionantes e era praticamente desprovido
de pelo, exceto na zona do tórax.
Os
habitantes locais afirmam que o chupa-cabra que apanharam não era o único do
gênero: eles viram pelo menos três representantes dessa “espécie”, sendo o
animal morto o mais pequeno de todos.
O
cadáver do chupa-cabra foi imediatamente transportado para a clínica
veterinária local, onde o animal estranho foi exaustivamente examinado.
Porém,
o médico-veterinário principal do conselho de Dokshitsky, distrito de Vitebsk,
Ales Soloviov, não pode afirmar categoricamente que animal é este. Esta foi a
primeira vez que ele viu algo semelhante em muitos anos de prática.
A
captura do chupa-cabra teve um grande eco na sociedade bielorrussa. Alexander
Kozulin, mestre em ciências biológicas e responsável pelo setor de cooperação
internacional e acompanhamento científico das convenções de proteção da
natureza do Centro Prático-Científico para os Recursos Biológicos, da Academia
Nacional de Ciências da Bielorrússia, declarou num encontro com representantes
da mídia:
“Realmente,
o animal morto no conselho de Dokshitsky possui todas as características do
cão-guaxinim. Os cães-guaxinim nascem sem pelo, este vai aparecendo com o
tempo. Pensamos que o “chupa-cabra” morto nem teria um ano.”
Quanto
aos restantes exemplares que aterrorizam o distrito de Vitebsk, a caça continua,
e os fazendeiros locais são aconselhados a fechar melhor os celeiros durante a
noite.
E-mail: apocalipsedosanjos@hotmail.com
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