Hoje no mundo inteiro, divindades de diferentes panteões são cultuadas na Wicca.
Existem inúmeras tradições que trabalham com Deuses que vão desde o panteão egípcio até chinês, enquanto outras trabalham com um único panteão todo o tempo. Tudo varia de acordo com a Tradição que se segue.
Não é impossível trabalhar com Deuses Africanos na Arte, desde que isso seja aceito por sua Tradição e eles sejam inseridos em um contexto de culto Wiccaniano.
O que ocorre aqui é que nos encontramos em um dilema do entendimento da Religião Wicca e somente o bom senso pode nos levar ao não erro.
Por um lado a Wicca é uma religião que resgata o culto à Deuses antigos e esquecidos, cujo culto foi quase ou praticamente extinto. Os Deuses africanos possuem ainda seus sacerdotes, sua liturgia, sua religiosidade praticamente intacta.
Em contrapartida a isto, é de comum senso entre os Bruxos cultuar os Deuses de sua Terra e aqueles que fizeram de nossa Terra a sua morada e nesta categoria entram os Deuses africanos.
Deuses são arquétipos. Quando eu estou trabalhando com a energia do amor eu posso utilizar uma Deusa de qualquer panteão que represente o arquétipo do amor. Ela pode ser Afrodite, Frigg, Hathor, Vênus, Inanna, Oxum e por ai vai.....
Se eu fizer um ritual wiccaniano para Oxum pedindo amor, tudo bem, não tem nada demais nisso, pois estou apenas usando o nome, o conceito, o arquétipo que esta divindade representa.
Agora, se eu fizer um ritual para Oxum, mas nele tocar atabaque, fazer uma oferenda de omolocum(uma comida feita com feijão fradinho, alimento sagrado de Oxum no Candomblé), incorporar Oxum durante o decorrer do ritual ai reside o problema por que eu não estarei praticando Wicca e sim a maior Wiccumba. Aliás como muito bem lembrou o Mário, tá cheio de gente fazendo isso por ai e se passando por grande Bruxa(o).
Acredito que quem quiser trabalhar com Deuses Africanos assim pode proceder, desde que esqueça TOTALMENTE todo o misticismo e aura que a religião Afro-brasileira criou ao redor destes Deuses durante tanto tempo. Isso significa que se vc quer fazer um ritual para Iyemanjá, precisa esquecer aquela estátua linda- porém completamente infiel a realidade- de uma mulher de longos cabelos, alva como a neve, com pérolas caindo de sua mão, vestida de azul ou que você é filha de Iyemanjá por que o Caboclo "Treme-Treme" disse que assim era...e por ai vai....
Arquetipicamente falando, Iyemanjá é o poder fertilizador e germinador da água, um arquétipo muito antigo da Deusa Mãe como a Criadora de tudo, o início do mundo, o mar primordial do qual surgiram tudo e todos. Seus peixes simbolizam o embrião e as infinitas possibilidades da água que gera. Como o mar ela é a fluidez e constante renovação, a grande força geradora feminina, o princípio de tudo. Iyemanjá é tanto o mar que alimenta, quanto devora. Ela é a profundeza do inconsciente e tudo o que é cíclico.
Se vc vê Iyemanjá assim, de uma forma totalmente desvinculada dos estigmas da religiosidade Afro-brasileira, ótimo, você está apto à trabalhar com ela wiccanianamente falando. Se não, ESQUEÇA, por que você não estará querendo trabalhar com a Deusa em sua face de Criadora, germinadora mas sim com a Iyemanjá que você conheceu lá no Candomblé ou Umbanda, uma Iyemanjá inexistente dentro dos conceitos e padrões Wiccanianos de Divindades.
Preste bem atenção. O que você quer? Praticar Wicca utilizando o conceito arquetípico de uma Deusa ou Deus africano ou fazer uma mistureba entre a religiosidade afro-brasileira e a Arte e chamar isso de Wicca?
Atente-se por que se não você correrá um grande risco de não ser fiel a religião que escolheu e se for assim é melhor procurar uma boa roça de candomblé e se iniciar nos mistérios daquela religião.
Existem inúmeras tradições que trabalham com Deuses que vão desde o panteão egípcio até chinês, enquanto outras trabalham com um único panteão todo o tempo. Tudo varia de acordo com a Tradição que se segue.
Não é impossível trabalhar com Deuses Africanos na Arte, desde que isso seja aceito por sua Tradição e eles sejam inseridos em um contexto de culto Wiccaniano.
O que ocorre aqui é que nos encontramos em um dilema do entendimento da Religião Wicca e somente o bom senso pode nos levar ao não erro.
Por um lado a Wicca é uma religião que resgata o culto à Deuses antigos e esquecidos, cujo culto foi quase ou praticamente extinto. Os Deuses africanos possuem ainda seus sacerdotes, sua liturgia, sua religiosidade praticamente intacta.
Em contrapartida a isto, é de comum senso entre os Bruxos cultuar os Deuses de sua Terra e aqueles que fizeram de nossa Terra a sua morada e nesta categoria entram os Deuses africanos.
Deuses são arquétipos. Quando eu estou trabalhando com a energia do amor eu posso utilizar uma Deusa de qualquer panteão que represente o arquétipo do amor. Ela pode ser Afrodite, Frigg, Hathor, Vênus, Inanna, Oxum e por ai vai.....
Se eu fizer um ritual wiccaniano para Oxum pedindo amor, tudo bem, não tem nada demais nisso, pois estou apenas usando o nome, o conceito, o arquétipo que esta divindade representa.
Agora, se eu fizer um ritual para Oxum, mas nele tocar atabaque, fazer uma oferenda de omolocum(uma comida feita com feijão fradinho, alimento sagrado de Oxum no Candomblé), incorporar Oxum durante o decorrer do ritual ai reside o problema por que eu não estarei praticando Wicca e sim a maior Wiccumba. Aliás como muito bem lembrou o Mário, tá cheio de gente fazendo isso por ai e se passando por grande Bruxa(o).
Acredito que quem quiser trabalhar com Deuses Africanos assim pode proceder, desde que esqueça TOTALMENTE todo o misticismo e aura que a religião Afro-brasileira criou ao redor destes Deuses durante tanto tempo. Isso significa que se vc quer fazer um ritual para Iyemanjá, precisa esquecer aquela estátua linda- porém completamente infiel a realidade- de uma mulher de longos cabelos, alva como a neve, com pérolas caindo de sua mão, vestida de azul ou que você é filha de Iyemanjá por que o Caboclo "Treme-Treme" disse que assim era...e por ai vai....
Arquetipicamente falando, Iyemanjá é o poder fertilizador e germinador da água, um arquétipo muito antigo da Deusa Mãe como a Criadora de tudo, o início do mundo, o mar primordial do qual surgiram tudo e todos. Seus peixes simbolizam o embrião e as infinitas possibilidades da água que gera. Como o mar ela é a fluidez e constante renovação, a grande força geradora feminina, o princípio de tudo. Iyemanjá é tanto o mar que alimenta, quanto devora. Ela é a profundeza do inconsciente e tudo o que é cíclico.
Se vc vê Iyemanjá assim, de uma forma totalmente desvinculada dos estigmas da religiosidade Afro-brasileira, ótimo, você está apto à trabalhar com ela wiccanianamente falando. Se não, ESQUEÇA, por que você não estará querendo trabalhar com a Deusa em sua face de Criadora, germinadora mas sim com a Iyemanjá que você conheceu lá no Candomblé ou Umbanda, uma Iyemanjá inexistente dentro dos conceitos e padrões Wiccanianos de Divindades.
Preste bem atenção. O que você quer? Praticar Wicca utilizando o conceito arquetípico de uma Deusa ou Deus africano ou fazer uma mistureba entre a religiosidade afro-brasileira e a Arte e chamar isso de Wicca?
Atente-se por que se não você correrá um grande risco de não ser fiel a religião que escolheu e se for assim é melhor procurar uma boa roça de candomblé e se iniciar nos mistérios daquela religião.
E-mail: apocalipsedosanjos@hotmail.com
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