Esses livros são tudo aquilo
que um curioso de plantão espera. Códigos indecifráveis, verdades
universais desconhecidas, contos sinistros que rodeiam sua origem… pena que nem
todos estão para o acesso do público. Confira:
10.
EMUNA ELISH
Para quem não sabe, os
sumerios foram a primeira civilização da História. A base da nossa sociedade
foi dada por eles. Emuna Elish, talvez o primeiro livro do mundo, foi
descoberto por Austen Henry Layard em 1849 (em forma fragmentada) nas
ruínas da Biblioteca de Assurbanipal em Nínive (Mossul, Iraque),
e publicado por George Smith em 1876.
O Enûma Eliš tem
cerca de mil linhas escritas em babilônico antigo sobre sete tábuas
de argila, cada uma com cerca de 115 a 170 linhas de texto. A maior parte
do Tablete V nunca foi recuperado, mas com exceção desta lacuna o texto está
quase completo. Uma cópia duplicada do Tablete V foi encontrada
em Sultantepe, antiga Huzirina, localizada perto da moderna cidade
de ?anl?urfa na Turquia. O unico “probleminha” é a tradução da
escrita sumeria, que nem sempre é possível, deixando lacunas em alguns textos.
Este épico é uma das fontes
mais importantes para a compreensão da cosmovisão babilônica, centrada na
supremacia de Marduk e da criação da humanidade para o serviço
dos deuses. Seu principal propósito original, no entanto, não é uma
exposição de teologia ou teogonia, mas a elevação de Marduk, o deus
chefe da Babilônia, acima de outros deuses da Mesopotâmia.
O Enûma
Eliš possui várias cópias na Babilônia e Assíria. A versão da biblioteca
de Assurbanipal data do 7º século a.C. A composição do texto, provavelmente,
remonta a Idade do Bronze, nos tempos de Hamurabi ou talvez o início
da Era Cassita (cerca de 18 a 16 séculos a.C.), embora alguns estudiosos
favoreçam uma data posterior a ca. 1100 a.C.
O que mais impressiona nesse
livro é a descrição de aparatos, descrito pelo autor como “objeto dos deuses”
que mais pareciam com nossos atuais aviões. Sem contar, claro, que boa parte
dos livros sagrados que conhecemos parecem ter sido plágiadas dos escritos
sumérios , entre eles , a Biblia e o seu Gênesis que é extremamente
semelhante ao Emuna Elish.
São várias as similiridades
entre a história da criação no Enuma Elish e a história da criação no
Livro do Génesis. O Génesis descreve seis dias de criação, seguido de um dia de
descanso, enquanto que o Enuma Elish descreve a criação de seis
deuses e um dia de descanso. Em ambos a criação é feita pela mesma ordem,
começando na Luz e acabando no Homem. A deusa Tiamat é comparável ao Oceano no
Génesis, sendo que a palavra hebraica para oceano tem a mesma
raiz etimológica que Tiamat.
Estas semelhanças levaram a
que muitos estudiosos tivessem chegado à conclusão que ou ambos os relatos
partilham a mesma origem, ou então uma delas é uma versão transformada da
outra.
9.
OS LIVROS DO DESTINO
Eram os últimos anos do
século 6 a.C. quando uma viajante entrou pelos portões de Roma e pediu uma
audiência com Tarquínio, governante da cidade. A estrangeira trazia 9 livros
que continham “revelações divinas”. Pediu 300 peças de ouro pelo lote,
provavelmente escrito em folhas de palmeira ou papiro, já que não havia
pergaminhos na época. Tarquínio recusou. Irritada, a desconhecida queimou 3
livros e ofereceu os restantes pelo mesmo preço. Proposta negada, ela destruiu
outras 3 obras e repetiu a pedida. Impressionado, Tarquínio consultou seus
sacerdotes e comprou os livros sobreviventes. Em seguida encerrou os volumes
numa cripta subterrânea sob o Templo de Júpiter Capitolino – o mais importante
da cidade.
Esse relato foi narrado por diversos historiadores antigos. Lactâncio, que
viveu no século 3 d.C., afirmou que a desconhecida era Sibila de Cumas,
sacerdotisa do deus Apolo, que tinha o dom da clarividência. Seus livros
estariam repletos de profecias. Hoje, sabe-se que a maior parte da história não
passa de lenda. O que não resolve o mistério. Por exemplo: havia, de fato, uma
coleção de obras misteriosas nos subterrâneos do Templo de Júpiter. Era
conhecida como Libri Fatales, os “Livros do Destino”, ou Libri Sibillini, os
“Livros da Sibila”.
Escritos em grego, os volumes só podiam ser manuseados por sacerdotes
conhecidos como quindecemviri, ou “os quinze homens”, e sob ordem expressa do
Senado. Revelar seu conteúdo rendia a pena de morte. Os livros eram consultados
sempre que uma calamidade se aproximava. Interpretando os versos, os sacerdotes
encontravam a solução para o problema e prescreviam construções de templos,
orações ou sacrifícios humanos. A enigmática coleção foi destruída em 83 a.C.,
quando o Templo de Júpiter ardeu em chamas. De seu conteúdo, restaram apenas
alguns poucos versos.
A origem dos Libri até hoje intriga historiadores. Para o francês Raymond
Bloch, as obras foram escritas pelos etruscos – povo que habitava a Itália
antes de Roma ser fundada – e traduzidas para o grego. Há quem opine que tudo
não passava de embuste. “Os livros podem ter sido forjados pelo próprio
Tarquínio, que usaria as profecias para justificar suas decisões”, escreveu a
espanhola Concha de Salamanca no Dicionário del Mundo Clásico.
A história dos Libri não acabou com o incêndio do templo. Até o século 4,
escritores forjaram cópias da coleção para propagandear o cristianismo: os
versos traziam previsões, “escritas séculos antes do nascimento de Jesus”, que
falavam sobre a vinda do Messias. As farsas circularam pela Europa durante
séculos e foram reunidas num único volume pelo editor Servatius Gallaeus, na
Holanda. Isso em1689.
8.
DELÍRIOS DE SÃO TOMÁS
Um casal de gêmeos siameses
é embalado por um pássaro azul gigante. Enquanto isso, dois cavaleiros cruzam
lanças montados em feras monstruosas: o primeiro usa um elmo feito de raios de
sol, o segundo tem 3 rostos semelhantes às fases lunares. Mais adiante, uma
criança nua, com a cabeça estraçalhada, arranca pedaços do tórax e os oferece a
um companheiro. Sob as asas negras de um corvo, um macaco sorridente toca
violino.
Não, leitor, essas cenas não estão em um quadro de Salvador Dali. As imagens
acima fazem parte dos tesouros gráficos do Aurora Consurgens – em latim,
“Aurora que Surge”, escrito entre os séculos 13 e 15, um dos livros mais
obscuros da Idade Média. Grande parte do seu mistério gira em torno do nome do
autor. De acordo com tradições medievais, esse seria o último livro escrito por
são Tomás de Aquino, um dos maiores pensadores do cristianismo.
Considerado incompreensível pela maioria dos estudiosos, Aurora pertence a um
gênero há muito desaparecido: o tratado alquímico. A alquimia era uma espécie
de ciência primitiva, que misturava química, filosofia, astrologia e
misticismo. Seus praticantes dedicavam-se a uma tarefa digna de contos
fantásticos: encontrar a fórmula da “pedra filosofal”, substância capaz de
converter metais em ouro e de prolongar a vida. As imagens podem ser vistas
como metáforas para os processos de transformação – um animal macho e um animal
fêmea juntos, por exemplo, poderiam simbolizar a união do enxofre com o
mercúrio, substâncias que os alquimistas consideravam opostas.
Durante centenas de anos, o Aurora foi uma das obras mais raras do mundo
ocidental. Suas cópias limitavam-se a manuscritos esparsos. Até que no início
do século 20 uma reprodução foi casualmente descoberta por um bibliófilo
famoso: o psicólogo suíço Carl J. Jung, que ficou hipnotizado pelas imagens
fantasmagóricas e interpretou os símbolos alquímicos do Aurora como alegorias
do inconsciente humano. Jung levava a sério a versão que atribuía a obra a são
Tomás. Para ele, o livro era uma transcrição das últimas palavras do filósofo,
pronunciadas em seu leito de morte no mosteiro de Santa Maria della
Fossa-Nuova, na Itália. A hipótese é apoiada nos relatos de alguns biógrafos
que afirmam que o santo morreu em estado de perturbação mental, assombrado por
delírios místicos e visões do além. “À primeira vista, o Aurora parece um texto
esquizofrênico, com múltiplos sentidos divergentes”, diz Gelson Luis Roberto,
presidente do Instituto Junguiano do Rio Grande do Sul. “Mas um olhar mais
cuidadoso revela que, talvez, trate-se dos últimos estertores de uma mente
brilhante.”
7.
O ENIGMA DE VENEZA
Os livros impressos no
século 15 são conhecidos como incunabula – de incunabulum, em latim, “berço” ou
“princípio”. Raros, frágeis e belos, são objeto de desejo de qualquer
bibliófilo. Em dezembro de 1499, chegou às estantes de Veneza um dos incunabula
mais estranhos e controvertidos. A obra tem biografia tão intrigante quanto o
título da capa: Hypnerotomachia Poliphili, que numa tradução aproximada do
grego significa “A Luta Amorosa de Poliphilo em um Sonho”. A autoria é desconhecida
– apenas o editor é conhecido: Aldus Manutius, o primeiro impressor
profissional da Itália.
O Hypnerotomachia tem uma característica célebre: as magníficas ilustrações em
litogravura. “O livro representa uma revolução na história da tipografia. É uma
obra de arte”, diz o empresário e bibliófilo José Mindlin, um dos poucos
sul-americanos que contam com um exemplar na prateleira. Mas o que fez mesmo a
fama do livro é o fato de ser um dos mais complicados de todos os tempos.
Escrito numa mistura de latim, italiano, grego, hebraico, árabe e imitações de
hieróglifos egípcios, a narrativa mistura pesadelos sanguinolentos, aventuras
intricadas e devaneios eróticos, entremeados por comentários sobre literatura,
arte e música. O enredo é um labirinto: durante um sonho, Poliphilo parte em
busca de sua amada, Polia, atravessando bosques, ruínas e cidades bizarras.
Nesse cenário delirante, depara com deuses, ninfas e dragões. Um texto do
século 16 sugeriu que a narrativa obscura e as ilustrações enigmáticas eram partes
de um código alquímico. No best seller O Enigma do Quatro, publicado no Brasil
em 2005, os autores tentam encontrar significados ocultos nos jogos de palavras
do livro. Sobre a misteriosa identidade do autor, existem apenas pistas. Por
exemplo: alinhadas, as letras iniciais de cada um dos 38 capítulos formam a
frase “Poliam Frater Franciscus Colonna Peramavit” – em latim, “O irmão
Francisco Colona amava Polia loucamente”. Sabe-se que na época havia dois
Franciscos Colonna: um aristocrata romano e um monge dominicano – este, o maior
suspeito. De acordo com os anais dominicanos, por volta de 1500 ele solicitou
um empréstimo para ajudar na publicação de um livro. Na década de 1990, a
estudiosa francesa Liane Lefaivre sugeriu nova hipótese: o autor seria Leon
Battista Alberti, espécie de artista multimídia do Renascimento, que era
pintor, músico, arquiteto, filósofo, poeta e lingüista. Com um currículo desse
calibre, Alberti bem que poderia ter escrito o livro mais complicado da
literatura ocidental.
6.
O DOUTOR FANTÁSTICO
A aura de mistério que cerca
os Libri Fatales ou o Aurora Consurgens é alimentada pelo anonimato. Já as
Opera Omnia Paracelsi (“Obras Completas de Paracelso”) entraram para o panteão
dos enigmas pelo motivo oposto: as lendas e controvérsias que cercam a figura
de seu autor. O suíço Theophrastus Philipus Aureolus Bombastus, mais conhecido
como Paracelso, é um dos autores mais esquisitos na história. Era médico,
químico e astrólogo; baixinho, enfezado e beberrão. Viajou com uma pequena trouxa
de roupa pela França, Suécia, Rússia. Há quem diga que ele foi até a China, que
estudou os segredos dos sábios de Constantinopla.
Paracelso fez fama transcrevendo suas experiências. Para ele, o Universo tinha
demônios, espíritos e bruxas. Magia e ciência se cruzavam. E o mundo guardava
uma doutrina secreta, passada a cada geração por magos persas, sacerdotes
egípcios e alquimistas medievais, que ensinava a transformar metais, prever o
futuro e tratar doenças incuráveis. Os inimigos esbravejavam, mas não
conseguiam resolver a contradição: parecia inexplicável que a ciência maluca de
Paracelso funcionasse tão bem – ele conseguia curar mais gente do que seus
críticos.
A maior parte dos seus escritos foi reunida na coleção Omnia Opera, publicada
no século 16. Desde então, sua fama oscila de louco a visionário. “Ele é uma
figura controvertida, no limite entre a ciência e o obscurantismo”, diz Jorge
de Carvalho, antropólogo da Universidade Nacional de Brasília. Essa combinação
de cientista moderno e feiticeiro medieval ainda é um enigma – e as páginas de
seus tratados continuam tão intrigantes e perturbadoras quanto 5 séculos atrás.
5.
A SAGA: OPERAÇÃO CAVALO DE TRÓIA
Quando chegou na livraria,
esse livro apesar de muito bom, foi classificado como ficção e não obteve um
sucesso imediato. Bom, isso até o autor J.J.Benitez decidir dar umas
entrevistas para divulgar o livro. Nessas entrevistas, provavelmente num golpe
de marketing genial, Benitez afirmou que o livro era baseado em fatos reais.
Pronto, explodiu, virou best-seller. O fato ganhou força quando os
críticos literários começaram a falar que ou o livro era cópia de algum
manuscrito, tamanha era o grau descritivo contido ali
ou estávamos perante um relato verdadeiro (ao subestimar Benitez,
dizem que ele não era capaz de escrever o livro, eles ajudaram a promover ainda
mais).
Em resumo, Operação
Cavalo de Tróia é uma coletânea de dossiês divulgados em oito livros do
autor J. J. Benítez, que narra uma missão da Força Aérea dos Estados
Unidos na qual um módulo chamado “berço” é levado ao ‘passado’ com o propósito
de comprovar a existência de Jesus Cristo. A missão é chamada de Operação
Cavalo de Tróia, e como de costume das forças militares Norte Americanas, não
são revelados grandes detalhes dos métodos de física utilizados para a
‘reversão’, nada além de “novos conceitos da física quântica vindos da Europa”
é dito. Conceitos obviamente, sigilosos também.
Um major, de nome não
revelado, e um piloto voltam no tempo até a época de Jesus Cristo e
presenciam muitos fatos narrados na Bíblia. Na verdade a Biblia é tomada
como referência, uma vez que contém as datas e eventos da época. Fornecem,
também, dados da sociedade da época: costumes, leis (principalmente
as leis do judaismo), crenças (judaícas
e pagãs, geografia, ambiente, etc). O major, que durante a
viagem adota o nome de Jasão, é escolhido para a operação pelo seu ceticismo e
imparcialidade, mas quando encontra Jesus – o Mestre – é tocado profundamente
por sua mensagem e a narrativa ganha um tom delicado e humano.
Os detalhes da vida de
Jesus, assim como as conversas em que Ele fala abertamente sobre sua origem
divina e sobre o que é a sua missão na Terra, deixam claro que
a Igreja Católica teria passado longe da mensagem original. A diferença
entre os acontecimentos presenciados pelo Major e os narrados nos textos
sagrados é enorme, mas compreensível. Segundo as próprias observações da
personagem, os evangelistas nem sempre estavam presentes aos acontecimentos que
narraram anos depois e, mesmo quando estiveram, sua formação cultural não
permitia que compreendessem totalmente os acontecimentos.
Segundo esta obra, a
mensagem de Jesus fala de um Deus-pai – sempre bom e generoso. Um Deus que não
exige templos nem rituais (nem dizimo). Algo que precisa ser vivenciado
para ser compreendido, e que não pode ser comprovado, como desejavam os
militares (e a ciência).
4.
A FILOSOFIA DA VIAGEM NO TEMPO
A história de como esse
livro foi escrito é um tanto confusa e retrata a loucura de uma freira ou
talvez uma verdade desconhecida por todos (inclusive, Donnie Darko, um título
cult do cinema, foi inspirado nesse livro). O prefácio, datado de Outubro de
1944, é usado como agradecimento a seis freiras de Saint John, Alexandria –
Virgínia, pelo suporte que deram a Roberta Sparrow na decisão de escrever o
livro. Consciente de que a obra que escreveu poderia não ser apenas uma obra de
ficção, Roberta Sparrow pede ao destinatário do livro que, no caso de viver a
experiência por ela descrita, a procure, no caso de ainda se encontrar viva.
Esta passagem está claramente marcada no filme Donnie Darko, onde a “avó Morte”
verifica várias vezes a sua caixa de correio, na esperança perpétua de ter
recebido uma carta que confirme que o seu texto é não-fictício, antes que seja
tarde demais. Donnie acaba por escrever-lhe a tão desejada carta, estando
abaixo esta mesma na íntegra:
” Querida Roberta Sparrow,
Aproximei-me de si no seu livro e há tantas coisas que preciso perguntar-lhe.
Às vezes tenho medo do que possa dizer-me. Às vezes tenho medo que me diga que
isto não é uma obra de ficção. Só posso esperar que as respostas cheguem no meu
sono. Espero que quando o mundo acabar, eu possa respirar aliviado, porque
haverá tanto porque esperar…”
O prefácio do livro diz: “O
propósito deste pequeno livro é para ser usado como um guia direto e simples em
um momento de grande perigo. Eu rezo para que isto seja simplesmente uma obra
de ficção. Se não for, então eu rezo por você, o leitor deste livro. Se eu
ainda estiver viva quando os acontecimentos prenunciados nestas páginas
ocorrerem, então espero que você me encontre antes que seja tarde demais.”
Abaixo segue um resumo do
que é descrito no livro:
CAPÍTULO
I: UNIVERSO TANGENTE
o Universo Primário é tendencioso à grande caos . guerra, praga, fome e
desastres naturais são comuns . A morte vem para todos . a Quarta Dimensão do
Tempo é uma construção estável, porém não impenetrável . incidentes quando o
tecido da Quarta Dimensão se torna corrompido são incrivelmente raros . se um
Universo Tangente ocorrer, será altamente instável, se sustentando não mais do
que por algumas semanas . eventualmente vai colidir consigo próprio, formando
um buraco-negro junto ao Universo Primário capaz de destruir toda a existência
.
CAPÍTULO
II: ÁGUA E METAL
água e metal são os elementos da viagem no tempo . água é o elemento barreira
para a construção de Portais Temporais usados como portais entre os Universos no
Vortex Tangente . metal é o elemento transicional para a construção dos
Artefatos .
CAPÍTULO
IV: OS ARTEFATOS E OS VIVOS
quando um Universo Tangente ocorre, aqueles vivendo ao redor do Vortex vão se
encontrar no epicentro de um perigoso novo mundo . os Artefatos providenciam os
primeiros sinais de que um Universo Tangente ocorreu . se um Artefato ocorrer,
os Vivos vão recebê-lo com grande interesse e curiosidade . os Artefatos são
feitos de metal, assim como a flecha das antigas civilizações Maias, ou como a
espada de metal da Idade Média . Artefatos que retornaram ao Universo Primário
geralmente são conectados à iconografias religiosas, uma vez que sua aparição
na terra desafia a lógica e a razão . intervenção divina é tratada como a única
conclusão lógica para o aparecimento dos Artefatos .
CAPÍTULO
VI: RECEPTORES VIVOS
os Receptores Vivos são escolhidos para guiar os Artefatos em posição para a
jornada de retorno até o Universo Primário . não se sabe como ou porque o
Receptor será escolhido . o Receptor Vivo é abençoado com poderes
quadri-dimensionais . estes incluem super-força, telecinése, controle mental, e
a habilidade de conjurar fogo e água . o Receptor Vivo é constantemente
atormentado por sonhos aterrorizantes, visões e alucinações; durante seu tempo
no Universo Tangente . aqueles que rodeam o Receptor Vivo, conhecidos como
Manipulados, vão temê-lo e vão tentar destrui-lo .
CAPÍTULO
VII: OS MANIPULADOS VIVOS
os Manipulados Vivos geralmente são amigos próximos e vizinhos do Receptor Vivo
. estão expostos ao irracional, ao bizarro e ao comportamento violento . esse é
o infortúnio resultado de sua tarefa, que é ajudar o Receptor Vivo a enviar o
Artefato de volta ao Universo Primário . os Manipulados Vivos vão fazer de tudo
para se salvar do oblívio .
CAPÍTULO
X: OS MANIPULADOS MORTOS
os Manipulados Mortos são mais poderosos que o Receptor Vivo . Se uma pessoa
morre durante seu tempo no Universo Tangente, essa terá o poder de contactar o
Receptor através da Construção Quadri-Dimensional . A Construção
Quadri-Dimensional é feita de água . O Manipulado Morto irá manipular o
Receptor Vivo usando a Construção Quadri-Dimensional (vide Apêndice A e
Apêndice B). o Manipulado Morto irá armar uma Armadilha de Segurança para o
Receptor, para ter certeza de que o Artefato retorne com segurança para o
Universo Primário . Se a Armadilha de Segurança for bem-sucedida, o Receptor
Vivo não terá escolha além de usar os seus poderes quadri-dimensionais para
mandar o Artefato de volta no tempo até o Universo Primário antes que o Buraco
Negro entre em colapso consigo mesmo .
CAPÍTULO
XII: SONHOS
quando os Manipulados Vivos acordam de sua jornada através do Universo
Tangente, são perseguidos por essa experiência nos seus sonhos . muitos deles
não irão se lembrar . aqueles que se lembrarem da Jornada, sentirão um grande
remorso pelos pesares de suas atitudes vividas nos seus Sonhos, a única
evidência física enterrada junto ao próprio Artefato, tudo que resta do mundo
perdido . mitos antigos nos dizem sobre o guerreiro maia morto com uma flecha
que cai de um penhasco, aonde não tinha exército ou inimigos achados . nos foi
dito sobre o cavaleiro medieval, misteriosamente morto sob a espada que ainda
não havia sido feita .
O que mais assusta nesse
livro é o fato dele ser escrito em 1944, por uma freira que passou parte de sua
vida enclausurada em um convento e mesmo assim, os conceitos inseridos no livro
só serão abordados como alvo de estudo 44 anos depois, no livro de
Stephen Hawking, Uma Breve História do Tempo. Essa observação deixa a questão:
Como poderia a escritora ter abordado tais conceitos se eles, embora já
existissem de forma primitiva na época, eram reservados para
Físicos Teóricos por meio de anotações e documentos. Não havia internet,
nem livros, nada pelo qual ela pudesse entrar em contato a não ser os próprios
Físicos, para engendrar essa maluca história.
3.
LIVRO DE URÂNTIA
O Livro de Urântia é uma
obra literária, composta por 197 documentos escritos originalmente em Inglês,
traduzido recentemente para mais idiomas e que serve como base ideológica de
alguns movimentos religiosos e filosóficos.
Nas suas páginas, o livro refere ter sido compilado por um corpo de seres
supra-humanos das mais diversas ordens, o texto fornece uma surpreendente
perspectiva das origens, história e destino humanos, constituindo para os seus
leitores assiduos uma nova revelação para a humanidade.
A identidade dos autores materiais do livro é desconhecida e nunca foi
reclamada, existindo por este motivo muitas teorias a respeito da sua edição e
autenticidade. O próprio livro refere que é assim para que nenhum humano possa
ser proclamado “profeta” ou admirado de alguma forma por tal obra literária.
Embora seja uma fonte de inspiração e conhecimento para muitos líderes
religiosos e instituições estabelecidas, religiosas ou não, não surgiu, até
hoje, religião formal de seus ensinamentos. Grupos de estudo, fundações,
sociedades, continuam surgindo, pois o livro é uma inspiração a debates para
todos aqueles que tomam conhecimento de seu conteúdo. O próprio livro aconselha
à não formação de uma religião instituida, referindo que esta deve ser pessoal.
Parte
I
São 31 capítulos que
descrevem a natureza da realidade Suprema e a organização
astronômica-cosmológica do universo. A Trindade do Paraíso junto com a Ilha do
Paraíso – o centro material e gravitacional do universo – descrita como fonte
de toda energia, matéria, vida e personalidade. Um universo de hierarquia
organizada, evoluindo como um processo relativo à Trindade do Paraíso. O
conjunto da criação é descrito como incluindo milhões de planetas habitados em
todas as etapas de evolução biológica, intelectual, social e espiritual.
Parte
II
São 25 capítulos que
comentam a respeito do nosso Universo Local. Fala da história da matéria, da
energia, constelações, dos Espíritos Ministrantes do universo local, das Hostes
Seráficas, da rebelião de Lúcifer, dos problemas da rebelião, das esferas de
Luz e de Vida e do crescimento do homem alcançado através de sua lealdade a
Deus e do serviço abnegado aos nossos semelhantes. O plano divino para a
criação, o desenvolvimento e o governo dos universos locais.
Parte
III
Trata da História de
Urântia, o planeta terra, que há 1 bilhão de anos atingiu o seu tamanho atual
em um universo local chamado Nebadon. São 63 capítulos que compreendem a
história do desenvolvimento geológico, do estabelecimento da vida,
estabelecendo o palco para a história do homem, das civilizações, governos e
instituições. Nessa parte é também discutido o conceito de Trindade. O
desenvolvimento da civilização, da cultura, do governo, da religião, da família
e de outras instituições sociais é descrito a partir do ponto de vista dos
observadores supra-humanos. A história é contada de tal maneira que os arquétipos
subjacentes à civilização religiosa humana ganham nova vida, fortalecendo as
fundações sobre as quais um maior desenvolvimento cultural pode ocorrer. Uma
descrição do destino humano, incluindo uma descrição dos mundos que habitaremos
imediatamente após a morte.
Parte
IV
Os 77 capítulos, mais de 700
páginas, que ocupam um terço do livro, relatam a vida de Jesus Cristo desde sua
infância. Dão 16 vezes mais informações sobre a vida e os ensinamentos de Jesus
do que a Bíblia. É o relato mais espiritual sobre Jesus até hoje escrito. Os
três primeiros capítulos dão uma introdução, com profundidade literária, e o
clímax do livro Urantia é atingido nessa última parte com preceitos, da vida e
dos exemplos do Mestre. Esta parte do livro é vista como uma nova Revelação,
uma nova face descrita de maneira tocante, de um Deus feito Homem, que em um
exemplo de Amor, Fé e Caridade, sem dogmas, mostra à humanidade o caminho da
evolução individual, o caminho até Deus.
Sobre
a fonte misteriosa do livro
O Livro de Urântia é
composto por 197 documentos, que se diz terem sido entregues entre 1928 e 1934
a um grupo de 70 pessoas, em Chicago, Illinois. Os autores que escreveram esses
documentos tem seus nomes indicados no livro, junto com seus respectivos
escritos. Os seres humanos aos quais os escritos foram supostamente entregues
em mãos já faleceram e o modo pelo qual os escritos foram escritos ainda não
foi plenamente explicado, pelos adeptos da doutrina, e dificilmente o será.
Revelações
descritas nos livros
Há uma explicação dentro de
suas próprias páginas sobre sua origem e de como foi entregue aos seres humanos
esses documentos, que constituem a Quinta Revelação de Urantia. Diz-se que
foram autorizados por autoridades da alta Deidade e escritos por numerosas
personalidades supra-mortais. É chamada de “A Quinta Revelação de Época”, pois
houve outras quatro grandes revelações no planeta. São Elas:
Dalamátia - O livro
descreve com pormenor a chegada e o estabelecimento de um Príncipe Planetário
em Urantia. Nesta altura fundou-se a cidade-modelo – Dalamátia – e suas escolas
começaram a revelar ao mundo a verdade sobre o Pai Universal – Um Deus Único.
Foi a primeira revelação organizada da verdade, há cerca de 500 mil anos atrás.
Adão e Eva - Adão e Eva
chegaram ao nosso mundo há quase 38 mil anos, e se estabeleceram no Jardim do
Éden. Os ensinamentos de Adão Eva constituem a segunda revelação do Pai
Universal às raças humanas.
Melquisedeque -
Maquiventa, um Filho da Ordem dos Melquisedeques, geralmente conhecidos como
filhos emergenciais, que aceitou a missão de vir a esse mundo, pois a verdade
outrora revelada estava ameaçada de extinção. Maquiventa auto-outorgou-se nesse
mundo no ano de 1973 a.C. durante o tempo de Abraão, onde era chamado de
Melquisedeque o sábio de Salém. Ele fez renascer na mente humana o conceito de
Deus-Pai Único, Criador e Sustentador de todas as coisas.
Jesus de Nazaré – O
Filho Criador do nosso universo local, nasceu em Belém no ano 7 a.C.. Viveu
como um modelo para todos nós, dando o exemplo de vida, até chegar a sua hora
de revelar ao mundo a grande verdade de que todos somos filhos de um único Pai,
sem distinção de raça, cor, credo ou condição físico-social. Essa foi a quarta
revelação da verdade em nosso mundo.
2.
CODEX GIGAS
O Codex Gigas (Latim, que
significa Livro Gigante) é considerado o maior manuscrito medieval existente no
mundo. Foi criado no início do século XIII, presumivelmente no mosteiro
beneditino de Podlažice na Boémia (actual República Checa), e agora está
preservado na Biblioteca Nacional da Suécia, em Estocolmo. É também conhecido
como a Bíblia do Diabo, devido a uma grande figura do diabo no seu interior e
da lenda em torno da sua criação.
Uma nota na primeira página
indica os monges do mosteiro beneditino de Podlažice, localizado perto de
Chrudim e destruído durante o século XV, como os primeiros proprietários do
códice. A reduzida dimensão deste mosteiro e a aparente escassez de recursos
humanos e materiais faz levantar dúvidas sobre a sua capacidade de produção
duma obra desta dimensão.
Os registos nela contidos
terminam no ano de 1229. A ausência de qualquer referência à morte do rei da
Boémia, Ottokar I, ocorrida em Dezembro do ano seguinte, sugere que a data mais
provável para a sua conclusão é o final do ano de 1229 ou o início de 1230.
Devido a dificuldades
financeiras do mosteiro de Podlažice, o códice foi mais tarde penhorado aos
Cistercienses do mosteiro de Sedlec. A mesma nota na primeira página estabelece
que em 1295 o códice voltou à posse dos beneditinos, após ter sido comprado
pelo mosteiro de B?evnov. De 1477 a 1593, foi conservado na biblioteca de um
mosteiro em Broumov até ter sido levado para Praga em 1594 para fazer parte da
colecção de Rodolfo II.
No fim da Guerra dos Trinta
Anos, em 1648, a colecção completa foi saqueada pelo exército sueco e, de 1649
a 2007, o manuscrito foi mantido na Biblioteca Nacional da Suécia.
Em 24 de Setembro de 2007,
após 359 anos, o Codex Gigas voltou a Praga, a título de empréstimo, e esteve
exposto na Biblioteca Nacional Checa até Janeiro de 2008.
Segundo a lenda, o escriba
foi um monge que quebrou os votos monásticos e foi condenado a ser murado vivo.
A fim de evitar esta severa sanção, ele prometeu a criação, em uma única noite,
de um livro que glorificaria o mosteiro para sempre e que incluiria todo o
conhecimento humano. Perto da meia-noite, ele teve a certeza que não
conseguiria concluir esta tarefa sozinho e, por isso, fez uma oração especial,
não dirigida a Deus, mas ao querubim banido Satanás, pedindo-lhe que o ajudasse
a terminar o livro em troca da sua alma. O monge vendeu, assim, a sua alma ao
diabo. O diabo concluiu o manuscrito do monge e foi acrescentada uma imagem do
diabo como agradecimento pela sua ajuda.
Apesar desta lenda, o códice
não foi proibido pela Inquisição e foi analisado por muitos estudiosos ao longo
dos tempos.
O Codex inclui toda a versão
Vulgata Latina da Bíblia, exceto para os livros de Actos e Apocalipse,
provenientes de uma versão pré-Vulgata. Estão também incluídos a enciclopédia
“Etymologiae” de Isidoro de Sevilha, “Antiguidades Judaicas” e “Guerras dos
Judeus” de Flávio Josefo, “Chronica Boemorum” (Crónica dos Boémios) de Cosmas
de Praga e vários tratados sobre medicina. Pequenos textos completam o
manuscrito: alfabetos, orações, exorcismos, um calendário com as datas de
celebração de santos locais e registo de acontecimentos relevantes, e uma lista
de nomes, possivelmente de benfeitores e de monges do mosteiro de Podlažice.
Todo o documento está escrito em latim.
O manuscrito contém figuras
decoradas (iluminuras) em vermelho, azul, amarelo, verde e dourado. As letras
maiúsculas que iniciam os capítulos estão elaboradamente decoradas com motivos
que, frequentemente, ocupam grande parte da página. O Codex tem um aspecto
uniforme pois a natureza da escrita não é alterada em toda a sua extensão, não
evidenciando sinais de envelhecimento, doença ou estado de espírito do escriba.
Isto levou a que se considerasse que todo o texto foi escrito num período de
tempo muito curto (ver Lenda). No entanto, atendendo ao tempo necessário à
marcação das guias de delimitação das linhas e das colunas, à escrita do texto,
e ao desenho e pintura das ilustrações, os peritos acreditam que o livro terá
levado mais de 20 anos a ser concluído.
A página 290 contém apenas
uma figura original de um diabo, com cerca de 50 cm de altura. Algumas páginas
antes desta, estão escritas sobre um velino escurecido e os caracteres são mais
esbatidos que no resto do manuscrito. A razão para a diferença nas cores é que
o velino, por ser feito a partir de peles animais, escurece quando exposto à
luz. No decurso dos séculos, as páginas mais expostas acabaram por ter um
aspecto mais escuro.
1.
MANUSCRITO VOYNICH
Foi descoberto em 1912 na
Villa Mondragone, em Frascati, perto de Roma, aquilo que representa um dos
maiores enigmas do mundo. Junto de outros livros, um manuscrito misterioso e de
conteúdo indecifrável até os dias de hoje, vem desafiando pesquisadores em
etimologia (estudo da formação dos idiomas) e cientistas em várias áreas.Tudo teve
início quando um comprador de antiguidades, o americano Wilfrid M. Voynich,
adquiriu de um antigo colégio de jesuítas na Itália um estranho livro de
caracteres indecifráveis até os tempos atuais, tendo em anexo uma carta com
data de 1666 se referindo ao antigo proprietário do livro, o imperador Rodolfo
II, da Boêmia (hoje região da Alemanha)
O livro estranho foi parar em Nova York depois de morte de Voynich e sua
esposa. Por sua vez, o comprador, Hans P. Krauss, o doou para a biblioteca da
Universidade de Yale.
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