Não
é só Dan Brown que aborda conspirações e mensagens secretas em seus trabalhos.
Alguns estudos acadêmicos deixariam esse e outros escritores de queixo caído.
1. Misticismo judaico na Capela Sistina
A figura de Deus cercado por anjos se assemelha ao formato
de um cérebro humano (Fonte da imagem: Écrans)
Uma
das mais famosas teorias acerca da pintura realizada por Michelangelo no teto
da Capela Sistina, no Vaticano, é o fato de que a imagem de Deus, cercada por
anjos e tocando o dedo de Adão, se assemelha a um grande e detalhado cérebro
humano, com direito a representação do lobo frontal, quiasma óptico, tronco
cerebral, hipófise e outras partes do órgão. O assunto já foi tema de artigo no Jornal
da Associação Médica Americana.
Mas
se depender de especialistas da Universidade Yeshiva, em Nova York, a obra de
arte esconde outros mistérios, como a presença de símbolos da Cabala,
disciplina e escola de pensamento que se preocupa com o aspecto esotérico do
judaísmo. O professor Benjamin Blech, em conjunto com o guia turístico do
Vaticano Roy Doliner, chegou a publicar um livro sobre o assunto, intitulado
"The Sistine Secrets: Michelangelos Forbidden Messages in the Heart of the
Vatican”.
Em
entrevista para a ABC, os autores explicaram que Michelangelo deve ter
aprendido os ensinamentos judaicos enquanto morou com Lorenzo de Medici, em
Florença. Na época, Medici foi um grande líder e usou sua influência para que
diversos artistas e intelectuais fossem para a cidade dele. Muitos desses novos
moradores estudavam o Zohar, livro-base da Cabala.
EXEMPLOS CABALÍSTICOS DE MICHELANGELO
Na
Cabala, a letra hebraica “guímel” simboliza a justiça ou a punição. Ao
representar a luta entre David e Golias, o artista representou seus corpos de
maneira que se assemelham ao formato da letra:
Davi
e Golias são representados no formato da letra hebraica guímel (Fonte da
imagem: Cracked)
Na
cena em que Judite e sua criada carregam a cabeça do general Holoferne,
Michelangelo pintou-a de maneira que se assemelha à forma da letra “chet”, que
para a Cabala simboliza um ato gratuito e espontâneo de bondade e amor.
Foto 02
Judite e sua
criada formam a letra "chet", que simboliza bondade e amor (Fonte da
imagem:Cracked)
A
Árvore da Ciência do Bem e do Mal, citada nos capítulos iniciais do Gênesis, é
normalmente representada pela cultura cristã como sendo uma macieira. Porém,
nos textos judaicos e na obra de Michelangelo, a árvore é uma figueira:
A
"Árvore da Ciência do Bem e do Mal" foi retratado como sendo uma figueira
2. A sinfonia da Última Ceia
Um
dos quadros mais famosos de Leonardo DaVinci, “A Última Ceia” possui uma
sinfonia oculta, como se o polímata italiano tivesse também composto uma trilha
sonora para acompanhar a cena pintada. É o que afirma o músico Giovanni Maria
Pala, que ajudou a decifrar a música com a ajuda de um técnico em informática.
Em entrevista para a MSNBC, Maria Pala afirma que a composição soa “como um
réquiem” e “enfatiza a paixão de Jesus”.
Para
reconstruir a música, o pesquisador considerou elementos da pintura que
tivessem um grande valor simbólico para a teologia cristã, interpretando-os de
maneira musical. Ao desenhar cinco linhas horizontais sobre a imagem da ceia,
de maneira semelhante a uma partitura, Maria Pala percebeu que os pães e as
mãos de Cristo e dos apóstolos representavam notas musicais.
De
acordo com o músico, isso casa com o simbolismo de que os pães, para os
cristãos, representam o corpo de Cristo, enquanto as mãos são usadas para
abençoar o alimento. Porém, a “partitura” não parecia certa até que Maria Pala
lembrou de um detalhe crucial: Leonardo DaVinci escrevia da direita para a
esquerda, exigindo que o leitor tivesse que posicionar um espelho em frente aos
seus textos para decifrá-los.
A
pesquisa está detalhada no livro “A Música Oculta”, publicado no Brasil pela
editora Larousse. No vídeo acima, você pode ouvir a sinfonia decifrada pelo
pesquisador italiano.
3. Mozart era um illuminati
Talvez
você não esteja acostumado a ouvir ópera, mas existe um trecho de A Flauta
Mágica que é muito famoso (vídeo acima) e, frequentemente, aparece em
comerciais, filmes e até mesmo como referência em músicas pop. Mas o que pouca
gente sabe é que estudiosos acreditam que a composição de Mozart está repleta
de analogias a respeito da maçonaria.
A
Wikipédia possui um artigo inteiro
dedicado ao assunto, citando, inclusive, um fato muito curioso: Mozart era um
illuminati! Mas calma, antes de começar a queimar os CDs do compositor, é bom
esclarecer que não estamos falando da mesma sociedade secreta da qual
participava aquele ex-membro que revelou detalhes exclusivos ao Tecmundo.
O
movimento seguido pelo compositor era o Illuminati da Baviera, uma sociedade
secreta da época do Iluminismo que acreditava que a humanidade deveria obter
mais conhecimento e deixar que apenas a razão guiasse seus passos. A própria
história de “A Flauta Mágica” está relacionada a essa filosofia. Além disso,
existem trechos de três notas que podem ser considerados como uma referência
clara à maçonaria, já que o número 3 é o número favorito de seus seguidores.
O Código de Newton
O
século XVII foi a época das descobertas, pois muitos cientistas estavam
ocupados em descobrir detalhes do “funcionamento” da Terra e do espaço,
descobrindo planetas que até então não se tinham notícias e decifrando as leis
da física que regem o nosso mundo.
Porém,
com tanta concorrência e a ausência de um sistema de patentes que funcionasse
de verdade, esses gênios precisavam manter seus estudos em segredo, caso
contrário, uma pessoa mal intencionada poderia alegar ser a responsável por
determinada descoberta.
Para
evitar que isso acontecesse, os cientistas costumavam anotar suas teorias,
transformando esses papéis em provas da autoria de uma pesquisa. Mas mesmo
assim, um “vilão” poderia se apoderar dos escritos e tentar roubar a obra de
alguém. Por isso, era comum que códigos fossem criados para criptografar as
informações mais relevantes.
NEWTON X LEIBNIZ: FIGHT!
A
ciência é uma prática complicada. Charles Darwin e Alfred Russel Wallace
trabalharam, por acaso, nas bases que definiriam a teoria da evolução. E a
matemática também teve um caso semelhante: Isaac Newton e Gottfried Leibniz
desenvolveram, de maneira independente, um ramo da matemática conhecido como
Cálculo Diferencial e Integral.
Sir Isaac
Newton, aos 46 anos, pintado por Godfrey Kneller
Durante
a discussão entre os dois matemáticos que se deu por carta, Newton precisava
provar que vinha pensando no Cálculo antes de Leibniz, mas precisava fazer isso
sem entregar o teorema principal de seu trabalho para o rival. Portanto, em uma
das correspondências, é possível ler a seguinte declaração de Newton:
"Eu
não posso prosseguir com a explicação dos fluxions [Cálculo] agora, de modo que
prefiro ocultá-la da seguinte maneira: 6accdae13eff7i3l9n4o4qrr4s8t12vx".
Se
tivesse sido escrito na época de hoje, poderíamos dizer que o gato de estimação
de Newton passeou por cima do teclado durante a redação da carta. Mas como isso
foi produzido entre 1699 e 1711, pode-se assegurar, claramente, que a sequência
de letras e números não passa de um anagrama. O código informava quantas vezes
uma letra aparecia em uma frase escrita em latim.
O resultado do quebra-cabeça é:
"Data
aequatione quotcunque fluentes quantitates involvente, fluxiones invenire; et
vice versa"
Em
bom português, essa frase se torna o teorema principal do Cálculo, usado por
Newton para demonstrar que a derivação e a integração são processos inversos.
Sagaz,
não?
Aqui
está uma citação interessante da correspondência de Isaac Newton:
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6accdae13eff7i3l9n4o4qrr4s8t12vx
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Esta é
a partir do 2 º ofício que Newton escreveu a Leibniz (via Oldenburg) em 1677. Ele
estava respondendo a algumas perguntas de Leibniz sobre o seu método de
séries infinitas e chegou perto de revelar o seu "método fluxional"
(ou seja, o cálculo), mas, então, decidiu escondê-lo na forma de um anagrama. Depois
de descrever seus métodos de tangentes e manipulação de máximos e mínimos,
ele escreveu
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As
bases dessas operações é bastante evidente, de fato, mas porque eu não posso
continuar com a explicação de que, agora, eu teria preferido ocultá-lo assim:
6accdae13eff7i3l9n4o4qrr4s8t12ux. Com esse fundamento Eu também
tentei simplificar as teorias que dizem respeito a quadratura de curvas, e eu
cheguei em certos Teoremas gerais.
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O
anagrama expressa, na terminologia de Newton, o teorema fundamental do
cálculo: "Os dados aequatione quotcunque fluentes quantifica involvente,
fluxiones Invenire; et vice-versa" vice, o que significa "Dada uma
equação que envolve qualquer número de quantidades fluentes para encontrar as
fluxões, e versa ". Organizando os personagens em sua sentença
latina em ordem alfabética (e assumindo que ele contou o dipthong
"ae" como um personagem separado e u e v são contados como o mesmo
personagem), o número de occurrances de cada personagem são as seguintes
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Isto
concorda com anagrama de Newton
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exceto
que eu conto nove t, em vez de oito. Possivelmente ortografia original
de Newton latim usado um menos t, embora eu não posso ver que um deles
poderia plausivelmente ser omitido.Também pode ser que o anagrama foi
incorretamente copiado, mas concorda com a versão em ambos da Westfall e
Christianson de biografias, bem como a transcrição da carta de Newton contido
em Clássicos Calinger de Matemática. Outra possibilidade é que Newton
simplesmente mal contado. Isto não é tão implausível como pode parecer à
primeira vista, uma vez que é um fenômeno bem conhecido psicológico de vista
sobre a segunda carta, em curtas palavras conjuntivo (como o f em
"de"), quando rapidamente a contagem do número de ocorrências de um
certo letra em uma string de texto. É muito fácil, quando a contagem do
número de t na frase em latim de Newton, a negligenciar o "t" da
palavra "et".
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Ironicamente,
nem Leibniz nem Newton havia publicado nada sobre o cálculo no momento que
esta carta foi trocado, embora ambos se acredita que se encontrava na posse
do cálculo, por isso, se Newton tinha acabado de vir a público com uma
declaração completa e explícita de seu cálculo ele Leibniz teria colocado em
uma posição muito difícil, e teria estabelecido sua própria prioridade acima
de qualquer dúvida (já que a letra passou por Oldenburg). Em vez disso,
proteção muito Newton e sigilo levou a perder o que quer que inequívoca
reivindicação de prioridade ele poderia ter tido (e levado a uma disputa de
prioridade amarga que tanto amargurado e sua vida depois de Leibniz).
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Em um
nível muito profundo, era natural que Newton se expressar em anagramas, porque
ele parece ter considerado "obscuridade artificial" (nas palavras
de Domson) como uma característica essencial do projeto de Deus para o mundo,
e Newton adotou este modo de operação em seu próprio trabalho. Lembre-se
que ele disse que tinha feito a Principia "intencionalmente
obscuro" (para evitar ser atraída por "smatterers pequenos" em
matemática). Ainda mais incisivamente, Newton passou muitos anos
tentando interpretar as profecias da Bíblia, que ele acreditava que foram
apresentadas de forma deliberadamente disfarçado para que o seu significado
só poderia ser deduzida, resolvendo-os como quebra-cabeças. Curiosamente,
ele tinha desprezo por pessoas que tentaram desvendar profecias de eventos
futuros. Em sua opinião, este foi equivocada e fadada ao fracasso. Ele
acreditava que o codificado profecias foram destinados a ser entendida apenas após o
fato. Em suas "Observações sobre as Profecias do Apocalipse de São
João", escreveu ele
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A loucura de intérpretes tem
sido foretel vezes e as coisas por essa profecia, como se Deus projetado para
fazer-lhes profetas. Por esta temeridade eles não só se expõe, mas
trouxe também Profecia em desprezo. O projeto de Deus era muito
contrário. Ele deu isso [Revelações] e as profecias do Antigo
Testamento, não para satisfazer a curiosidades dos homens, permitindo-lhes
conhecer antecipadamente as coisas, mas que depois elas foram cumpridas que
pode ser interpretado pelo evento, e [que] sua própria Providência ,
e não o intérpretes, em seguida, ser manifestada, assim, para o mundo. Para
o evento de coisas previu muitas eras antes, então será um argumento
convincente de que o mundo é governado por Providência .
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Podemos
dizer que Newton viu as profecias bíblicas que serve exatamente a mesma
função que seu anagrama em fluxões e fluentes, ou seja, ela é apresentada de
uma forma que não pode ser interpretado para revelar o seu sentido antes do
fato, mas depois os fatos acontecido eo solução do quebra-cabeça é
encontrado, ele pode servir como prova irrefutável da Providência do criador.
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- Fonte do calculo (A Anagram Fundamental do Cálculo )
http://mathpages.com/home/kmath414/kmath414.htm
Twitter: @Noitedoanjo
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