Urge reconhecer que a liberdade é tanto maior para a alma quanto maior a parcela de conhecimento que se lhe debite no livro da existência.
Por isso mesmo, quanto mais cresça em possibilidades, nesse ou naquele sentido, mais se lhe desdobram caminhos à visão, constrangendo-a a vigiar sobre a própria escolha.
Mais extensa mordomia, responsabilidade mais extensa.
Isso acontece porque, com a intensificação de nossa influência, nesse ou naquele campo de interesses, mais persistentes se fazem os apelos em torno, para que não nos esqueçamos do dever primordial a cumprir.
-
Quem avança está invariavelmente entre a vanguarda e a retaguarda. E a romagem para Deus é uma viagem de ascensão.
-
Toda subida, quanto qualquer burilamento, pede suor e disciplina.
-
Todo estacionamento é repouso enquistante.
Somos todos, assim, médiuns, a cada passo refletores das forças que assimilamos, por força de nossa vontade, na focalização da energia mental.
Todos os homens são médiuns;
-
todos têm um Espírito que os dirige para o bem, quando sabem escutá-lo.
Agora, que algumas comunicações eles estabelecem pela mediunidade particular, quando outros só o escutam pela voz do coração e da inteligência, pouco importa, não deixa de ser o seu Espírito familiar que os aconselha. Chamai-o...
-
Espírito,
-
razão,
-
inteligência,
-
é sempre uma voz que responde à vossa alma e vos dita boas palavras.
Somente nem sempre as compreendeis. Nem todos sabem agir segundo os conselhos da razão, não
-
eleva o homem acima de si mesmo,
-
que o transporta às regiões desconhecidas,
-
chama sagrada que inspira o artista e o poeta,
-
pensamento divino que eleva o filósofo,
-
impulso que arrasta os indivíduos e os povos
-
razão que o vulgo não compreende, mas que eleva o homem e o aproxima de Deus mais que nenhuma outra criatura,
-
entendimento que sabe conduzi-lo do conhecido para o desconhecido fazendo-o executar coisas sublimes.
[...] Os fatos que constituem o objeto do espiritismo não são sobrenaturais, nem mesmo extraordinários, senão porque escapam à observação dos que não sabem vê-los; eles são naturais, como tudo quanto existe no Universo; são comuns, ordinários e até freqüentes. Mas para os ver, os observar, aprender a notá-los e os reconhecer, quando e onde quer que se apresentem, era preciso, descobrir o instrumento capaz de os registrar, tornando-os evidentes e palpáveis. Esse instrumento é o Médium. [...] (do livro Ciência Espírita, de Antônio Pinheiros Guedes; 8a ed., p. 41-42, 1992).
De acordo com o texto acima do médico-espiritualista, Dr. Antônio Pinheiro Guedes (1842-1908), o médium é o instrumento que pode ser usado na observação e nos registros dos fenômenos espíritas.
A metodologia mediúnica vem sendo utilizada desde a Antiguidade e, ainda hoje, é a única que realmente prevalece; mas, por ser ela essencialmente pessoal, subjetiva, os cientistas têm dificuldades em aceitá-la, pois não a acham confiável.
Mas a despeito disso, muitos cientistas já registraram suas observações sobre fenomenologia espírita usando médiuns como ferramenta desse estudo. Esse foi o caso do Dr. Paul Gibier (1895-1900) – médico-bacteriologista francês que foi Diretor da sucursal do Instituto Pasteur em Nova York. Gibier se interessou por pesquisa psíquica em 1885; e, durante 10 anos, fez experimentos tanto no seu laboratório como na sua casa de campo em Nova York usando como médium uma mulher conhecida como Sra. Salton. Ele confirmou a realidade da fenomenologia psíquica e tinha decidido levar essa médium consigo para a França, Inglaterra e Egito, quando inesperadamente foi morto em um acidente. No dia anterior a sua morte, ele havia relatado à sua mulher, em tom jocoso, que havia sonhado que ia morrer. Dr. Gibier escreveu dois livros desse trabalho experimental que desenvolveu com a Sra. Salton: Spiritism or Eastern Faquirism, em 1886; The Analysis of Things Existing[*], em 1890.
Além de Paul Gibier, outros cientistas, vários intelectuais e escritores também investigaram fenômenos sobre a vida do além-túmulo fazendo uso de médiuns. Vários nomes famosos estão incluídos nesse grupo; dentre eles podemos citar entre muitos outros:
-
o famoso físico-químico William Crookes;
-
o conhecido escritor inglês Arthur Conan Doyle que foi o criador do personagem Sherlock Holmes;
-
o astrônomo e escritor francês Camille Flamarion;
-
o jornalista húngaro, autor de uma enciclopédia sobre fenômenos psíquicos, Nando Fodor, etc.
Por outro lado, alguns médiuns também se tornaram mundialmente conhecidos por terem prestado seus serviços mediúnicos a pessoas famosas; é esse o caso de ...
-
Teocléia que, na época em que viveu Pitágoras na Grécia Antiga, era sacerdotisa do Templo de Delfos;
-
Eusapia Palladino, a primeira médium que trabalhou durante mais de 20 anos com vários cientistas psíquicos na Europa e na América;
-
Florence Cook, que foi o instrumento mediúnico com o qual William Crookes fez seus experimentos, e muitos outros ainda.
Mediunidade de incorporação e a glândula pineal
Glaci Ribeiro da Silva
André Luiz 1959
E-mail:apocalipsedosanjos@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário