Virgem
que veio do mar.Estrela sempre luminosa da manhã. Deusa
radiante da beleza feminina.Amante do encanto virginal da sensualidade.Vênus
eterna da tolerância e beleza.Baila na luz, oculta dentro de nossos
olhos.Sensualidade feminina. Eternamente
revelada na mulher.O amor atraído por Afrodite é grande…é apaixonado…é
verdadeiro.Afrodite é o arquétipo da sexualidade e da sensualidade.
NASCIMENTO
DE AFRODITE
Há
duas versões sobre o nascimento biológico desta Deusa. Na versão de Homero,
Afrodite nasce de modo convencional, como sendo filha de Zeus e Dione, ninfa do
mar. Já na versão de Hesíodo, ela nasce em conseqüência e um ato bárbaro.
Cronos, cortou os órgãos de seu pai Urano e os atirou no mar. Uma espuma branca
surgiu em torno deles e misturando-se ao mar, gerou Afrodite. Sendo assim,
Afrodite é filha do Céu e do Mar, a Deusa Mãe original em muitas tradições, e o
primeiro fruto da separação do céu e da terra. Como foi gerada no mar, é a
filha do começo, é a figura que, igual a Deusa original, volta a unir as formas
separadas de sua criação. Nesse sentido, Afrodite “nasce” quando as pessoas
recordam, com alegria, o vínculo que une os seres humanos com os animais e com
toda a natureza e ainda, quando percebem esse vínculo como uma realidade clara
e sagrada. O mito sugere que isso aconteceu mediante o amor. A união se
converteu em reunião, pois o amor que gera vida se faz eco do próprio mistério
da vida.
A
união é reunião como a fertilidade é renascimento. Essa concepção se
manifestava cada primavera no banho ritual de Afrodite que renovava sua
virgindade e a da terra. As Horas, as primeiras à vestir Afrodite quando
nasceu, são também Deusas das estações, que são as horas do ano e, na
primavera, quando nasce o ano, a vestem de novo, ajudadas pelas Graças.O pintor
Apeles representara em um admirável quadro o nascimento de Afrodite chamada
Anadiómente, ou seja, “que sai do mar”. Esse quadro foi consagrado à Deusa pelo
próprio Imperador Augusto e, ainda existia na época do poeta latino Ausone, que
fez dele uma breve mais viva descrição:
“Vede,
diz ele, como esse excelente mestre soube exprimir a água cheia de espuma que
corre através das mãos e dos cabelos da Deusa, sem lhe ocultar nem uma das
graças: também desde que Atena percebeu, dirigiu essas palavras a Hera:
Cedamos, cedamos oh! Hera, a essa Deusa que nasce, todo o prêmio da beleza.”
A
imagem de Afrodite emergindo do mar foi imortalizada durante a Renascença por
Botticelli em “O nascimento da Vênus”. Esta pintura mostra uma mulher nua,
delicada e graciosa, sobre uma concha, sendo levada para a praia pelos deuses
do vento e uma chuva de rosas.Há um grande número de estátuas de Afrodite
(Vênus): as mais célebres são a Vênus de Medicis, que se acreditava ser uma
cópia de Vênus de Cnide, executada por Praxíteles, a Vênus de Arle, a Vênus de
Milo, descoberta em Milo pelo Conde Marcellus, em 1820.
Uma
das mais curiosas estátuas dessa Deusa, variação da Vênus hermafrodita, era a
Vênus barbata. Estava em Roma: representava na sua parte superior um homem com
cabeleira e barba abundantes, enquanto a parte inferior era de mulher. Essa
singular estátua foi consagrada à Deusa por ocasião de uma moléstia epidêmica,
em conseqüência da qual as damas romanas perdiam os cabelos. A Afrodite
atribuiu-se a cura.
Em
muitos quadros modernos, Afrodite é representada sobre o seu carro, tirado por
dois cisnes: usa uma coroa de rosas e uma cabeleira loira; nos olhos brilha a
alegria, paira o sorriso nos lábios; em torno dela brincam dois pombos e uma
grande quantidade de pequenos amores.Em uma medalha que pertenceu a Imperatriz
Faustina, vê-se a imagem de “Vênus mãe”: segura uma maçã com a mão direita, e
com a esquerda uma criança envolta em cueiros. Em outra medalha da mesma
imperatriz, vê-se a “Vênus vitoriosa”. Com suas carícias, a Deusa se esforça em
deter Ares, que parte para a guerra.O nome de Afrodite, surge da mesma forma
que seu nascimento: “afrós” significa “espuma” em grego. Contudo, o útero do mar
que a acolheu e alimentou o sêmen do céu não foi concebido como uma concha até
que Botticelli a imortalizou com a dita imagem (kteís, a palavra grega que
designa a concha, significava também os genitais femininos).Seu nome latino,
Vênus, é a raiz da expressão “doença venérea”. A sexta-feira (vendredi, em
francês), dia da semana, era-lhe consagrada (Veneris dies).
Afrodite
também era chamada “Dionéia” como sua mãe. “Anadómene”, isto é, “saindo das
águas”. Possuía um cinto onde estavam encerradas as graças, os atrativos, o
sorriso sedutor, o falar doce, o suspiro mais persuasivo, o silêncio expressivo
e a eloqüência dos olhos. Conta-se que Hera o pediu emprestado a Afrodite para
reanimar a paixão de Zeus e para vencê-lo na causa dos gregos contra os
troianos.Nada é mais célebre do que o julgamento de Paris e a vitória
conquistada por Afrodite sobre Hera e Atena, apesar das suas rivais terem
exigido dela que, antes de qualquer coisa, deveria tirar o seu temível cinto. A
história se passou, mais ou menos assim:Todos os Deuses Olímpicos, menos Éris,
Deusa da Luta e da Discórdia, uma Deusa Menor, foram convidados para o
casamento de Peleu, rei de Tessália, com a bela ninfa marítima Tétis. Mas Éris
apareceu mesmo sem ser convidada e resolveu vingar-se pela desconsideração. Ela
interrompeu as festividades atirando uma maçã de ouro onde estava gravado “para
a mais bela” entre as convidadas reunidas.A maçã rolou pelo chão e foi
imediatamente reivindicada por Hera, Atena e Afrodite. Cada uma sentiu que a
maçã era legítima e merecidamente sua. Elas não podiam, certamente, decidir
entre si qual era a mais bonita, portanto apelaram pela decisão de Zeus. Ele
recusou fazer a escolha, e as enviou ao pastor Páris, um mortal que sabia
apreciar as mulheres bonitas; ele seria o juiz.As três Deusas encontraram Páris
vivendo a vida bucólica com uma ninfa dos montes nos declives do monte Ida.
Sucessivamente, cada uma das três bonitas Deusas esforçaram-se para influenciar
sua decisão com um suborno.Hera ofereceu-lhe poder sobre os reinos da Ásia se
ele lhe concedesse a maçã. Atenas prometeu-lhe vitória em todas as batalhas.
Afrodite ofereceu-lhe a mulher mais bonita do mundo. Sem hesitação Páris
declarou Afrodite a mais bela, e ofereceu-lhe a maçã de ouro, incorrendo
portanto no ódio eterno de Hera e Atenas. O Destino acabou selando o amor que
já havia sido despertado entre Páris e Helena. Mas, ao optar pela beleza e o
amor, não só rechaçou a maternidade, a castidade, mas também perdeu a proteção
de Hera e Atena, que acabaram ajudando os gregos.
Afrodite
chegou à Grécia vinda do Chipre e, antes disso, desde Mesopotâmia. Era
portanto, uma Deusa muito antiga, tão antiga como o tempo, entretanto, no Monte
Olimpo era uma divindade de aparição recente, cujo papel havia sido reduzido,
pois sua esfera de atuação era tão somente as paixões humanas. As divindades
anteriores tem maior transcendência: tendem a ser deidades que realizam todo
tipo de obra. Porém quando é esculpida e pintada com seus animais e pássaros,
os golfinhos, o bode macho, o ganso, o cisne e a pomba, pode-se vislumbrar
claramente sua antiga linhagem. Como Deusa do mar, se desliza por cima das
ondas sobre o lombo dos delfins; como Deusa dos animais, faz com que o desejo
os impulsione, atraindo-os entre si; como Deusa da terra em seu aspecto fértil,
através da chuva reúne o céu e a terra, e faz com que as sementes da terra
úmidas brotem raízes raízes e folhas.Como Deusa do céu, viaja pelo ar em
carruagens de cisnes e gansos, e se senta sobre um trono de cisnes.Afrodite
rege o céu, a terra, as ondas e a todas as criaturas vivas. “Foi ela que deu o
germe das plantas e das árvores, foi ela que reuniu nos laços da sociedade os
primeiros homens, espíritos ferozes e bárbaros, foi ela que ensinou a cada ser
a unir-se a uma companheira. Foi ela que nos proporcionou as inúmeras espécies
de aves e a multiplicação dos rebanhos. O carneiro furioso luta, às chifradas,
com o carneiro. Mas teme ferir a ovelha. O touro cujos longos mugidos faziam
ecoar os vales e os bosques abandona a ferocidade, quando vê a novilha. O mesmo
poder sustenta tudo quanto vive sob os amplos mares e povoa as águas de peixes
sem conta. Vênus foi a primeira em despojar os homens do aspecto feroz que lhes
era peculiar. Dela foi que nos vieram o atavio e o cuidado do próprio corpo.”
(Ovídio).Igual a Inanna-Isthar, Afrodite encarnava a estrela mais brilhante do
céu, a estrela da manhã e do entardecer que chamamos por seu nome romano,
Vênus. O templo micênico chipriota do século XII a. C. consagrado a Afrodite
estava decorado com uma estrela e com uma lua crescente e também com a pomba.No
século IV a.C., a filosofia platônica distinguiu entre uma Afrodite Celeste e
uma terrena com a finalidade de expressar os distintos tipos e intensidades do
amor. Através disso se queria reconhecer a amplitude de seu domínio, porém
também se separava aquilo para cuja união ela existe. A figura da Afrodite
Urania, Afrodite celeste, inspirava a possibilidade de um amor global e incluía
a paixão pelas idéias e sugeria a paixão da alma onde quer que estivesse.Afrodite
Pandemo, literalmente Afrodite do povo, põe em relação à toda humanidade
através do vínculo comum da natureza: era a imagem de um tipo de amor mais
terreno e direto no qual todos podem tomar parte.
Essa
expressão de Afrodite também implicava o ritual da “prostituição” sagrada do
templo, um serviço que se oferecia sem pedir nada em troca, em nome da Deusa e
sempre provocava longas filas. O animal de Afrodite que representava esse
aspecto é o bode macho, conhecido por sua natureza amorosa.Em todos os mitos
gregos que versam sobre ela, Afrodite “nasceu” no Chipre, de onde os micênicos
também emigraram. Fenícia só se distância 96 Km no ponto mais longínquo, ou
seja, um dia de viagem de barco à vela. No segundo milênio a.C., os fenícios se
estenderam ao longo da costa da Palestina, comercializando suas tintas púrpura
e seus tecidos, e também trocando crenças e costumes. Chifre foi um ponto de
encontro de muitas tradições diferentes: fenícia, frígia, micênica, entre
outras. Os aqueus micênicos chegaram à Chifre já no século XII a.C., e
construíram em Pafos um templo monumental à Afrodite que foi uma das maravilhas
do mundo antigo. Essas tradições diferentes se mesclaram para criar uma figura
que não era simplesmente a versão grega do antigo mito e sim uma imagem
totalmente nova de vida. Entretanto, a imagem comum a todas essas culturas é a
pomba: consagrada à Afrodite como foi à Inanna-Isthar. A pomba é na tradição
cristã a imagem da união por excelência que representa o aspecto feminino
ausente na divindade. Essa expressão é significativa se recordarmos o domínio
de Afrodite sobre o céu e a terra e seu papel de mediadora entre eles; a pomba
é o Espírito Santo que coloca em relação a humanidade com a deidade.
AMORES
DE AFRODITE
Na
mitologia tardia, Afrodite estava casada com Hefesto, o coxo, o deus que como o
vulcão, produzia o fogo nas profundezas da terra. É filho de Hera que, como
deus ferreiro, forjava os relâmpagos para Zeus. Conta-se que seu pai, Zeus, a
entregou como esposa à Hefesto, para castigar o seu orgulho. A Deusa aceitou,
pensando que o deus ferreiro seria fácil de contentar. São inumeráveis os
episódios que a relacionam com relações amorosas infiéis.A relação adúltera de
Afrodite com Ares, o deus da guerra, alternadamente valente e covarde, porém
sempre indisciplinado, foi descoberta por Hefesto.
Com
Ares, a Deusa teve três filhos: uma filha, Harmonia e dois filhos, Deimos
(Terror) e Fóbos (Medo). A união entre estes dois deuses, o amor e a guerra,
são duas paixões incontroláveis, as quais se em perfeito equilíbrio, poderiam
estabelecer a harmonia.Afrodite também uniu-se a Hermes e dessa união nasceu um
deus Hermafrodito, que herdou a beleza de ambos os pais, trouxe igualmente
consigo seus nomes, e teve as características sexuais de ambos. Como um
símbolo, este deus pode representar a bissexualidade ou a androginia.Com
Dionísio procriou a Príapo, um feio menino de grandes genitais.
Eros
(Cupido), deus do amor, foi o filho mais famoso de Afrodite. Armado com seu
arco, desfechava as setas do desejo no coração dos deuses e dos homens.
Entretanto, mitos posteriores descrevem-no como filho ilegítimo de Afrodite.
Com o tempo, passou a ter sua força diminuída e o que hoje conhecemos dele é a
representação sob a forma de um bebê de fraldas com um arco e flechas,
conhecido com o nome de Cupido.
Carl
Jung definiu Eros como a capacidade de relacionar-se, a qualidade de ligar-se
aos outros. Segundo Hesíodo, Eros foi a força fundamental da criação, presente
antes dos titãs e dos deuses olímpicos.
SEUS
AMORES MORTAIS
Sob
o nome romano de Vênus, viu Anquines cuidando de seu gado em uma certa
montanha, enamorou-se . Fingindo ser uma jovem muito linda, arrancou fervorosa
paixão dele. Mais tarde, revelou sua real identidade e contou que concebera um
filho, o piedoso Enéias, que foi o lendário fundador de Roma.Os romanos
consideravam Vênus sua mãe ancestral e a cidade de Veneza recebeu este nome em
sua homenagem.
A
IRA DA DEUSA
Embora
seja considerada a Deusa do Amor, Afrodite não foi muito amável com seus adversários,
sendo muito vingativa e impiedosa nas suas vinganças. Para punir o deus Sol
(Apolo) da indiscrição de haver advertido Hefesto do seu adultério com Ares,
tornou-o infeliz em quase todos os amores. Perseguiu-o mesmo pelas armas, até
os seus descendentes. Castigou da mesma maneira, a musa Clio, que havia
censurado o seu amor por Adonis.Fedra foi outra vítima do poder de Afrodite.
Era a madrasta de má sorte de Hipólito, jovem elegante que tinha se dedicado a
Ártemis e a uma vida de celibato. Afrodite usou Fedra como instrumento de seu
descontentamento com Hipólito, que se recusou honrar a Deusa do amor ou seus
ritos. Afrodite motivou Fedra a apaixonar-se perdidamente por seu enteado.No
mito, Fedra tentou resistir à paixão, lutou contra seu desejo ilícito e ficou
doente. Finalmente, uma criada descobriu a causa de sua miséria, e aproximou o
jovem em favor dela. Ele ficou tão insultado e horrorizado diante da sugestão
de ter um romance com sua madrasta que irrompeu num discurso longo e alto, que
ela pode ouvi-lo.Humilhada, Fedra se enforcou, deixando uma nota suicida
acusando falsamente Hipólito de tê-la estuprado. Quando seu pai Teseu retornou
para encontrar sua esposa morta e a nota, chamou Poseidon, deus do mar, para
matar o filho. Enquanto Hipólito dirigia sua carruagem pela praia, Poseidon
enviou enormes ondas e um monstro marinho para amedrontar os cavalos. A
carruagem tombou e Hipólito foi levado de rastos até a morte. Dessa forma
Afrodite se vingou, às custas de Fedra.
ADONIS,
O FILHO-AMANTE DE AFRODITE
Adonis
nasceu de uma árvore de mirra, segundo conta uma lenda. Ele era filho de uma
relação incestuosa de Mirra e seu pai, Ciniras, rei de Pafos. De acordo com uma
versão dessa história, a própria Afrodite teria motivado essa paixão
proibida pelos seguintes motivos: porque a mãe de Mirra teria negligenciado
venerar Afrodite. De qualquer forma, ela se aproximou do pai disfarçada e no
escuro, e se tornou sua amante secreta. Depois de diversos encontros
clandestinos, ele descobriu que a tal mulher era a sua própria filha. Tomado de
horror e de repugnância, induzido pela necessidade de puni-la, ele tentou
matá-la. Grávida e desesperada e ainda,quando seu pai estava a ponto de
alcançá-la, orou aos deuses para que a salvassem.Por ordem divina, para protegê-la
da ira do pai, pois ela foi transformada em uma árvore de mirra, de modo, que
sua gravidez se converteu na gravidez da árvore. Dez meses depois, a árvore se
abriu e Adonis nasceu. Ele é portanto, meio-humano e meio-divino.Tão belo era o
bebê que Afrodite o ocultou em um baú e o deu a Perséfone para que o cuidasse.
Porém, quando a Deusa o vê, decide ficar com ele, enquanto que Afrodite decide
que o quer de volta. Afrodite apelou então para Zeus, que julgando as
exigências, permite que Adonis passe parte do ano com Perséfone e a outra parte
com Afrodite.Adonis cresceu e se transformou num lindo rapaz, amado e protegido
por Afrodite. Porém um dia, contra seu conselho, foi caçar um javali selvagem e
por circunstâncias do destino é morto pelo animal. Afrodite escuta seus gemidos
e vai buscá-lo com sua carruagem puxada por aves, porém já o encontra sem vida
e ensangüentado. O sangue era tão brilhante que a Deusa o transforma em uma
flor, a anêmona, que cresce na primavera nas ladeiras das colinas.Adonis, como
deus da vegetação, do trigo e de todas as formas de vida visíveis, que crescem
e morrem, deve morrer para que tudo viva, do mesmo modo que Osíris e Atis (há
um javali que também o mata em certos relatos). O javali encarna o aspecto
masculino da Grande Mãe. A Deusa sacrifica o amante para que possa renascer
como filho e o filho-amante deve aceitar a morte, porque é a imagem do ser
encarnado que, como a semente, regressa à fonte que o originou; enquanto a
Deusa, aqui o princípio contínuo da vida, permanece para produzir novas formas
a partir de seu inesgotável depósito.Em rituais anuais que se acompanhava a
essa cerimônia, celebrada durante o verão na Grécia e Alexandria, e na
primavera na Síria, se carregava pelas ruas efígies de Adonis e, em certas
ocasiões, também de Afrodite. Em seguida, entre prantos e lamentos, Adonis era
jogado no rio ou no mar.Afrodite é uma divindade da Lua Cheia, a qual sustenta
e nutre a vida. Seus poderes são maduros, cheios de vida e poderosos, mas ela
também protege ferrenhamente tudo aquilo que cria. Por simbolizar o amor e a
fertilidade, seus símbolos são as vacas, cervos, cabras, ovelhas, pombas e
abelhas.A Deusa presidia ainda, os casamentos, os nascimentos, mas
particularmente à galanteria.Quando uma mulher apaixona-se por alguém e é
correspondida, obtemos a personificação do arquétipo de Afrodite. Incorporando
um corpo mortal, a deusa do amor se sente atraente e sensual, tornando-se desse
modo, irresistível.
Quando
Afrodite está ativa e presente em nosso íntimo, um magnetismo pessoal nos induz
a caminhar em um campo eroticamente carregado de intensa percepção sexual. Nos
tornamos mais “quentes”, atraentes e vibrantes. Há uma magia no ar e um estado
de encantamento e louca paixão é evocado.É a energia sutil de Afrodite que nos
faz ver o mundo não como algo codificado, mas sim, se apresentando com uma
fisionomia, um rosto, revelando sua imagem interior. É só através dos olhos de
Afrodite que vislumbramos o mundo nas suas diversas e infindáveis cores,
cheiros, sabores, sons…
Perder
esta Deusa é morrer no deserto árido, seco, sem cor, sem vida. Afrodite é uma
necessidade imperativa. Ela é a Beleza e a Deusa Dourada que nos sorri. É
somente através dela que os outros deuses se manifestam e deixam de ser meras
abstrações teológicas.Se o mundo é tão belo, por que não sofisticarmos nossa
percepção? Perceber é o modo de conhecer o mundo e, a nossa deusa Afrodite é
pura sedução e nos revela a nudez das coisas, de modo a nos mostrar a sua
imaginação sensual.
AFRODITE
E A LÍNGUA DAS FLORES
As
flores sempre foram associadas a todas as deusas do amor e beleza, pois elas
representam a sexualidade da natureza. Elas representam os órgãos sexuais mais
belos que conhecemos. A associação simbólica das flores e os órgãos sexuais de
uma mulher está em sua natureza delicada, na maneira pela qual brota, floresce
e abre-se, fazendo-se vulnerável para a polinização e fertilização com outras.
É exatamente este o motivo pelo qual as flores são o presente mais comum
ofertado entre amantes, pois simboliza a beleza da sexualidade humana.
As
principais flores associadas com Afrodite são: a rosa vermelha, o jasmim, a
orquídea, papoulas e o hibisco.
Afrodite
é a Deusa das pombas, dos cisnes, das rosas, das maçãs e de todas as coisas
graciosas e criativas. Você está passando por algum trauma momentâneo? Ou você
não se considera bonita o bastante? Pois Afrodite chega em nossas vidas para
nos ensinar a dança do amor. Nos fará recuperar o respeito próprio e aprenderemos
a nos aceitar como realmente somos. Toda a mulher que deseja buscar a
consciência perdida de Afrodite precisa começar a amar e acalentar o seu corpo,
tal como ele é. E, os homens também, precisam parar de comparar toda a mulher
com um retrato interior imaginário e inatingível que trazem dentro de si.O
primeiro passo para explorar este domínio perdido é através da dança. Dance em
sua casa ou saia para dançar, este é um dos melhores remédios para nos
aceitarmos e nos conhecermos melhor. Quando estamos em harmonia com nosso corpo
um grande milagre se opera: começamos a sentir verdadeiramente. Há uma espécie
de derretimento de defesas interiores e uma abertura se concretiza, liberando
uma sensibilidade à disposições e atmosferas mais sutis.Afrodite nos
presenteará com um carisma magnético que nos permitirá expressar-nos por
inteiro. Vale a pena tentar.
E-mail: apocalipsedosanjos@hotmail.com
Twitter: @Noitedoanjo
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