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31 de julho de 2011

Encratismo

Os Encratitas ("auto-controlados") eram uma seita cristão ascética do século II d.C. que proibia o casamento e que aconselhava a abstinência de carne. Eusébio afirma que Tatiano era o criador desta heresia[1]. Supõe-se que sejam estes os gnósticos encratitas que foram admoestados por Paulo em 1 Timóteo 4:1-4[a][2].

História


A primeira menção de uma seita cristã com este nome ocorre em Ireneu[3]. Eles foram mencionados mais de uma vez por Clemente de Alexandria[4], que afirma que eles são assim chamados por sua "temperança". Hipólito se refere a eles como "reconhecendo o que é de Deus e de Cristo de maneira similar à Igreja. Porém, sobre seu estilo de vida, eles passam os dias inflados com orgulho."; "se abstendo de comida animal, bebendo apenas água e proibindo o casamento"; "estimados cínicos ao invés de cristãos". Baseando-se nestas afirmações, supõe-se que os encratitas fossem ortodoxos na doutrina e que eles erraram apenas na prática. Orígenes diz que eles não reconheciam as epístolas de Paulo[5].

Encratitas severianos


Um pouco depois desta época, a seita recebeu nova energia com a ascensão de um tal Severus[6], em cuja homenagem os encratitas muitas vezes são chamados de "severianos". Estes encratitas severianos aceitavam a Lei, os Profetas, os Evangelhos, mas rejeitavam os Atos dos Apóstolos e amaldiçoavam Paulo e suas epístolas. Porém, o relato dado porEpifânio sobre os severianos mostra uma tendência gnóstica siríaca ao invés de tendências judaicizantes. Em seu ódio ao casamento, eles chegaram a declarar que as mulheres seriam a obra de Satã, e por seu ódio aos intoxicantes, eles chamaram o vinho de "gotas de veneno da grande Serpente"[7]. Epifânio afirma ainda que estes encratitas eram muito numerosos na Ásia menor, em Pisídia, na Frígia, em Selêucia Isauria, em Panfília, Cilícia e na Galácia. Em Antioquia e no restante da província romana da Síria eles também eram encontrados de forma esparsa. Eles se dividiram em diversas pequenas seitas, das quais os apostolici se destacaram por sua condenação à propriedade privada e os aquarii, que substituíam o vinho pela água durante a Eucaristia. Num édito em 382, Teodósio declarou a sentença de morte para todos os que tomassem o nome de encratitas e aquarianos, e ordenou que Florus, o magister officiarum, realizasse extensivas buscar por estes heréticos, considerados maniqueístas disfarçados.



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Catarismo

O catarismo (do grego καϑαρός katharós, "puro") foi um movimento cristão, considerado herético pela Igreja Católicaque manifestou-se no sul da França e no norte da Itália do final do século XI até meados do séculos XIV. Suas ideias tem fortes paralelos com o gnosticismo do início da era cristã. Os historiadores indicam sua formação a partir da expansão das crenças dos bogomilos (Reino dos Búlgaros) e dos paulicianos (Oriente Médio).
Os cátaros eram maniqueístas e gnósticos, pois afirmavam a existência de dois princípios opostos: o do Bem e o do Mal. Portanto, eles atribuíam entidade ao Mal. Consideravam que o mal tinha existência ontológica. E isto é o que os tornava maniqueus. Apesar disso, afirmavam ser os verdadeiros e bons cristãos. Dai serem seita cristã e maniquéia.
Para eles, a matéria teria sido criada pelo deus do mal, para aprisionar nela o espírito do Deus bom. Portanto, todo o universo material seria maligno, e o Criador do Mundo -- Deus adorado pelos Católicos -- seria o Deus do Mal.
Em conseqüência, eles condenavam a maternidade, pois que a mater, a mãe, produziria mais matéria. Por isso diziam que toda mulher grávida estava possessa. A mulher, enquanto geradora de matéria, seria fonte do mal. O casamento e a procriação eram tidos como obras do deus do Mal.
Os sacerdotes cátaros, que denominavam-se "bons cristãos" ou "bons homens" e "boas mulheres", aparentemente levavam vidas simples e castas. Desprovidos de quaisquer posses materiais, buscavam afastar-se ao máximo do mundo, que consideravam corrupto, pois consideravam toda matéria corrupta. Eram considerados bons homens a partir do momento em que recebiam o consolamentum, um rito que representava de maneira simbólica sua morte com relação ao mundo. Os crentes (croyants) eram simpatizantes da doutrina cátara e somente recebiam o consolamentum nos momentos que antecediam sua morte. Os altos sacerdotes cátaros eram denominados perfeitos. Eles caminhavam entre o povo, sempre dois a dois, pregando contra a igreja católica e também auxiliando a população em suas necessidades. Devido à inúmeras discrepâncias entre o pensamento cátaro a e doutrina da Igreja Católica, entre eles o pensamento maniqueísta, o catarismo foi visto, pela Igreja Católica, como uma perigosa heresia. A perseguição iniciou-se por uma tentativa fracassada de reconversão da população local. Posteriormente, foram instalados tribunais de inquisição. Nessa época, a convivência local entre católicos e cátaros era boa: existem poucos relatos históricos de conflitos e há até mesmo diversos relatos de acobertamento de cátaros por católicos. Como todas as tentativas anteriores haviam falhado, a igreja católica implementou a conhecida cruzada contra os albigenses (referência aos cátaros habitantes da cidade de Albi e, por extensão, a todos os cátaros do sul da França). Essa foi a primeira cruzada a combater pessoas que se autodenominavam cristãs. A cruzada foi finda pela Rainha~Regente Branca de Castela, mãe de São Luis Rei da França, que pertenciam à dinastia capetiana, extremamente católicas. Essa violenta cruzada marcou o fim do movimento cátaro.

Ensinamentos do Catarismo


A doutrina cátara preconiza:
1) Um dualismo gnóstico, no qual o verdadeiro Deus distingue-se absolutamente do criador do mundo físico.
2) Neste mundo de corrupção e trevas, as centelhas de luz pertencentes ao verdadeiro reino divino estão perdidas, exiladas neste mundo, e precisam ser resgatadas.
3) Os sacerdotes devem afastar-se completamente da corrupção do mundo para levarem vidas muito simples e castas. Devem abster-se da alimentação carnívora, de atividades sexuais, evitar qualquer forma de violência e não podem possuir nenhum bem material.

Cosmologia


Para os cátaros, todas as criaturas e o mundo criado estão imersos em uma guerra eterna entre dois princípios irreconciliáveis: a luz – ou seja, o Espírito – e a escuridão, ou matéria. O verdadeiro Deus é visto como o criador do reino divino. Já nosso mundo material, repleto de miséria e corrupção, não pode ser uma criação do verdadeiro Deus. Portanto, só pode ter sido criado por um Deus mundano, que em certas ocasiões se associa com Satã. Ao mesmo tempo, os cátaros acreditam que há partículas do reino de Deus perdidas neste mundo, e que elas precisam ser resgatadas.

Salvação


É com o intuito de resgatar as centelhas divinas aprisionadas no mundo e nos homens que se organiza na terra a verdadeira igreja de Cristo, a igreja cátara. Para isso, os cátaros precisam afastar-se, tanto quanto possível, deste mundo e de seus atributos, esforçando-se para se contaminar o mínimo possível com eles. Enquanto isso, a vontade de Deus se cumpre. Com o rito do consolamentum, o cátaro é desligado do mundo e se liberta de sua influência nefasta. A partir de então, ele está livre para seguir o caminho das estrelas, o caminho de retorno ao reino divino.

Os Cátaros e o Santo Graal


Há uma famosa lenda que afirma que o Santo Graal (supostamente, o cálice onde Jesus teria bebido vinho na Santa ceia) teria sido possuído pelos cátaros. Durante o cerco a Montségur, o castelo que era considerado o foco central do catarismo, alguns cátaros teriam fugido durante a noite, descendo furtivamente a montanha onde o castelo estava encravado, levando consigo o precioso cálice, para escondê-lo em um lugar seguro, onde ele residiria até os dias de hoje.

Visão da Igreja Católica


A Igreja Católica considera o catarismo um movimento herético, dualista, com fortes influências maniqueístas.

Visão Histórica


Recentemente, os historiadores, através da descoberta de textos originais Cátaros tem modificado profundamente a visão científica sobre o movimento. Anteriormente, somente a palavra dos opositores dava testemunho sobre ele. Espera-se que em breve esta nova literatura torne-se disponível em língua portuguesa.

A cruzada Cátara


A resistência às sucessivas tentativas de reconversão da população local provocou a organização da Cruzada albigense. Iniciada em 1209, a cruzada durou cerca de 35 anos. Foi comandada por Simon de Montfort sob ordem do Papa Inocêncio III. Seus enviados estampavam uma cruz em suas túnicas e tinham como meta a absolvição de todos os pecados, a remissão dos castigos, um lugar a salvo no céu e, como recompensa material, o produto de todos os saques.
A primeira cidade tomada foi Beziers, e o massacre foi quase que total. O abade de Citeaux, representante papal, ao ser questionado sobre como seriam reconhecidos os cátaros e os católicos, ele havia respondido: " Matem a todos... Deus se encarregará dos seus..."
Luís VIII de França também participou da Cruzada. Iniciada com a invasão de Beziers (1209), ela só teve fim após diversas batalhas (onde se destacam a de Muret, em 1213, e a de Toulouse, em 1218) logo após o Tratado de Meaux (1229), já sob o reinado de Branca de Castela. Na verdade, porém, Montségur permaneceu até 1244 como um dos últimos pontos de resistência. O último reduto cátaro, a cidade de Quéribus, foi tomada em 1256. A morte do “último cátaro” aconteceu bem mais tarde, em 1321, perseguido pela Inquisição liderada por Jacques Fournier em Pamiers. Mais tarde, Jacques Fournier foi instalado como papa Bento XII e procedeu à construção do Palácio de Avignon, onde se estabeleceu o papado.

Bibliografia


§  O'SHEA, Stephen. A Heresia Perfeita. Editora Record. 2003.
§  LUCIENNE, Julien. Cátaros e Catarismo. 1990. (no original, "Cathares et Catharisme").
§  GADAL, Antonin. No Caminho do Santo Graal. Editora Rosacruz, 2004
§  MACEDO, José Rivair. Heresia, Cruzada e Inquisição na França medieval. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2000.
§  BARROS, Maria Nazareth Alvim de. "Deus reconhecerá os seus - a história secreta dos cátaros". Editora Rocco. 2007. 254 p.
§  LADURIE, Emmanuel Le Roy. "Montaillou: cátaros e católicos numa aldeia francesa – 1294-1324. " Lisboa: Edições 70. 2008.
§  LIMA, Linda Joene Carvalho Granjense. "LAÇOS DE SANGUE, LAÇOS DE FÉ, RELAÇÕES FAMILIARES E SOLIDARIEDADE NO CATARISMO DO SÉCULO XIII" Dissertação (Mestrado). Universidade de Brasília. 1998.
§  COUTO, Sérgio Pereira. "A VERDADE SOBRE O CODIGO DA VINCI" São Paulo- Universo dos livros. 2006


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Carpocracianismo

Carpocraciano é a denominação dada aos seguidores de um movimento gnóstico do século II que professava as doutrinas de Carpócrates de Alexandria. Epífanes, filho de Carpócrates e sua mulher Marcelina, organizaram a seita em Roma sob o pontificado do papa Aniceto. Rejeitavam o Velho Testamento e sustentavam que José é o pai carnal de Jesus.Defendiam a pre-existência das almas para explicar as imperfeições do homem e diziam que nosso fim supremo era nos unir ao Divino.Irineu de Lyon os acusou de praticar magia e os repreendeu duramente. São considerados hereges pela Igreja cristã.

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Cainismo

Os Cainitas eram um grupo gnóstico do século II. Eles reverenciavam a Caim como a primeira vítima do Demiurgo, tido pelos gnósticos como uma divindade intermediária, criador do mundo material, mas abaixo do Deus Todo-Poderoso, que o Cristo ensinou a amar. Para os cainitas, o Deus do Antigo Testamento não podia ser o mesmo Deus proclamado pelo Cristo, pois enquanto este é um Deus piedoso, benevolente, amoroso, aquele é um Deus vingativo e cruel.
Recentemente, foi concluída a tradução de um texto atribuído aos cainitas, o Evangelho de Judas, no qual existe um relato conciso do relacionamento entre o Messias e Judas, a quem foi confiada a mais dura de todas as missões: Liberar o Cristo de sua envoltura humana.

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Norea

Norea é uma divindade na cosmologia gnóstica. Algumas vezes ela é caracterizada como a sizígia de Adão e Eva, ou esposa de Noé, e filha de Adão e Eva. Norea é percebida no pensamento gnóstico como Sophia após a sua desgraça.

Citação original


Por um longo tempo, Norea foi conhecida pelo sumário de um livro chamado Noria no Panarion (Contra Heresias) de Epifânio de Salamis (cap. 26.1.3-9). De acordo com ele, osBorboritas identificaram Norea com Pirra, a esposa de Deucalião (um personagem grego parecido com Noé), por que nura significa "fogo" siríaco. Ela queimou a Arca de Noé três vezes, então revelou como recuperar fagulhas roubadas através de emissões sexuais. Em outro trecho, Epifânio diz que os Setianos consideram Oraia (vide abaixo) como esposa de Seth.

Textos em Nag Hammadi


Mais informação se tornou disponível desde a descoberta da Biblioteca de Nag Hammadi em 1945. Em Hipóstase dos Arcontes, Norea é a filha de Eva e a irmã caçula de Seth; ambos membros da raça pura. Os Arcontes decidem então destruí-lo com um Dilúvio, mas o seu líder, o maligno Demiurgo avisa Noé para que ele construa uma arca, que Norea tenta embarcar. Noé a impede e então ela explode a arcar e a incendeia. Os Arcontes tentam estuprá-la, mas ela pede ajuda a Deus. O anjo Eleleth aparece e assusta os Arcontes antes de revelar as origens dela; ela é uma filha de Deus[1].
Outro texto de Nag Hammadi, o Pensamento de Norea (ou Ode de Norea) é um relato em primeira pessoa do clamor de Norea a Deus[2]. Já o texto Sobre a Origem do Mundo direciona o leitor a consultar o Relato de Horaia e o Primeiro Livro de Horaia, um dos quais pode ser o mesmo Pensamento de Norea mencionado por Epifanius de Salamis[3].

Nomes


Norea tem diversos nomes, incluindo Orea e Horaia, que significam "bela". Acredita-se que o nome derive de uma tradução de Naamah, um nome Hebreu que significa "agradável". O demônio Naamah é chamado de "jovem Lilith". Tanto Norea quanto Lilith clamam a Deus para evitar encontros sexuais indesejados.

Bibliografia


§  Robinson, James. The Nag Hammadi Library in English (em inglês). 3ª ed. São Francisco: Harper and Row, 1988.
§  Stroumsa, Gedaliahu A. G.. Nag Hammadi Studies 24: Another Seed: Studies in Gnostic Mythology (em inglês). [S.l.]: Leiden, 1984.


Referências


1.    Robinson, James M.. The Nag Hammadi Library, revised edition: The Hypostasis of the Archons (Trad. de Bentley Layton) (em inglês). [S.l.: s.n.], 1990.
2.    Robinson, James M.. The Nag Hammadi Library, revised edition: The Thought of Norea (Trad. de Søren Giversen e Birger A. Pearson) (em inglês). [S.l.: s.n.], 1990.
3.    Robinson, James M.. The Nag Hammadi Library, revised edition: On the Origin of the World (Trad. de Hans-Gebhard Bethge e Bentley Layton) (em inglês). [S.l.: s.n.], 1990.



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