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31 de janeiro de 2009

Guardiões do Cálice Sagrado


O Santo Graal, segundo as lendas e livros de cavalaria medieval, era o cálice da Última Ceia: do qual se serviu Jesus Cristo para instituir a Eucaristia. Neste mesmo cálice, José de Arimatéia teria recolhido o sangue que corria das feridas do Cristo crucificado. O fiel amigo de Jesus teria levado o Cálice Sagrado da Palestina para uma região longínqua e misteriosa da Europa. Acreditava-se que dele fluía um líquido prodigioso e inesgotável, que comunicava força e juventude eterna aos que o bebiam.
Em 1220, Wolfram von Eschenback escreveu seu poema Percival. Os cavaleiros que guardavam o Cálice Sagrado, o castelo do Graal e a família do Graal eram Templários. Isso foi escrito quando as fortunas Templárias, econômicas e espirituais, estavam em seu auge. Com certeza, os Templários não existiam durante os tempos do rei Artur, período no qual a lenda do Graal aparece. Eschenback estava tentando nos dizer que o Graal, onde quer que estivesse, ainda estava conosco, na época em que estava escrevendo, guardado pelos Templários.
Nos livros de Michaale Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln uma trama bizarra ocorre. Os Cavaleiros Templários estão no centro com o Santo Graal (de Sang Raal, ou devemos dizer, a Santa Descendência). Isso significa a descendência de Cristo, a qual os Templários deveriam proteger. E isso, aliado à ganância de Filipe IV, teria Ihes trazido a decadência. Tudo é revelado na pequena vila de Rennes-Le-Chateau, na França, escondido em estranhas inscrições. Do que esse segredo é composto, é o principal mistério. Basta dizer, esse é o melhor dos mitos Templários.






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Curiosidades do Santo Graal

O Santo Graal já apareceu muitas vezes no cinema, como na série Indiana Jones, no anime Sailor Moon e no anime Fate Stay Night, num filme do grupo inglês Monty Python, no filme O Código Da Vinci e em um episódio da série animada The Fairly OddParents.






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Outras formas do Santo Graal

O Graal-pedra

Toda a história é mudada quando contada pelo alemão Wolfram von Eschenbach, quase ao mesmo que Boron. Em "Parzifal", Eschenbach coloca na mão dos Templários a guarda do Graal que não é uma taça, mas sim uma pedra: Sobre uma verde esmeralda. Ela trazia o desejo do Paraíso: era objeto que se chamava o Graal! Para Eschenbach, o Graal era realmente uma pedra preciosa, pedra de luz trazida do céu pelos anjos. Ele imprime ao nome do Graal uma estreita dependência com as força cósmicas. A pedra é chamada Exillis ou Lapis exillis, Lapis ex coelis, que significa "pedra caída do céu".
É a referência à esmeralda na testa de
Lúcifer, que representava seu Terceiro Olho. Quando Lúcifer, o anjo de Luz, se rebelou e desceu aos mundos inferiores, a esmeralda partiu-se pois sua visão passou a ser prejudicada. Uma dos três pedaço ficou em sua testa, dando-lhe a visão deformada que foi a única coisa que lhe restou. Outro pedaço caiu ou foi trazido à Terra pelos anjos que permaneceram neutros durante a rebelião. Mais tarde, o Santo Graal teria sido escavado neste pedaço. Compare o Graal-pedra de Eschenbach com a não menos mítica Pedra Filosofal que transformava metais comuns em ouro, homens em reis, iniciados em adeptos; matéria e transmutação, seres humanos e sua transformação. O alemão têm como modelo de fiéis depositários do cálice sagrado os Cavaleiros Templários.
Seria Wolfran von Eschenbach um Templário? Era a época em que
Felipe de Plessiez estava à frente da ordem quase centenária. O próprio fato de ser a pedra uma esmeralda se relaciona com a cavalaria. Os cavaleiros em demanda usavam sobre sua armadura a cor verde, sinônimo de vitalidade e esperança. Malcom Godwin, escritor rosacruz, refere-se a Parzifal da seguinte maneira: "Muitos comentadores argumentaram que a história de Parzifal contém, de modo oculto, uma descrição astrológica e alquímica sobre como um indivíduo é transformado de corpo grosseiro em formas mais e mais elevadas".
Nesta obra que é um retrato da
Idade Média - feito por quem sabia muito bem sobre o que estava falando - reconhece-se uma verdadeira ordem de cavalaria feminina, na qual se vê Esclarmunda, a virgem guerreira cátara, trazendo o Santo Graal, precedida de 25 segurando tochas, facas de prata e uma mesa talhada em uma esmeralda. Na descrição do autor da cena de Parzifal no castelo do rei-pescador (que, assim como Jesus, saciara a fome de muitas pessoas multiplicando um só peixe) lemos: "Em seguida apareceram duas brancas virgens, a condessa de Tenabroc e uma companheira, trazendo dois candelabros de ouro; depois uma duquesa e uma companheira, trazendo dois pedestais de marfim; essas quatro primeiras usavam vestidos de escarlate castanho; vieram então quatro damas vestidas de veludo verde, trazendo grandes tochas, em seguida outras quatro vestidas de verde (...). "Em seguida vieram as duas princesas precedidas por quatro inocentes donzelas; traziam duas facas de prata sobre uma toalha. Enfim apareceram seis senhoritas, trazendo seis copos diáfanos cheios de bálsamo que produzia uma bela chama, precedendo a Rainha Despontar de Alegria; esta usava um diadema, e trazia sobre uma almofada de achmardi verde (uma esmeralda) o Graal, ‘superior a qualquer ideal terrestre’".
As histórias que fazem parte do chamado "ciclo do Graal" foram redigidas de
1180 até 1230 o que nos inclina a relacioná-las com a repressão sangrenta da heresia cátara. Conta-se que durante o assalto das tropas do rei Filipe II de França à fortaleza de Montsegur, apareceu no alto da muralha uma figura coberta por uma armadura branca que fez os soldados recuarem, temendo ser um guardião do Graal. Alguns historiadores admitem que, prevendo a derrota, os cátaros emparedaram o Graal em algum dos muros dos numerosos subterrâneos de Montsegur e lá ele estaria até hoje.
A "Mesa de Esmeralda" evocada pelas histórias de fundo cátaro relacionam-se de maneira óbvia com outra "mesa": a Tábua de Esmeralda atribuída a
Hermes Trimegistos. A partir daí o Graal-pedra cede lugar ao Graal-livro.



O Graal-livro


O Graal-taça é tido como um episódio místico e o Graal-pedra como a matéria do conhecimento cristalizado em uma substância. Já o Graal-livro é a própria tradição primordial, a mensagem escrita. Em "José de Arimatéia", Robert de Boron diz que "Jesus Cristo ensinou a José de Arimatéia as palavras secretas que ninguém pode contar nem escrever sem ter lido o Grande Livro no qual elas estão consignadas, as palavras que são pronunciadas no momento da consagração do Graal". De fato, em "Le Grand Graal", continuação da obra de Boron por um autor anônimo, o Graal é associado - ou realmente é - um livro escrito por Jesus, o qual a leitura só pode entender - ou iluminar - quem está nas graças de Deus. "As verdades de fé que este contém não podem ser pronunciadas por língua mortal sem que os quatro elementos sejam agitados. Se isso acontecesse realmente, os céus diluviariam, o ar tremeria, a terra afundaria e a água mudaria de cor". O Graal-livro tem um terrível poder.



Um Graal científico


Em "O Livro da Tradição", no capítulo referente ao Graal, encontramos interessantes referências aos espetaculares fenômenos desencadeados pelas esmeraldas e por outras pedras verdes. Vale a pena reproduzir um trecho que mostra como encarar um assunto de um ponto de vista religioso, místico ou científico, isoladamente é sempre uma maneira pobre de fazer uma leitura. "Uma descoberta muito recente parece confirmar a hipótese de um Graal possuindo uma realidade a um só tempo sobre os planos espiritual e material, servindo o segundo como um suporte para o primeiro. "Segundo fontes precisas e confidenciais das quais não nos é possível indicar a origem, os astronautas americanos da expedição da Apolo XIV teriam descoberto na Lua amostras da pedra verde. "A análise em laboratório revelou estranhas propriedades entre as quais a de provocar, graças a certas emissões de nêutrons, um minicampo antigravitacional. "As mesmas pedras verdes, chamadas ‘pedras de lua’ ou ‘pedras das feiticeiras’, são também encontradas na Escócia (sendo entretanto raras), nas highlands e, segundo a lenda, serviam às feiticeiras para fazer com que elas se deslocassem pelos ares (com que então muitas vezes a realidade supera a ficção!). "As mesmas amostras de rochas verdes estariam engastadas nos alicerces das criptas das catedrais medievais, bem como na abadia do Monte Saint-Michel. A catedral de Colônia desfrutaria dessa particularidade, o que teria feito com que ela se beneficiasse com uma miraculosa proteção por ocasião dos bombardeios terríveis que destruíram a cidade em 1944-45 (o campo de força assim criado teria desviado a trajetória das bombas)".
É lógico que esta explicação física para o Graal não exclui a existência de um Graal espiritual e místico do qual o objeto material seria o reflexo. Ao final, pergunta-se: qual a natureza do Graal? Cálice, pedra ou livro? Sendo o Graal uma realidade nos planos espiritual, material e humano podemos concebê-lo como "um objeto-pedra (esmeralda) em forma de taça servindo como meio de comunicação entre o céu e a terra segundo um processo descrito e explicado por um livro". Somente homens puros (
Percival e Galahad são os arquétipos) poderão servir como ponte e tornarem-se detentores do segredo do Graal que abre caminho aos planos superiores da existência. Esta raça pura, filha da "raça solar", é denominada "raça do Arco" - ou do "arco-íris", porque as cores expressas no prisma solar (também chamado lenço de Íris) são a manifestação física dos diferentes poderes que o homem pode despertar através do Graal. Isso possivelmente só será conseguido no final dos tempos, como encontramos no Apocalipse de João (4:2-3): "Logo fui arrebatado em espírito e vi um trono no céu, no qual Alguém estava sentado. O que estava sentado era, na aparência, semelhante à pedra de jaspe e de sardônio; e um arco-íris rodeava o trono, semelhante à esmeralda".





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Santo Graal - O mito

A primeira referência literária ao Graal é "O Conto do Graal", do francês Chrétien de Troyes, em 1190. Todo o mito - e uma série interminável de canções, livros e filmes - sobre o rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda tiveram seu início ali.
Tratava-se de um poema inacabado de 9 mil versos que relata a busca do Graal, da qual Arthur nunca participou diretamente, e que acaba suspensa. Um mito por si só, "O Conto do Graal" é uma obra de ficção baseada em personagens e histórias reais que serve para fortalecer o espírito nacionalista do
Reino Unido, unindo a figura de um governante invencível a um símbolo cristão. Mas por que o cálice teria sido levado para a Inglaterra? Do ponto de vista literário, já foi explicado.
Porém há outras histórias muito mais interessantes - e ousadas - para explicar isto. Diz-se que durante sua permanência na
Cornualha, Jesus havia recebido em dádiva um cálice de um druida convertido ao cristianismo (isto entendido como "o que era pregado por Cristo"), e por aquele objeto Jesus tinha um carinho especial. Após a crucificação, José de Arimatéia quis levá-lo, santificado pelo sangue de Cristo, ao seu antigo dono, o druida, que era Merlin, traço de união entre a religião celta e a cristã. É na obra de Robert de Boron, José de Arimatéia, que o mito retrocede no templo até chegar a Cristo e à última Ceia. José de Arimatéia (veja box ao final deste artigo) era um judeu muito rico, membro do supremo tribunal hebreu - o Sinédrio. É ele que, como visto nos evangelhos, pede a Pilatos o corpo de Jesus para ser colocado em um sepulcro em suas terras.
Boron conta que certa noite José é ferido na coxa por uma lança (perceba também, sempre presente, as referências às lanças e espadas, símbolos do fogo, tanto nas histórias de Jesus como de Arthur). Em outra versão, a ferida é nos genitais e a razão seria a quebra do voto de castidade. Este fato está totalmente relacionado à traição de
Lancelot que seduz Guinevere, esposa de Arthur. Após a batalha entre os dois, a espada de Arthur, Caliburnius, é quebrada - pois é usada para fins mesquinhos - e jogada em um lago onde é recolhida pela Dama do Lago antes que afunde.
Depois lhe é oferecida outra espada, esta sim,
Excalibur. Somente uma única vez Boron chama a taça de Graal. Em um inciso, ele deduz que o artefato já tinha uma história e um nome antes de ser usado por Jesus: "eu não ouso contar, nem referir, nem poderia fazê-lo (...) as coisas ditas e feitas pelos grandes sábios. Naquele tempo foram escritas as razões secretas pelas quais o Graal foi designado por este nome".
José de Arimatéia foi, portanto, o primeiro custódio do Graal. O segundo teria sido seu genro, Bron. Algumas seitas sustentam que o ciclo do Graal não estará fechado enquanto não aparecer o terceiro custódio. Esta resposta parece vir com "A Demanda do Graal", de autor desconhecido, que coloca
Galahad como único entre os cavaleiros merecedor de se tornar guardião do Graal.








Origem - do Santo Graal

A etimologia do Santo Graal tem inúmeras procedências, dentre as quais compara-se a San Graal com SanG Real em referência ao imaculado sangue de Cristo coletado em um gradalis - cálice em Latim. Com o brilho resplandecente das pedras sobrenaturais, o Graal, na literatura, às vezes aparece nas mãos de um anjo, às vezes aparece sozinho, movimentando-se por conta própria; porém a experiência de vê-lo só poderia ser conseguida por cavaleiros que se mantivessem castos.
Transportado para a história do
Rei Arthur, onde nasce o mito da taça sagrada, encontramos o rei agonizante vendo o declínio do seu reino. Em uma visão, Arthur acredita que só o Graal pode curá-lo e tirar a Bretanha das trevas. Manda então seus cavaleiros em busca do cálice, fato que geraria todas as histórias em torno da Busca do Graal. É interessante notar que a água é uma constante na história de Arthur. É na água que a vida começa, tanto a física como a espiritual. Arthur teria sido concebido ao som das marés, em Tintagel, que fica sob o castelo do Duque da Cornualha; tirou a Bretanha das mãos bárbaras em doze batalhas, cinco das quais às margens de um rio; entregou sua espada, Excalibur, ao espírito das águas e, ao final de sua saga, foi carregado pelas águas para nunca mais morrer. Certo de que sua hora havia chegado, Arthur pede a Bedivere que o leve à praia, onde três fadas (elemento ar) o aguardam em uma barca. "Consola-te e faz quanto possas porque em mim já não existe confiança para confiar. Devo ir ao vale de Avalon para curar a minha grave ferida", diz o rei.
Avalon é a mítica ilha das macieiras onde vivem os heróis e deuses
celtas e onde teria sido forjada a primeira espada de Arthur - Caliburnius. Na Cornualha, o nome Avalon - que em galês refere-se à maçã - é relacionado com a festa das maçãs, celebrada durante o equinócio de outono. Acreditam alguns que Avalon é Glastonbury, onde tanto Arthur quanto Guinevere teriam sido enterrados. A abadia de Glastonbury, onde repousaria o casal, é tida também como o lugar de conservação do Graal.






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Santo Graal - A lenda do Cálice Sagrado


Segundo a lenda, José de Arimatéia teria recolhido no 'Cálice usado na Última Ceia (o Cálice Sagrado), o sangue que jorrou de Cristo quando ele recebeu o golpe de misericórdia, dado pelo soldado romano Longinus, usando uma lança, depois da crucificação.
Em outra versão da lenda, teria sido a própria Maria Madalena, segundo a
Bíblia a única mulher além de Maria (a mãe de Jesus) presente na crucificação de Jesus, que teria ficado com a guarda do cálice e o teria levado para a França, onde passou o resto de sua vida.
A lenda tornou-se popular na
Europa nos séculos XII e XIII por meio dos romances de Chrétien de Troyes, particularmente através do livro "Le Conte du Graal" publicado por volta de 1190, e que conta a busca de Perceval pelo cálice.
Mais tarde, o poeta
francês Robert de Boron publicou Roman de L'Estoire du Graal, escrito entre 1200 e 1210, e que tornou-se a versão mais popular da história, e já tem todos os elementos da lenda como a conhecemos hoje.
Na literatura medieval, a procura do Graal representava a tentativa por parte do cavaleiro de alcançar a perfeição. Em torno dele criou-se um complexo conjunto de histórias relacionadas com o reinado de
Artur na Inglaterra, e da busca que os cavaleiros da Távola Redonda fizeram para obtê-lo e devolver a paz ao reino. Nas histórias misturam-se elementos cristãos e pagãos relacionados com a cultura Celta.
A presença do Graal na
Inglaterra é justificada por ter sido José de Arimatéia o fundador da Igreja inglesa, para onde foi ao sair da Palestina.
Segundo algumas histórias, o Santo Graal teria ficado sob a tutela da
Ordem do Templo, também conhecida como Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, instituição militar-religiosa criada para defender as conquistas nas Cruzadas e os peregrinos na Terra Santa. Alguns associam aos templários a irmandade que Wolfram cita em "Parzifal".
Segundo uma das versões da lenda, os
Templários teriam levado o cálice para a aldeia francesa de Rennes-Le-Château. Em outra versão, o cálice teria sido levado de Constantinopla para Troyes, na França, onde ele desapareceu durante a Revolução francesa.
Em um país de maioria católica como o
Brasil, a figura do Graal é tida, comumente, como a da taça que serviu Jesus durante a Última Ceia e na qual José de Arimatéia teria recolhido o sangue do Salvador crucificado proveniente da ferida no flanco provocada pela lança do centurião romano Longino ("Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados perfurou-Lhe o lado com uma lança e logo saiu sangue e água" - João19:33-34).


A Igreja Católica não dá ao cálice mais do que um valor simbólico e acredita que o Graal não passa de literatura medieval, apesar de reconhecer que alguns personagens possam realmente haver existido. É provável que as origens pagãs do cálice tenham causado descontentamento à Igreja. Em "Os mistérios do Rei Artur", Elizabeth Jenkins ressalta que "no mundo do romance, a história era acrescida de vida e de significado emocional, mas a Igreja, apesar do encorajamento que dava às outras histórias de milagres, a esta não deu nenhum apoio, embora esta lenda seja a mais surpreendente do ponto de vista pictórico. Nas representações de José de Arimatéia em vitrais de igrejas, ele aparece segurando não um cálice, mas dois frascos ou galheteiros". Alguns tomam o cálice de ágata que está na igreja de Valência, na Espanha, como aquele que teria servido Cristo mas, aparentemente, a peça data do século XIV.
Independentemente da veneração popular, esta referência é fundamental para o entendimento do simbolismo do Santo Graal já que, como explica a própria Igreja em relação à ferida causada por Longino, "do peito de Cristo adormecido na cruz, sai a água viva do batismo e o sangue vivo da Eucaristia; deste modo, Ele é o cordeiro Pascal imolado".







Perguntas sobre o Priorado de Sião




Antes de entrar imediatamente no assunto, vejamos algumas questões-chave:



O que é o Priorado de Sião?

É uma falsa questão, visto que o Priorado de Sião já foi muitas coisas nas mãos do seu criador Pierre Plantard. Hoje em dia, admiradores franceses, britânicos e americanos de Pierre Plantard pertencem a neo-Priorados, cuja legitimidade é já nula porque não foram criados pela vontade do fundador Pierre Plantard.



Como começou o Priorado de Sião?



Começou como uma associação declarada legalmente (de acordo com a lei francesa de 1901) a 20 de Julho de 1956. O pedido de autorização de constituição foi efectuado a 7 de Maio de 1956, na Sub-Prefeitura de Polícia de Saint-Julien-en-Genevois (Alta Sabóia), mediante uma carta assinada pelos quatro fundadores: Pierre Plantard, André Bonhomme, Jean Deleaval e Armand Defago. A sede social estava estabelecida na casa de Plantard, em Sous-Cassan, Annemasse, na Alta Sabóia. O texto de constituição, conforme consta no Journal Officiel, número 167, segundo Pierre Jarnac, é o seguinte: "25 juin 1956. Déclaration à la sous-préfecture de Saint-Julien-en-Genevois. Prieuré de Sion. But: études et entr'aide des membres. Siège social: Sous-Cassan, Annemasse (Haute-Savoie).". O objecto era: "La constitution d'un ordre catholique, destiné à restituer sous une forme moderne, en lui conservant sont caractère traditionaliste, l'antique chevalier, qui fut, par son action, la promotrice d'un idéal hautement moralisateur et élément d'une amélioration constante des règles de vie de la personnalité humaine", ou seja, "A constituição de uma ordem católica, destinada a restituir numa forma moderna, conservando o seu carácter tradicionalista, o antigo cavaleiro, que foi, pela sua acção, a promotora de um ideal altamente moralizante e elemento de um melhoramento constante das regras de vida da personalidade humana".



Porquê este nome?


Plantard era um admirador incondicional de Paul Lecour, o fundador da revista Atlantis. Em vários artigos, Lecour tinha tentado incentivar a juventude cristã francesa a recuperar os ideais da cavalaria, sugerindo que se criassem grupos aos quais ele dava o nome de "Prieurés", ou "priorados". Plantard seguiu esta sugestão! O nome "Sion" (ou "Sião") foi escolhido devido à proximidade geográfica da casa de Plantard em Sous-Cassan (Annemasse) com a colina de Mont-Sion. Pierre Plantard, a partir de 1960, desviou a postura originalmente política do Priorado para uma postura mais mítica e mística, muito provavelmente numa iniciativa solitária e independente dos fundadores originais do Priorado. É a partir desta altura que ele começa a propagar que o Priorado teria tido origem em Jerusalém no século XI (1099). Ora em Jerusalém existe o monte Sião, o que ajudou à mistificação de Plantard. Contudo, a sede do Priorado foi sempre na casa do próprio Plantard, onde ele morava com a mãe, o que evidencia a dimensão reduzidíssima, e por vezes puramente "solista" desta organização, que nunca teve um número relevante de membros para além de Plantard, e de alguns amigos, como Phillipe de Chérisey e André Bonhomme (este último apenas no Priorado original, até 1960 - André Bonhomme não participou na versão mítico-mística do Priorado pós-1960).



Qual é o significado do sub-título C.I.R.C.U.I.T.?




Chevalerie d'Institution et Règle Catholique & d'Union Indépendante Traditionaliste. Ou "Cavalaria de Instituição e Regra Católica e de União Independente Tradicionalista". "CIRCUIT" era também o nome da publicação panfletária original do Priorado de Sião, editada em Annemasse, cujo primeiro número data de 27 de Maio de 1956.


Onde foi Pierre Plantard desencantar as ideias para o Priorado pós-1960?


Estas ideias não eram novas, e têm origem numa série de movimentos de renovação espiritual cristã que surgiram no final do século XIX em França. Mais concretamente, falamos do Hiéron du Val d'Or, criado em Paray-le-Monial. Adicionalmente, o Priorado retirou ideias de outros movimentos, como o da revista "Atlantis", fundada pelo esoterista Paul Lecour. Mas o elemento mais importante está no reaproveitamento que Plantard faz, a partir dos anos 60, e juntamente com Chérisey e o jornalista Gérard de Sède, do enigma de Rennes-le-Château.


Que quis Pierre Plantard com este Priorado?


Ele tentou propagar em França os ideais de restauração de uma monarquia tradicionalista, apresentando-se como herdeiro merovíngio à coroa francesa. Pierre Plantard defendia que o Priorado existia desde o século XI e que tinha protegido desde então uma linhagem dinástica proveniente da primeira dinastia francesa, a dinastia dos Merovíngios. Assim, o Priorado pretendia conseguir legitimar uma monarquia em França baseando-a num representante altamente simbólico porque merovíngio. Esse representante seria, claro, o próprio senhor Plantard, que a dada altura passou a intitular-se "Pierre Plantard de Saint-Clair", tendo-se sempre outorgado uma linhagem aristocrática incólume.


As suas ambições são legítimas?


Tudo indica que não. Não só não se conhece um representante da dinastia merovíngia em França, como a maioria dos franceses não está inclinada na direcção de nenhuma monarquia, Orleães ou Saint-Clair que seja! O Priorado de Sião tem como criador Pierre Plantard. Plantard forjou uma tabela fraudulenta de Grão-Mestres (listados desde o século XII), que inseriu nos Dossiers Secrets atribuídos a um pseudo-Lobineau, depositados na Biblioteca Nacional, em Paris, a 27 de Abril de 1967. Essa lista de grão-mestres foi montada com base em material proveniente de propaganda AMORC (pseudo-rosacruz) do século XIX, sendo que a versão da Biblioteca Nacional apenas traz de novo o nome de Jean Cocteau, que foi adicionado por sugestão de Phillipe de Chérisey, amigo de longa data e colaborador de Plantard, que tinha uma apetência especial pelos surrealistas, dos quais Jean Cocteau era uma figura de proa.


Porque recorreram eles ao enigma de Rennes-le-Château?

Rennes-le-Château era a opção óbvia nos anos sessenta. Plantard e Chérisey, juntamente com o sócio de ambos, Gérard de Sède, fizeram uma primeira tentativa usando o mistério de Gisors, um pequena lenda de tesouros, tentando transformá-la no epicentro do drama da dinastia merovíngia. A tentativa teve pouco sucesso. Recordemos que durante os anos cinquenta e sessenta, Rennes-le-Château, graças às iniciativas propagandísticas de Noël Corbu, crescera em turismo e em visitantes, que procuravam a todo o custo o tesouro escondido pelo "padre dos milhões". Plantard e os seus amigos ouviram falar desta fabulosa história de tesouros, e quando inventaram os famosos pergaminhos com os quais pretendiam legitimar o Priorado de Sião, colocaram o padre Saunière como o "achador" destes pergaminhos durante as obras de restauro que este empreendeu em Rennes no final do século XIX.


Que problema teve Plantard com a Justiça Francesa em 1993?


O problema nasceu uns anos antes, em 1989, ano em que Plantard divulga uma "circular" do Priorado de Sião, na qual ele dava conta da resignação de Roger-Patrice Pelat do cargo de Grão-Mestre do Priorado. Em 1989, o caso passou despercebido, apenas agitando os diminutos meios esotéricos franceses. Contudo, em 1993, com a eclosão do escândalo financeiro envolvendo Roger-Patrice Pelat, o seu nome saltou para a actualidade política e judicial francesa. O então primeiro-ministro francês Pierre Bérégovoy recebera, em 1986, um empréstimo de um milhão de francos livre de juros de Roger-Patrice Pelat para a compra de um apartamento em Paris. A 1 de Maio de 1993, Bérégovoy foi encontrado morto num canal em Nevers, aparentemente tendo cometido suicídio. A Justiça Francesa, pela mão do juíz Thierry Jean-Pierre, conduziu um processo investigativo em torno deste escândalo. No desenrolar do processo, o juiz Jean-Pierre deparou-se acidentalmente com a "circular" de Pierre Plantard de 1989, que mencionava o seu arguido como tendo sido Grão-Mestre de uma organização intitulada Priorado de Sião. Evidentemente que Plantard mentia, e o juiz Jean-Pierre terá ficado estupefacto ao deparar-se com semelhante afirmação, que aparentemente envolvia o polémico arguido Pelat. Em Setembro desse ano, o juiz ordena a detenção e interrogatório de Pierre Plantard: após algumas horas, este confessa à Justiça ter inventado tudo acerca do Priorado de Sião. Uma busca à casa de Plantard revelou um imenso arquivo de documentação forjada durante uma vida inteira. Plantard foi considerado pelo Tribunal como um "mitómano inofensivo". O caso correu a imprensa francesa. Plantard recebeu uma ordem do Tribunal para parar imediatamente com a mitomania e com a propagação da sua farsa. Gravemente abalado com todo este processo, Plantard retirou-se pouco depois para o anonimato, tendo vivido practicamente incógnito, entre Barcelona, Perpignan e Paris, até à sua morte em Fevereiro de 2000.


Quem faz parte do Priorado?

Convém lembrar que, desde a morte de Plantard em 2000, o Priorado original cessou de existir (porque dependia directamente do fundador Plantard). Os novos "Priorados" de hoje recolhem os lucros do trabalho activo de desinformação de Pierre Plantard. Sempre existiram rumores, certamente infundados, de que o Priorado contou nas suas fileiras com personalidades como Roland Dumas (ex-presidente do Tribunal Constitucional francês), François Miterrand (que de facto chegou a fazer uma visita oficial a um lugarejo inóspito no sul de França, chamado Rennes-le-Château), e até Jacques Chirac. A verdade sobre os membros do Priorado e o mito sobre a sua influência na sociedade, tanto do Priorado original como das suas novas versões, deverá, contudo, ser bastante diferente e mais decepcionante.


Quais são as actividades correntes do Priorado de Sião?


Após a morte de Plantard em 2000, surgiram vários movimentos que se intitulam Prieuré de Sion, ou Priory of Sion. Em França, o actual grão-mestre é desconhecido. Fala-se em Thomas Plantard, filho de Pierre Plantard, mas esta tese não é credível. Uma das figuras mais visíveis, que se intitula "secretário" do Priorado actual, chama-se Gino Sandri e é membro de uma associação sindical francesa. São três os países de acção destes novos "Priorados": a França (onde nasceu a ideia com Plantard), a Grã-Bretanha e os Estados Unidos da América. Como qualquer outro grupo que ambiciona poder e notoriedade, estes "Priorados" tentam recolher para as suas fileiras personagens com influência política ou económica na sociedade que apresentem uma forte vontade de se associarem para melhor beneficiarem de trocas de favores e protecção. Mas o sucesso destes Priorados em tornarem-se grupos de pressão com significância é muito reduzido, como se constata pelos seus próprios resultados: estes movimentos conseguiram sobretudo ser os detentores da propriedade intelectual de uma excessivamente popular farsa histórica. Concluindo, o poder efectivo do que se costuma chamar Priorado de Sião é temido e respeitado por hordas de leitores impressionáveis, que nem supõem que estão a falar de movimentos distintos e em oposição entre eles, cada qual lutando pela "autenticidade" de ser o "verdadeiro" Priorado de Sião. A mensagem deturpada de Rennes, essa, não parar de crescer: hoje em dia existem centenas de livros, filmes, documentários e mesmo jogos de computador baseados na versão adulterada pelo Priorado da história de Rennes e do seu padre Saunière. A face mais visível desta propagação da farsa está materializada no livro O Código da Vinci, da autoria de Dan Brown.




Quem é este Gino Sandri, suposto actual "secretário" do Priorado de Sião pós-Plantard?


O seu nome e fotografia constam da página de contactos do site do SNFOCOS, SYNDICAT NATIONAL FORCE OUVRIERE DES CADRES DES ORGANISMES SOCIAUX, uma união sindical fundada em 1938 com sede social em Paris. A função de Gino Sandri nesta união sindical está indicada no site: "Secrétaire National chargé des Caisses nationales". Nos seus tempos livres, Sandri brinca ao pseudo-esoterismo, dando entrevistas em sites sobre Rennes-le-Château e outros temas relacionados, apresentando-se como "secretário" do Priorado de Sião.








































Primeira página da carta de pedido deconstituição do Priorado de Sião (1956)





























Segunda página

Os capítulos que se seguem apresentam provas conclusivas, argumentos de peso, e novas pistas que permitem uma melhor compreensão deste fenómeno social que foi o Priorado de Sião. Aqui pretende-se colocar um ponto final em várias décadas de mentira, confusão e desinformação. Até o leitor mais crédulo na ideologia do Priorado vacilará depois de confrontado com o material que se segue. Já pouco falta, para além desta informação, para que se compreenda tudo o que há a compreender sobre esta gigantesca farsa. Isso deve-se ao esforço continuado de muitos investigadores. Queríamos endereçar aqui uma palavra de agradecimento ao investigador inglês Paul Smith que, com a sua atenção extraordinária e zelo científico inabalável, nos ajudou decisivamente pela partilha desinteressada das suas provas, documentos e resultados.







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Priorado de Sião

De acordo com as divulgações de Pierre Plantard, recolhidas pelos autores anglo-saxónicos Henry Lincoln, Michael Baigent e Richard Leigh e publicadas na obra Holy Blood, Holy Grail, o Priorado de Sião teria sido uma sociedade secreta fundada em Jerusalém, em 1099, que jurara proteger um segredo acerca do Santo Graal, entendido por estes autores como uma hipotética descendência humana de Jesus Cristo.



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História do Priorado de Sião

O Priorado de Sião foi declarado legalmente como uma associação francesa a 20 de Julho de 1956. O pedido de autorização de constituição foi efetuado a 7 de Maio de 1956, na Sub-Prefeitura de Polícia de Saint-Julien-en-Genevois (Alta Sabóia), mediante uma carta assinada pelos quatro fundadores: Pierre Plantard (1920-2000), André Bonhomme, Jean Deleaval e Armand Defago. A sede social estava estabelecida na casa de Plantard, em Sous-Cassan, Annemasse, na Alta Sabóia. O texto de constituição, conforme consta no Journal Officiel, número 167, segundo Pierre Jarnac, é o seguinte: "25 juin 1956. Déclaration à la sous-préfecture de Saint-Julien-en-Genevois. Prieuré de Sion. But: études et entr'aide des membres. Siège social: Sous-Cassan, Annemasse (Haute-Savoie).".


O objecto da sociedade era:


"La constitution d'un ordre catholique, destiné à restituer sous une forme moderne, en lui conservant sont caractère traditionaliste, l'antique chevalier, qui fut, par son action, la promotrice d'un idéal hautement moralisateur et élément d'une amélioration constante des règles de vie de la personnalité humaine"


ou seja, "A constituição de uma ordem católica, destinada a restituir numa forma moderna, conservando o seu carácter tradicionalista, o antigo cavaleiro, que foi, pela sua ação, a promotora de um ideal altamente moralizante e elemento de um melhoramento constante das regras de vida da personalidade humana".




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Mitologia do Priorado de Sião

Segundo Pierre Plantard, o principal fundador do Priorado de Sião, esta sociedade teria contado entre os seus membros com um grande número de personagens da História mais ou menos ligadas ao ocultismo e às artes e ciências, incluindo Nicolas Flamel, Leonardo da Vinci, Isaac Newton, Claude Debussy, Botticelli, Victor Hugo, Charles Nodier, Jean Cocteau, etc. Segundo Plantard, o Priorado era a organização que agira nos bastidores por detrás de outras organizações como os Templários, os Rosa-cruzes e os franco-maçons. De acordo com Lincoln, Baigent e Leigh, o Santo Graal seria o "sangue real" de Cristo (os autores sugerem como hipótese que a expressão "Saint Graal" seja lida como "sang real"), ou seja, a linhagem dos seus hipotéticos descendentes.
É frequente ver-se referida a obra de Thomas Malory (1405-1471),
Le Morte d'Arthur como uma prova de que certos autores medievais teriam usado a expressão sangreal no sentido de "sangue real". Neste romance sobre o Graal figura em abundância a expressão sangreal, mas também surge por vezes a expressão saynt greal. Deste modo, fica claro que Malory concatena por vezes as palavras saynt e greal para construir a expressão sangreal, sempre com o significado de "Santo Graal". A decomposição de sangreal em duas palavras distintas, sang e real, é uma invenção recente dos autores Lincoln, Baigent e Leigh, para tentar obter crédito para as suas teorias acerca de uma descendência de Jesus Cristo.
Nas temáticas do Priorado, maioritariamente compostas por Plantard e pelo seu amigo Phillipe de Chérisey (1925-1985) durante os anos sessenta e setenta, encontram-se também envolvidos outros temas e personagens históricos como a simbologia alquímica, o caso Gisors
o padre Bérenger Saunière e a lenda do tesouro de Rennes-le-Château, os pintores Nicolas Poussin (1594-1665) e David Teniers (filho) (1610-1690), o cruzado Godofredo de Bulhão (1058-1100), o Papa João XXIII (1881-1963) e outros. Essencial na divulgação destas temáticas junto do grande público foi o jornalista Gérard de Sède (1921-2004), sobretudo através das suas obras Les templiers sont parmi nous (1962) e L'or de Rennes (1967).
No que diz respeito ao padre Bérenger Saunière e à lenda do tesouro de Rennes-le-Château, Plantard e Chérisey inspiraram-se na versão romanceada da vida do padre que fora criada por Noël Corbu a partir de 1953, ano em que este inaugurou o Hôtel de la Tour em Rennes-le-Château, no edifício que Saunière chamara de Villa Béthanie.
Chérisey iria compor, nos anos sessenta, dois famosos "pergaminhos" codificados. Estes pergaminhos serviriam, juntamente com uma resenha de documentos forjados (que inclui os famosos Dossiês Secretos) depositada na Biblioteca Nacional de Paris entre
1964 e 1977, para tentar legitimar Plantard como descendente merovíngio e herdeiro do trono de França. Juntamente com Plantard, Chérisey inspirara-se na lenda criada por Noël Corbu de que Saunière descobrira um tesouro com a ajuda de pergaminhos codificados que teriam sido encontrados na igreja de Santa Maria Madalena em Rennes-le-Château, no final do século XIX.
O mistério de
Rennes-le-Château, publicitado inicialmente por Noël Corbu como um fabuloso tesouro para permitir a rentabilização turística do seu Hôtel de la Tour, passaria assim, sob a égide de Plantard e Chérisey, para uma nova fase na qual o carácter monetário de um hipotético tesouro seria desprezado e o carácter secretivo dos pergaminhos codificados surgiria como o verdadeiro mistério a descobrir. Plantard e Chérisey, com a ajuda de Gérard de Sède (durante um tempo, os três foram sócios na partilha dos lucros das vendas dos livros deste último), tudo fariam para adulterar a verdade histórica acerca da vida do padre Saunière, de forma a transformá-lo num ocultista e num esoterista, por outras palavras, numa pessoa influente nas sociedades secretas e no ocultismo francês, chegando a ser inventada uma fantasiosa viagem de Saunière a Paris, na qual o padre teria levado os ditos pergaminhos codificados para serem interpretados pelo erudito Emile Hoffet.
O historiador local René Descadeillas (1909-1986) é o autor da primeira obra historiográfica sobre as mistificações em torno de Rennes-le-Château, Mythologie du trésor de Rennes (1974). De forma clara, o autor explica como Gérard de Sède e Pierre Plantard começaram a montar o "dossiê" Rennes-le-Château, composto sobretudo de recortes e colagens que misturavam pessoas e factos reais com ficção e fantasia:
"Em 1965, apareceu na região uma personagem que não estávamos acostumados a encontrar. Era um jornalista, o senhor de Sède. Ele vinha de Paris. Era conhecido por ter, dois anos mais cedo, publicado na editora Julliard um livro, «Les Templiers Sont Parmi Nous», onde ele se tinha esforçado por demonstrar que os Templários, prevendo a interdição da sua ordem, teriam escondido os seus imensos bens no castelo de Gisors, no Vexin. Numa tarde de Março de 1966, ele chegou a Carcassonne depois de uma paragem em Villarzel-du-Razès onde lhe teriam negado, dizia ele, o acesso à biblioteca do falecido padre Courtauly. De que vinha ele à procura? Segundo ele, o padre Courtauly, falecido em 1964, possuía obras raras, nomeadamente uma obra de Stüblein, «Pierres gravées du Languedoc» , indispensável a quem quer que tentasse penetrar no mistério de Rennes. Uma olhada na «Bibliographie de l'Aude», do padre Sabarthès: a obra em questão não figurava nem sob a assinatura de Stüblein, nem sob qualquer outra. Que livro seria este? O senhor de Sède possuía também fotocópias de dois documentos estranhos pela sua disposição e pela sua grafia: eram reproduções dos «pergaminhos» descobertos pelo padre Saunière aquando da demolição do altar-mor da sua igreja. Onde teria ele obtido os originais? Outro segredo. Aparentemente, o autor desta série de disparates tinha tentado imitar uma escrita da Idade Média. Mas a contrafacção era tão grosseira e tão inapropriada que um estudante de primeiro ano não a teria aceite sem exame. Foram submetidos à perspicácia do arquivista departamental cuja opinião foi prontamente sabida. O senhor de Sède procurava ainda duas publicações recentes: MÉTRAUX Maurice, «Les Blanquefort et les origines vikings, dites normandes, de la Guyenne sous la Féodalité», Bordéus, Imp. Samie, 21, Rue Teulère, 1964, brochura de 24 páginas com gravuras, e LOBINEAU Henry, «Généalogie des rois mérovingiens et origine des diverses familles françaises et étrangères de souche mérovingienne, d'après l'abbé Pichon, le docteur Hervé et les parchemins de l'abbé Saunière, de Rennes-le-Château (Aude)», in-fólio de 45 páginas, ilustrações a cores, esgotado, multigrafado, Genève, edição do autor, 22, Place du Mollard."
Descadeillas, após algumas indagações, conseguiu obter uma informação valiosa sobre estas obras: tanto a de Métraux como a de Lobineau figuravam no Catálogo Geral da Biblioteca Francesa. A obra do pseudo-Lobineau figurava neste catálogo porque foi depositada na Biblioteca Nacional por Pierre Plantard a 18 de Janeiro de 1964. Não satisfeito, Descadeillas pediu mais informações sobre a obra de Lobineau à Biblioteca Universitária de Genebra, bem com à Biblioteca Municipal da cidade: nem um sinal de uma obra com este título por Lobineau. A obra de Métraux, por outro lado, era bem real, mas era sobre a cidade Suíça de Blanquefort, e não tinha nada a ver com Rennes-le-Château. Faltava ainda determinar a origem da obra atribuída a Stüblein, Pierres gravées du Languedoc, que teria pertencido a um tal padre Courtauly, falecido em 1964. Vejamos o que diz Descadeillas:
"Faltava o «Pierres gravées du Languedoc», por Stüblein, do qual os papéis Lobineau nos davam um aperitivo. A obra permaneceu impossível de encontrar. Não voltámos a pensar no assunto e possivelmente nos teríamos esquecido dela se, no início de Setembro de 1966, o padre de Rennes-les-Bains não tivesse recebido de Paris, em sobrescrito lacrado, de um «termalista desconhecido», uma pequena brochura contendo fotocópias de gravuras parecidas às que figuravam no Lobineau com, à guisa de prefácio, algumas palavras do padre Courtauly . Este declarava em resumo «com o objectivo de ser útil aos pesquisadores» ter extraido da obra de Stüblein as gravuras que diziam respeito a Rennes-le-Château e a Rennes-les-Bains. A estranheza desta brochura, a sua total falta de autenticidade, os propósitos atribuídos ao padre defunto e incapaz de protestar, reforçaram ainda mais a suspeição que tínhamos sobre esta literatura. (...) As «Pierres gravées du Languedoc» são então um mito e, não hesitamos em afirmá-lo, a pequena brochura de extractos fotocopiados imputada ao padre Courtauly que nunca se interessou por arqueologia, é uma falsificação. Como são falsas as reproduções que ela contém: pedras ou lajes contendo sinais cabalísticos, a cabeça esculpida do presbitério de Rennes-les-Bains travestida em Dagoberto, os quadrados mágicos ou ditos mágicos e «tutti quanti». Mas porquê utilizar o nome do padre Courtauly? Porquê escolher este padre de preferência a outro qualquer? Porquê misturá-lo nestas efabulações, neste esoterismo primário? Prestar-se-ia a uma exploração ultrajosa dos seus feitos e gestos? Nada que se pareça: o padre Courtauly permaneceu toda a sua vida o bom e modesto padre de aldeia que ele sempre quis ser, não tendo outra preocupação senão as suas «ovelhas» e as suas homilias dominicais."
As interrogações de Descadeillas são pertinentes. De onde surgira o interesse de Plantard pelo padre Joseph Courtauly (1890-1964)? O historiador de Carcassonne levanta, finalmente, a ponta do véu, ao falar sobre as “expedições culturais” de Plantard ao Languedoc, altura em que este teria conhecido o padre Courtauly nas termas de Rennes-les-Bains:
"Como teria este bom e velho padre acabado por ter o seu nome associado a estas efabulações aberrantes? Por que surpreendente concurso de circunstâncias? Ainda nos perguntaríamos se não tivéssemos sabido que nos seus últimos anos de vida, quando estava a banhos em Rennes-les-Bains, ele encontrava frequentemente uma curiosa personagem que começava a ser costume ver por estas paragens desde o final dos anos cinquenta. Ele morava em Paris. Não tinha ligações à região nem relações conhecidas. Era um indivíduo difícil de definir, apagado, secreto, cauteloso, não desprovido de uma eloquência que aqueles que o interpelaram diziam ser imbatível. Ele não seguia um tratamento médico regular. Assim questionava-se sobre as razões das suas aparições repetidas, porque ele vinha mesmo no Inverno. Igualmente, conjecturava-se sobre o interesse que despertavam nele as curiosidades naturais ou arqueológicas, porque não se tratava de um intelectual. Ele intrigava as gentes pela estranheza das suas atitudes: ele ia, calcorreando a região, inquirindo sobre a origem das propriedades, deitando de preferência o olho a matagais ou terras abandonadas que não interessavam a ninguém. Que queria ele fazer? Desbravar estas terras desoladas e nelas lançar a charrua? Vocação bem tardia: ele já não era novo. (...) As suas idas e vindas, as questões que ele colocava a uns e a outros não podiam ficar sem eco. Tinham-no por um maníaco e alguns possivelmente riam mesmo dele sem suspeitarem de que o homem usava todos os estratagemas para constituir um dossiê onde os acontecimentos banais, os pequenos factos, tomavam proporções inesperadas, onde reflexões sem interesse, apreciações precipitadamente feitas, palavras no ar adquiriam tanto mais relevo quanto ele as colocava na boca de pessoas respeitáveis e estimadas pela sua sabedoria, mas talvez enfraquecidas pela idade. Ele não temia em atribuir-lhes declarações que gravava num gravador de cassetes, onde é possível, como se sabe, a quem quer que seja debitar uma história qualquer. Assim atribuiu ele ao padre Courtauly propósitos extravagantes que não concordam nem com a vida nem com o carácter deste padre. Neste ponto, aqueles que conheceram e privaram com o padre são formais. Posto isto, damo-nos conta, pelo próprio jogo das concordâncias, que a mesma personagem era o autor dos papéis Lobineau. Provavelmente estaremos perante um paranóico porque ele próprio inscreveu o seu nome em bom lugar na pretensa descendência do rei Dagoberto II.
Descadeillas não refere o nome de Plantard, e a razão é simples: escrevendo no início dos anos setenta, precisamente no auge da mistificação do Priorado, o historiador não desejara meter-se em problemas citando o nome de Plantard, mas é evidente que é deste que se trata, porque Plantard apresentava-se como "Pierre Plantard de Saint-Clair, descendente de Dagoberto II", por via de uma linhagem dinástica falsificada que principiava no lendário príncipe merovíngio Segisberto IV (séc. VII).






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O que significa Anagrama?

Um anagrama (do grego ana = "voltar" ou "repetir" + graphein = "escrever") é uma espécie de jogo de palavras, resultando do rearranjo das letras de uma palavra ou frase para produzir outras palavras, utilizando todas as letras originais exatamente uma vez. Um exemplo conhecido é o nome da personagem Iracema, claro anagrama de América, no romance de José de Alencar.
Anagramas são frequentemente expressos na forma de uma equação, com símbolos de igualdade (=) separando o objetivo original e o anagrama resultante. Ator = Rota é um exemplo de anagrama simples expresso desta forma. Em uma forma de anagramia mais avançada, sofisticada, o objetivo é ‘descobrir’ um resultado que tenha um significado linguístico que defina ou comente sobre o objetivo original de forma humorística ou irônica. Quando o objetivo e o anagrama resultante formam uma frase completa, um til (~) é comumente utilizado, ao invés de um sinal de igualdade; por exemplo: Semolina ~ Is no meal.


Tipos de anagramas:


Pangrama: Pangrama é uma frase que usa todas as letras do alfabeto. Exemplos: "Um pequeno jabuti xereta viu dez cegonhas felizes."; " Blitz prende ex-vesgo com cheque fajuto..; "Gazeta publica hoje no jornal uma breve nota de faxina na quermesse..; "À noite, vovô Kowalsky vê o ímã cair no pé do pingüim queixoso e vovó põe açúcar no chá de tâmaras do jabuti feliz..; "The quick brown fox jumps over the lazy dog."; "David exige plazo fijo embarque truchas y niños New York.


1 . Luís argüia à Júlia que «brações, fé, chá, óxido, pôr, zângão» eram palavras do português.


Anigrama: Anigrama é um anagrama que se anima sozinho embaralhando as letras numa animação gif ou flash. Exemplo: ver [1]

Anugrama: Anugrama é uma sentença que seu anagrama tem o mesmo significado da sentença original. Exemplo: "Eleven plus two = Twelve plus one".






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O que significa o Código de Fibonacci ?

Não podia deixar de ler o livro "Código da Vinci" de Dan Brown, aparentemente um sucesso nas livrarias e logo vai virar filme. Existe neste livro uma referência aos "Números de Fibonacci". Para quem não leu, pode ser um pequeno "spoiler" mas nada que comprometa o suspense. Enfim, se trata desses números:

0 1 1 2 3 5 8 13 21 ....

Uma ordem que não faz muito sentido, mas se reparar bem, os números que seguem são a soma das outras duas antecedentes.


Ex: 0+ 1 =11+ 1= 22+ 3 = 53+ 5 = 8 e assim por diante...


Sabemos que esta série ocorre muito na natureza, por exemplo, se traçar espirais na casca do abacaxi de acordo com suas "espinhas" obteremos espirais em dois sentidos, 8 em uma direção e 13 noutra (números consecutivos na série Fibonacci).







OBS: Se alguém tiver mais informações sobre essa série, por favor escreva outros exemplos tanto na natureza quanto na prática e também a sua história (quem descobriu e como). Gostaria de saber mais sobre este assunto.



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