“ O medo da morte nos impede de viver, não de morrer. A pior maldição é aquela proferida de bocas amigas, são destruidoras e as vezes mortais...” - Domenium
Maldições parecem ter regularmente feito parte de antigas culturas, e podem ter sido uma maneira de afugentar inimigos e de explicar as aparentes injustiças do mundo. Não há nenhuma evidência de que alguém tenha com sucesso invocado poderes ocultos para causar o mal a outros, mas há evidências de que aqueles que acreditam ter sido amaldiçoados possam ter se tornado infelizes, através da exploração desta crença. O medo e a tendenciosidade humana para a confirmação e o pensamento seletivo, podem às vezes levar aquele que acredita a confirmar a maldição. Neste segundo artigo da série "Maldições & Amaldiçoados" veremos como esses infortúnios agem na natureza humana.
Alguns métodos usados são, por exemplo, apontar o dedo em direção à vítima enquanto o encanto é proferido em voz alta, para ser ouvido ou hipnotizar a vítima enquanto diz profere a maldição, remontando á crença antiga de que certas pessoas e animais (mais frequentemente citados os gatos e as cobras) têm o poder de fascinar e lançar maldições, produzindo um efeito destruidor sobre tudo em que deitam o olhar.Esta prática era tão temida que tudo que acontecia a certa pessoa era atribído a um desses entes possuidores do poder do Olho Mau ( Mau Olhado ), que era curiosamente dividido em dois tipos: o voluntário-inspirado na malícia e o involuntário-sobre o qual não se pode ter controle (era desencadeado quando o feiticeiro sentia uma inveja de alguém, ou se zangava com a pessoa, por isso os árabes chamam de Olho da Inveja). Olhares de ciúme de uma rival da mulher amada poderiam deixar impotentes os melhores amantes e infertilizar as mulheres.E se O Olho Mau da Lua fosse dirigido a uma mulher grávida, esta daria a luz a um monstro!
A cor dos olhos era também indicativo de que o indivíduo era possuidor do poder de amaldiçoar.
Nos países do Mediterrâneo, onde os nativos tem olhos escuros, olhos azuis ou de outras cores claras eram fatores de suspeita, enquanto entre os povos Nórdicos, de nativos de olhos naturalmente claros, os temidos eram os portadores de olhos escuros.
A imaginação dos antigos era fértil.Também eram alvos de suspeitas os aleijados, corcundas, os feios, os que tivessem qualquer deficiência ocular, pessoas de rara beleza e os religiosos.
Uma das defesas para se livrar de um mau-olhado era cuspir no chão três vezes.Já dá pra imaginar a confusão que era , pessoas cuspindo para todos os lados ao se sentirem ameaçadas! Também se usavam amuletos de lagartixas, fazer “figa” e broxes em forma de porco.
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