A
gênese mitológica das runas está belamente registrada num antigo poema nórdico,
entitulado, Edda Maior, um famoso livro composto entre os séculos IX e XIII,
que cantam as glórias dos Deuses Germânicos. Estas lendas vikings contam que os
deuses moravam no Asgard, um lugar localizado no centro do mundo. Nele crescia
o Yggdrasil, a Árvore do Mundo, cujas raízes ninguém conhecia, e que servia de
comunicação com a terra dos homens.
Foi nesta árvore que o deus Odin conheceu a sua maior provação e descobriu o mistério da sabedoria das Runas. Em busca de sabedoria Odin se pendurou pelos pés em Yggdrasil e lá permaneceu por longas noites em meditação. Ninguém lhe deu de beber ou de comer, ele provou fome, sono, sede, dor e cansaço extremos até que, dos galhos perdidos de Yggdrasil começaram a caír os símbolos rúnicos. Segundo a mitologia nórdica, a escrita mágica das Runas são portanto um presente do maior de seus deuses para a humanidade.
Estes são os versos específicos do antigo Edda que tratam do assunto:
"Sei que fiquei pendurado naquela árvore fustigada pelo vento, Lá balancei por nove longas noites, Ferido por minha propria lâmina, Sacrificado a Odin, Eu em oferenda a mim mesmo: Amarrado à árvore De raízes desconhecidas.
Ninguém me deu pão, Ninguém me deu de beber. Meus olhos se voltaram para as mais entranháveis profundezas, Até que vi as Runas.
Com um grito ensurdecedor peguei-as, E, então, tão fraco estava que caí. Ganhei bem-estar E sabedoria também.
Uma palavra, e depois a seguinte, conduziram-me à terceira, De um feito para outro feito.
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